Descobertas da Vida (Romance Gay)

Capítulo 3

Me assustei quando ele falou, e ele logo sentou-se a minha frente sorrindo.

- Desculpe, eu não quis assustá-lo. - ele disse.

- Você não me assustou, é que... - fui interrompido quando Taís se aproximou com Alê.

- Olha quem chegou! - disse Alê se dirigindo até o lado de Lucas.

- E você? - Taís disse me olhando. - Porque você sumiu?

- Eu te avisei que iria dar uma volta, mas acho que não ouviu devido ao barulho. - expliquei.

Ficamos conversando e tomando algumas bebidas, e por um momento pensei no que Taís havia me dito logo cedo "Já viu o modo como ele te olha?", e no momento que levantei os meus olhos Lucas estava me olhando, percebendo que eu o olhei, ele sorriu de lado.

- Bom, nós vamos até a pista. Vocês vem? - perguntou Taís, puxando o Alê.

- Iremos daqui a pouco. - Lucas respondeu de imediato. E Taís e Alê sumiram no meio das pessoas que ali estavam.

- Bom, você queria me contar algo. E não vou negar que vim até essa festa só para saber isso. - eu falei, acho que o álcool estava subindo para a minha cabeça.

- Sim, é que... - ele foi interrompido por Steph, que se aproximou de nós.

- Olá Lucas. - disse ela. E ele logo se levantou para cumprimentá-la.

Nada contra a Steph, mas é que eu não conseguia entender como uma pessoa que a maioria da escola odeia, faz questão de todas elas em sua festa.

- Steph, bela festa! - disse Lucas dando-lhe um abraço.

- Que bom que está gostando. Divirta-se, eu vou voltar pra pista. - ela me olhou, sorriu e eu fiz o mesmo.

Lucas e eu ficamos nos encarando durante alguns minutos, até que ele quebrou o gelo, e foi me contando algumas de suas aventuras nos jogos da escola, da vez em que eles viajaram para jogar pela escola. E a melhor de todas, da vez em todo nós fomos acampar, eu não conhecia o Lucas nessa época, mas eu posso dizer que realmente foi divertido, pois a parte mais animada era onde a barraca dele estava.

- Vamos pra um lugar longe de interrupções, ou eu não irei conseguir te falar. - Lucas falou me puxando. Até pararmos num local próximo aos fundos da casa, era parecido com um beco.

- É tão importante que precisa ser dito aqui, e ainda mais nesse local reservado... - fui interrompido por um beijo que Lucas me deu. Eu não sabia o que fazer naquele momento, mas acabei retribuindo o beijo, e após o término do beijo ficamos nos olhando, até que ele lançou um sorriso. Estava sem saber o que fazer, fiquei parado e ele esperava alguma resposta.

- O que foi isso? - falei querendo algumas respostas.

- Isso foi o que eu sempre quis te dizer, mas só hoje que criei coragem pra te falar. - ele disse de cabeça baixa. E eu levantei sua cabeça para que ele pudesse me olhar.

- Mas porquê eu?

- Eu não sei, Gui. Eu apenas sinto isso, e pode ter certeza. - agora quem estava de cabeça baixa, até ele levantar meu rosto segurando em meu rosto. - Isso não é, e nem vai ser passageiro.

"COMO ASSIM?" Algo dentro de mim gritava sem entender nada, e como que pode "Lucas o Deus grego" , o garoto que poderia pegar qualquer menina daquela escola, me diz que está apaixonado por mim - logo por mim -.

- Vamos voltar para a festa. - falei por fim.

- Antes me diga alguma coisa, Gui. Por favor! - ele segurou em meu braço.

- O que quer que eu fale, Lucas? - perguntei.

- Vamos em frente com esse lance? - ele rebateu.

- Tenho que pensar nisso. - falei o deixando lá parado.

Acho que eu deveria ter dado uma resposta definitiva para ele, mas eu não sabia o que dizer naquele momento, ele me pegou de surpresa.

Passado quase uma hora, todos estavam meio bêbados - inclusive eu -, e até agora nenhum sinal do Lucas, e tudo o que ele me disse não saía da mente, queria muito falar pra Taís tudo o que tinha acontecido, mas ela não estava em condições de ouvir e nem de aconselhar naquele momento.

Finalmente avistei o Lucas, e ele estava conversando com a Steph. Eles estava muito sorridentes, e o mais surpreendente foi que em momento de segundos eles já estavam com os lábios grudados, eu não acreditei no que havia visto naquele momento e meu coração apertou "Como ele se declara pra mim e faz isso?" Pensei comigo mesmo.

Lucas me olhou de longe e ao perceber que eu vi tudo, veio atrás de mim. E eu logo saí no meio das pessoas que ainda dançavam com energia. Estava lá fora, próximo ao carro dos pais do Alê, quando alguém segura no meu braço.

- Gui, espera! - era o Lucas.