Capítulo VI

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"Não há como parar o tempo, cristalizar o que nos enche de êxtase. Este êxtase um dia se transformará em algo que nos perfurará feito lâmina. Porque assim é: a terra gira em torno do sol e nós giramos em torno de nós mesmos, sem descanso." (Martha Medeiros)

***

Acordei com o meu celular tocando, Otávio levanta-se me beija os lábios e vai buscá-lo. Quando ele me entrega o famigerado ele para de tocar. Mas eu já sabia quem era... Minha mãe. Otávio pergunta quem é. Eu lhe digo que é minha mãe, ele me olha com preocupação e diz.

- Retorne a ligação Emma, conhecendo sua mãe como eu a conheço, ela não ligaria tão cedo para você se não fosse urgente.

Ele tinha razão, mamãe não me incomodaria mesmo, a não ser se fosse algo muito sério. Pego o aparelho e ligo para ela. Dois toques e ela atende e pelo tom da sua voz algo aconteceu.

- Emma desculpa por ligar tão cedo para você e atrapalhar o clima romântico... - Ela respira fundo, meu coração vai à boca. - Filha é o Dylan, ele não está nada bem...

Nem espero ela terminar de completar a frase levanto-me num pulo da cama, procuro minhas roupas e lhe digo rapidamente.

- Já estamos a caminho mãe. - Desligo o aparelho.

Otávio leu meus pensamentos, começou a se vestir. Fiquei com um nó na garganta, meu peito doeu, meus olhos começaram a lacrimejar.

Otávio percebe, ele me abraça com carinho. - Calma minha querida, não vamos sofrer por antecipação. - Ele me beija a testa.

Saímos apressadamente, enquanto eu seguia para o carro o Otávio foi pagar o hotel. Chegamos em casa em 15 minutos, ainda era muito cedo quase sete da manhã. Subi as escadas de 2 em 2 degraus, Otávio atrás de mim. Mamãe estava no quarto do Dylan. Quando ela me viu, abriu um sorriso de alívio, mas eu percebi uma grande ruga de preocupação em sua testa. Dylan estava dormindo.

- Eu acho melhor levá-lo ao hospital, eu não consegui baixar sua febre, ele está com 39.5°. - Mamãe está quase chorando.

Otávio nem esperou minha reação pegou o Dylan nos braços. - Vamos Emma, isso é sério, ele está quente como o inferno, e sua respiração está muito fraca.

Entrei no carro Otávio me passou o Dylan, ele dá volta no veículo entra nele e partimos para o hospital. Ao chegarmos Otávio segura o Dylan aos braços, corremos para a emergência, assim que a enfermeira toca no Dylan ela nos leva direto para o consultório, nos pedindo para aguardarmos, pois a médica logo viria.

Uma mulher morena, muito bonita entra na sala de cabeça baixa analisando uns papéis, ela nos dá bom dia e senta-se.

- Sou a doutora Simone, o que o nosso amiguinho está sentindo? - Ela ergue a cabeça e olha direto para o Otávio, fica um tempo o avaliando. Depois volta olhar para mim. - Olá mãe, o garotão é o Dylan, certo?

Eu assenti, e começo a explicar o que aconteceu... Ela levanta-se, pede para que o coloque na cama, eu assim faço, Simone começa a examiná-lo. Após uma longa avaliação ela chama uma enfermeira. - Providencie esses exames e um quarto para o paciente.

Quase morro quando ouvi isso. - Como assim... Ele vai ficar internado? É grave? - Otávio me envolve com os braços me pedindo calma. - Por favor, doutora Simone me tire desta aflição. - Eu suplico.

A médica continua retira o termômetro do Dylan e a sua cara não foi das melhores, ela me olha e diz. - Ele está com muita febre e cansando, a febre é o grito do organismo nos avisando que algo não anda bem. Ela olha para ficha médica do Dylan. - Emma, o seu nome é Emma? - Ela me pergunta eu confirmo. - Vou colher o sangue e a urina, assim que sair o resultado dos exames, poderei lhe dizer o que aconteceu com o filho de vocês.

EMMAOnde histórias criam vida. Descubra agora