Capítulo 27

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- Calma, Pedro! Você está nervoso! - eu gritava para ele.

- Agora você me diz isso, Guilherme? - eu podia ver o ódio em seus olhos. - Você vai pagar por ter me abandonado!

- Abaixa essa arma, Pedro! - eu estava ficando nervoso. - Onde conseguiu isso?

Pedro agora gargalhava ao me ver desesperado. Ele só parou de rir quando a pessoa que tinha o ajudado havia entrado naquele galpão.

- E aí, Pedro. Já acabou o serviço? - disse a pessoa se aproximando.

- Miguel!? - falei surpreso.

***
Horas antes...

Finamente após meus pais e os pais do Lucas discutirem uma data para o tal jantar, eles entraram num consenso e decidiram para a data de hoje. A data do 18° aniversário. Eu estaria ficando velho, como o Lucas havia me dito.

- Eu pensei que você e a Sara iriam se pegar no tapa para escolher onde seria o jantar. - falei para minha mãe.

- Engraçadinho você! - ela falou sorrindo.

- Do que estão falando? - perguntou meu pai entrando pela cozinha.

- Do fato de sua esposa brigar para fazer o jantar aqui. - eu estava gargalhando.

- Quero ver se vai continuar rindo assim quando eu matar o seu namorado! - disse meu pai.

- Gostei dessa! - exclamou minha mãe. E agora eles quem estavam rindo de mim.

Meus pais ficaram planejando as coisas do jantar e providenciando tudo para a comemoração do meu aniversário. Não acredito que já estava ficando maior de idade, minhas responsabilidades agora iriam aumentar. Mas eu não estava deixando isso me preocupar.

Pego meu celular para verificar as mensagens, e haviam poucas. Mensagem da Taís confirmando sua presença com o Alê, e uma do Lucas.

Me preparando para encarar a fera! Te encontro mais tarde...

Beijo, te amo!

Então respondi:

Melhor vir com colete a prova de balas!

Também te amo!

Finalmente tudo estava se encaixando, eu sentia que agora tudo estava caminhando perfeitamente, e que nada iria estragar tudo isso. Estava vasculhando minhas coisas antigas e encontrei um boneco que havia ganho da minha avó, lembrei dos momentos que eu vivi quando ia passar as férias com ela. Ela quem me incentivou contar para os meus pais sobre minha sexualidade. Infelizmente, ela não estaria presente no meu 18° aniversário, mas eu sinto que ela está sempre do meu lado.

"Eu te amo, vovó! Obrigado por tudo" susurrei segurando aquele boneco, e algumas lágrimas escorreram sob meus olhos.

***

- Olha quem chegou! - disse Taís no momento em que abri a porta.

- Que bom que vocês vieram.

- Acha que perderíamos a sua velhice? - Alê falou gargalhando.

- Fiquem à vontade, vocês já conhecem a casa. - falei é fui até a cozinha ver se minha mãe estava precisando de ajuda.

- Os pais do Lucas já chegaram? - perguntou ela.

- Ainda não.

- Ótimo! - disse ela. - Está tudo pronto.

- Mãe? - falei quando ela ia se retirando. Ela virou-se para me olhar. - Eu só queria agradecer, por tudo que fez por mim.

- Oh, querido! - ela veio me abraçar. - Assim vai me fazer borrar a maquiagem.

- Eu te amo, mãe!

- Eu também te amo!

- Reunião sem mim? - meu pai falou vindo até nós.

- Eu amo vocês! - falei os abraçando.

Depois daquele momento fofo com meus pais, Lucas havia chegado com seus pais. Fui os recepcionar juntos com meus pais.

Fomos jantar todos, e eu estava me sentindo completo ali. Meus dois melhores amigos, meus pais, meus sogros, minha cunhada, e o mais precioso, o meu namorado. Todos ali felizes pelo simples fato de eu estar comemorando mais um ano de vida. Estávamos todos num momento de descontração, quando recebo a seguente mensagem:

Desculpa pelo acontecido na escola, pode vim aqui fora para que eu possa te parabenizar?

Pedro.

E assim eu fiz, fui lá fora sem que ninguém soubesse, pois se o Lucas soubesse que ele estava ali, iria dar em briga.

- Pode ser rápido? - falei me aproximando dele.

- Vai ser bem rapidinho, vamos dar uma voltinha? - após Pedro falar aquilo, senti alguém colocando um saco preto em minha cabeça.

Eu não sabia para onde ele estava me levando, eu não enxergava nada através daquele saco. Ouvi um carro ligado, e Pedro havia me jogado para dentro do carro. Gritei por socorro, mas acho que ninguém estava me ouvindo. Engano meu, pois eu ouvi o que parecia ser a voz da Babi.

- ESTÃO SEQUESTRANDO O GUILHERME! - foi a última coisa que ouvi, pois o carro havia dado partida.

- Para onde está me levando? - perguntava o tempo todo. Mas ele me ignorava. Ele estava com mais duas pessoas.

- Calma, Gui! Logo chegaremos no nosso destino. - ele falou me acariciando.

Pedro dava as coordenadas para a pessoa que estava dirigindo, e enquanto isso, eu havia percebido que eu estava com meu celular em meu bolso. Iria o pegar, mas antes que eu pudesse fazer qualquer movimento, ele amarrou minhas mãos. Meu celular não parava de vibrar, por sorte eu o teria deixado em modo silencioso.

Pedro me retirou do carro e fomos caminhando, até que ele me sentou no chão e retirou o saco de minha cabeça.

- O que estamos fazendo aqui? - perguntei analisando o local. Um galpão abandonado.

- Vamos nos divertir um pouco, Guilherme? Hoje você vai se arrepender por ter me dispensando - ele falou sacando uma arma.

- Calma, Pedro! Você está nervoso! - eu gritava para ele.

- Agora você me diz isso, Guilherme? - eu podia ver o ódio em seus olhos. - Você vai pagar por ter me abandonado!

- Abaixa essa arma, Pedro! - eu estava ficando nervoso. - Onde conseguiu isso?

Pedro agora gargalhava ao me ver desesperado. Ele só parou de rir quando a pessoa que tinha o ajudado havia entrado naquele galpão.

- E aí, Pedro. Já acabou o serviço? - disse a pessoa se aproximando.

- Miguel!? - falei surpreso

- Vocês se conhecem? - Pedro perguntou incrédulo.

- Sim - disse Miguel. - Nós já fomos namorados.

Êta. As coisas estão esquentando, hein!?
É com um enorme aperto no peito que venho lhes comunicar que essa história está chegando na reta final! Não percam o penúltimo capítulo.

Não esqueçam de votar e comentar o que estão achando, hein?
Um beijo! E boa leitura!!

Descobertas da Vida (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora