[ 𝟎𝟏𝟔 ]

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CAPÍTULO DEZESSEIS A INVESTIGAÇÃO

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CAPÍTULO DEZESSEIS
A INVESTIGAÇÃO

Os cinco amigos estavam reunidos no terraço do shopping, envoltos em capas de chuvas coloridas que eles haviam encontrado esquecidas em um dos armários da sala de funcionários. Porem, as capas de chuva não servia de muito para a chuva grossa e pesada que caía sobre eles e que molhava a todos.

Dustin compartilhava seu binóculo com Ruby enquanto o grupo se agachava próximo a borda do terraço, ocultos por uma meia parede. Abaixo deles, vários guardas armados patrulhavam.

— Procure por Panda Imperial e Sapatos Kaufman. — Robin gritou para uma das crianças que compartilhavam o binóculo. Dustin analisava os guardas na procura do que a menina havia falado.

Crystal forçava sua visão tentando ajudar nas buscas, mas só conseguiu uma dor no olho. Um assovio preencheu o local, chamando a atenção deles.

— Estão esperando pelo cara que assobia. — Declarou Dustin, observando pelo binóculo um homem de capa amarela carregando algumas caixas.

— O que acha que tem dentro? — Perguntou Steven, olhando para Dustin atrás de respostas.

— Armas, bombas. — Cogitou Henderson.

— Armas químicas? — Indagou Ruby, examinando as caixas lá embaixo.

— Seja o que for, eles estão armados até os dentes. — Acrescentou Dustin.

— Ótimo. — Disse Steve apertando seus olhos para evitar que mais água entrasse neles. — Isso é ótimo.

— Porra. — Crystal sussurrou ao lado de Steven, porém tinha sido mais um pensamento alto que um sussurro.

— O que foi? — Perguntou virando-se para ela preocupado.

— Minha irmã não deveria estar envolvida com essa merda. Você sabe desde o começo que não quero envolvê-la nisso.

— Crystal, eu quero participar e eu sei me cuidar. — Respondeu Ruby que ouvia a conversa ao lado. — Não tem motivo para você me excluir disso, afinal, eu ajudei mais do que você, sem querer me gabar.

Crystal soltou um sorriso leve, pois, por mais que quisesse negar, era verdade. No entanto, a preocupação não iria embora, e isso a deixava tensa.

— Está tudo bem, Cry. Dustin já se enfiou em várias situações assim e nunca morreu. — Steve falou tentando aliviar a situação, mas um ruído de porta sendo aberta atraiu a atenção deles.

— Ei, o que tem lá dentro? — Perguntou Robin para Dustin, que tentava observar o que havia no cômodo atrás da porta de metal, no qual, o homem com capa amarela entrara.

— Só mais caixas.

— Deixa eu ver. — Falou Steve tentando pegar o binóculo da mão de Dustin, que puxa o objeto de volta.

— Ainda estou olhando. Espera!

— Deixa eu ver. — Harrington puxou, mas o binóculo acabou caindo da mão dos dois e indo parar no chão onde os guardas estavam. O grupo se abaixou rapidamente se escondendo atrás da meia parede.

A respiração de todos estava ofegante, e o medo de serem descobertos dominava seus corpos, quase paralisando alguns.

Crystal só percebeu que estava de mãos dadas com Steven quando olhou para baixo. Ela encontrou o olhar do garoto e rapidamente eles soltaram as mãos.

Um dos guardas gritou algo em alemão.

— Ele gritou "fique aqui, guarde a porta." — Traduziu Ruby em um sussurro fazendo Crystal sentir uma onda de orgulho pela sua irmã, embora sempre se perguntasse como duas pessoas tão diferentes podiam ter vindo do mesmo lugar.

Crystal se levantou e olhou ao seu redor, procurando outra porta no terraço, diferente daquela que eles tinham usado para entrar.

— Vamos embora daqui, rápido. — Disse puxando Ruby do chão e saindo pela outra porta que tinha no terraço, os outros acompanharam ela rapidamente.

— Acho que encontramos seus russos — Comentou Robin para Dustin, enquanto o grupo corria em direção à sorveteria, molhados da cabeça aos pés.

🎠

Naquela noite, Crystal martelou os eventos em sua mente. Por que haveria seguranças armados para proteger algo aparentemente insignificante? Sapatos ou ingredientes não faziam sentido.

Ao amanhecer, a garota se levantou se arrastando, perdida em pensamentos.

Logo que ela saiu do quarto, ouviu Ruby falando alto lá embaixo, como sempre animada.

Crystal foi ao banheiro se arrumar para ir para o trabalho e se perguntou se sua mãe tinha conseguido o emprego, ontem as duas irmãs chegaram tarde e para a surpresa de Crystal sua mãe não estava no sofá como sempre, aquilo deveria ser uma noticia boa.

Descendo as escadas Crystal percebeu que a voz de sua irmã não era única, ela conseguia ouvir uma voz masculina e ao entrar na cozinha ela se deparou com sua mãe, sua irmã e Will. Parecia um sonho confuso, que havia se misturado.

— Crystal, que bom que acordou! Olha quem está aqui. — Ruby disse animada apontando para o menino ao seu lado que sorriu envergonhado.

A adolescente cumprimentou o garoto que logo foi envolvido pela conversa de Ruby.

Crystal se aproximou de sua mãe, que estava fazendo café da manhã pela segunda vez na semana.

— O que está acontecendo? — Perguntou aproximando-se da sua mãe e pegando uma xícara de café.

— Quando acordei ela estava falando com ele no telefone e perguntou se ele podia vir aqui. Deixei, é sempre bom Ruby ter mais amigos. — Crystal concordou com a cabeça ainda confusa com tudo aquilo.

— Ah, quase esqueci. Você conseguiu o emprego?

— Consegui! — Exclamou a mulher animada. Fazia muito tempo que Crystal não via ela assim e ela não conseguia compreender sua felicidade repentina, mas ela se sentiu na obrigação de se sentir orgulhosa de sua mãe e a apoiar nessa fase, aliás aquilo era ótimo. — Como você deve ter percebido, estou tentando me recuperar do alcoolismo, conseguir um emprego já é ótimo né?

— Claro. Parabéns mãe! — Crystal disse sabendo que a mulher provavelmente voltaria para aquele vicio, ela esperava que não e tentaria ajudar sua mãe mas aquilo era inevitável. — Ru, você vai comigo hoje?

— Sim, Will vai com a gente e depois o irmão dele vai passar lá para buscar ele. — Ela respondeu e a irmã mais velha concordou com a cabeça.

— Podemos ir agora?

— Calma, só vou vestir meu tênis. — Disse a menina, correndo para o andar de cima, sendo acompanhada por Will que andava em passos calmos.

Crystal pegou sua mochila que sempre deixava no suporte de casacos que nunca era usado no verão.

NOTAS DA AUTORA —

Eu fiz algumas mudanças na historia e tenho certeza que nesse ano eu termino a historia. Vou tentar fazer capítulos maiores a partir de agora. Obrigada por ler essa obra. 


𝐓𝐇𝐈𝐒 𝐁𝐈𝐙𝐀𝐑𝐑𝐄 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃, 𝒮𝑡𝑒𝑣𝑒 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛𝑔𝑡𝑜𝑛.Onde histórias criam vida. Descubra agora