Capítulo 11

354 30 0
                                    

Acordei assustado com o barulho do meu despertador, e quase infarto, pois estava sonhando que o Lucas me deixava. Segundos depois agradeci por ter acordado, pois não sei se suportaria o fim desse sonho.

Após me arrumar e pegar a minha mochila, eu desci para tomar café com meus pais. Contei para eles todo o acontecido da noite anterior e minha mãe ficou horrorizada.

- Eles expulsaram o filho de casa? - perguntou meu pai.

- Infelizmente sim, pai. - falei.

- Ai meu Deus! Onde ele dormiu essa noite? - disse minha mãe.

- Na casa do Alê.

Após debatermos mais sobre o assunto "Lucas", meu pai falou que se eu estava namorando realmente com ele, eu deveria trazê-lo e o apresentar formalmente.

Eu ri disso, afinal, eu deveria ter feito isso mesmo, mas a gente fez tudo o contrário. Antes de ir embora me virei e tentei achar as palavras certas para falar para eles que eu só entraria na escola com um deles.

- Quem vai me acompanhar? - perguntei.

- Para quê? - questionou meu pai.

- É que... - encarei o chão. - Eu preciso de um de vocês para entrar na escola.

- O que você fez?! - gritou minha mãe

***

Já havia se passado 10 minutos e minha mãe não teria saído da sala da diretora. E lá estávamos nós de novo. Eu, Tais, Steph e Pedro. Sentados e esperando os nossos pais saírem de lá.

- Você falou com o Alê? - perguntei para Tais.

- Sim, ele está esperando por nós. - ela falou, e a porta de abriu.

Todos nós nos encaramos e as expressões dos pais não eram lá agradáveis. Minha mãe me encarava com cara de reprovação, e ela me chamou para conversar.

- Onde está o seu celular? - ela perguntou.

- Está aqui... - ela tomou da minha mão

- Vai ficar sem ele durante uma semama.

- Mãe!.

- Você brigou ma escola, o que deu em você? - ela me olhou. - Você não é assim, sem conta que quase agrediu uma garota.

- Desculpa mãe, eu estava tomado pela raiva. Isso não vai se repetir.

- Espero que não. E tem mais... uma semana sem sair de casa. - ela olhou e sorriu. - Boa aula, querido.

A diretora nos obrigou que pedíssemos desculpas uns aos outros, e assim fizemos. Olhei para aquela cara sínica da Steph, e como eu stava odiando ela e o seu olhar de sinismo.

Estávamos nos dirigindo até o corredor que dava acesso a nossa sala, e encontramos com o Lucas e o Alê.

- Como você está? - perguntei para o Lucas, o abraçando.

- Estou uma pilha. - ele disse. - A Babi me ligou e disse que minha mãe iria dar um jeito de conversar com meu pai.

- Tudo vai se resolver, tá bom? Eu estarei do seu lado. - disse beijando sua bochecha.

- Olha cara, você sabe que pode ficar o tempo que for lá em casa. Meus pais gostaram da sua presença lá. - Alê disse nos fazendo rir.

- Seu bobo. - Tais falou.

- É sério. Minha mãe falou que iria o adotar.

Todos começamos a rir, inclusive Lucas. E seguimos para assistir as aulas. Não prestei atenção em nenhuma delas, e estava desenhando na última folha do meu caderno.

- Bom pessoal, nós temos uma nova aluna na classe. - disse a nossa professora, após terminar a explicação.

Todos os olhares se voltaram para a menina de cabelos cacheados e escuros.

- Essa é a Bruna, e, espero que vocês a ajudem a se adaptar na escola.

A Bruna passou a encarar a todos e sorriu.

***

- Minha mãe acabou de ligar. - Lucas falou apreensivo.

- O que ela disse? - falei mais apreensivo que ele.

- Meu pai. - ele encarou o chão. - Iremos conversar hoje.

- Vai ficar tudo bem. - disse segurando em sua mão. - Queria muito estar com você, mas estou de castigo.

- Minha sogra foi tão severa assim? - ele perguntou me fazendo rir.

- Sim.

- Eu preciso ir. - ele falou, e deu-me um beijo rápido.

- Boa sorte. - falei, e ele foi embora.

Descobertas da Vida (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora