Descobertas da Vida (Romance Gay)

Capítulo 5

Nem percebi que havia caído no sono e nem ao menos percebi a hora em que meus pais chegaram. Acordei para mais um dia de estudo, e decidi ir com meus óculos escuros, pois o dia estava muito lindo e o sol estava perfeitamente quentinho.

- Olha só, até parece um galã com esse óculos! - disse meu pai assim que entrei na cozinha.

- Você está lindo! - minha mãe me disse, dando-me um beijo na testa.

- Parabéns a missão "pais coruja" foi bem sucedida. - eu disse e todos nós começamos a rir.

Após acabar o meu café e contar sobre como a festa foi animada, fui pegar minha mochila e pedi carona para o meu pai, que estava indo para o trabalho no mesmo momento. Fui todo o caminho conversando com meu pai sobre o seu novo projeto para a empresa.

Ele era arquiteto e trabalha numa empresa de médio porte em nossa cidade, ele estava muito focado nesse projeto, pois assim ele iria poder mudar de cargo, isso claro, se o projeto dele for o aparovado.

- Aqui eu deixo você. - disse ele parando o carro.

- Obrigado Pai. Bom trabalho, te amo. - eu disse e fui correndo em direção a Tais e o Alê que estavam sentados na escada da entrada da escola.

- Olha só que gato! - disse Alê.

- Primeiro meus pais, agora você. - e nós estávamos gargalhando.

O sinal tocou, nós entramos e nos dirigimos até os nossos armários, e enquanto Tais e Alê se beijavam no corredor, eu procurava por alguns papéis e encontrei um bilhete em cima de um dos livros que estavam ali.

Sim. Eu sei que pode ser loucura, mas eu preciso muito conversar com você e espero que não me dê um bolo. Te espero na praça da bela vista.
Lucas.

Droga! Lucas, porque isso? Acho que ele estava realmente disposto, e apaixonado por mim. A praça da bela vista era um dos pontos turísticos da cidade em que moro. O por que desse nome? Bom, de lá da pra ver praticamente toda a cidade.

- Vamos, ou iremos perder a aula da Sra. Petrucceli. - disse Tais.

Enquanto estávamos indo até a classe, o Lucas passou por mim e nós nos encaramos por um tempo. Olhei para Tais, e ela esperava que eu falasse com ele, mas isso não aconteceu.

As aulas se passaram e hoje nem havia prestado atenção nelas. O intervalo nada de interessante, e as últimas aulas foram vagas.

- Vamos dar uma volta no parque? - Alê sugeriu.

- Bom, eu não poderei ir. - falei.

- Ah não, vamos Gui. - Tais fez beicinho.

- Desculpa, não posso ir. - falei e fui saindo.

***
Fiquei durante uns 5 minutos esperando o Lucas, até que ele chegou e sentou-se ao meu lado. Ficamos num silêncio e ele como sempre quebrou o gelo.

- Então, Gui. Aquele beijo na festa da Steph... - eu o interrompo.

- Lucas, eu já disse não precisa me dar satisfações e... - agora ele que me interrompe.

- Gui, eu sei o que vai falar. E eu quero mudar isso. - ele levantou meu rosto e continuou. - Gui, fala pra mim. O que falta para que a gente mergulhe de cabeça nesse lance?

Eu poderia ter previsto que ele iria fazer essa pergunta. E o que Tais havia me dito estava martelando em meu sub consciente "Faz quase um ano Gui".

- Lucas, é que é complicado. - eu disse de cabeça baixa.

- Então me explica Gui. - ele disse sussurrando e levantando meu rosto mais uma vez. E então respirei fundo.

- Eu me relacionei com alguém e isso vai fazer um ano. Eu saí muito devastado dessa relação e sofri muito com isso. Eu fiz de tudo para darmos certo, e ele não retribuio tudo o que eu fiz da mesma maneira. Fui enganado e desde então eu me fechei pra relacionamentos. - segurei o choro, pois as lembranças vieram em meus pensamentos. E fui surpreendido com o abraço que o Lucas me deu.

- Gui, você não precisa se fechar para o amor. - ele me disse.

- Eu sei que não, mas é que... - ele me interrompe com um beijo, no qual eu acabei retribuindo. Um beijo intenso e eu percebi que era verdadeiro.

- Gui, eu quero tentar. - ele falou.

- Lucas... - fui interrompido de novo.

- Gui, não inventa desculpas. Você precisa se libertar desse trauma, você precisa ser feliz. E é por isso que eu irei te perguntar isso, e preciso de uma resposta. - Lucas respirou fundo e continuou - Gui, você quer namorar comigo?