Capitulo 14

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Uma semana já havia se passado e nada do Lucas demonstrar alguma reação. O pai do Lucas estava ficando sem esperanças, a Babi já havia ido vê-lo, e sua mãe também.

Agora seria minha vez, eu estava tão ansioso, uma semana sem poder vê-lo. E lá estava eu, parado diante aquela cama, e me direcionei até uma cadeira que tinha ali. Fiquei o encarando, ele ali tão frágil, com todos aqueles equipamentos sobre ele, aquele Lucas ali, indefeso. Quando dei por mim estava chorando.

- Eu sei que você diria para que eu não chorasse. - falei e enxuguei as lágrimas. - Mas, tudo está difícil sem você aqui, uma semana sem ouvir sua voz, sem sentir o teu toque.

Lágrimas e mais lágrimas sob meus olhos, eu não estava conseguingo conter. Levantei-me, estava o encarando e por fim falei: - Eu te amo, quero te falar isso.

***

Tais e Alê haviam chegado ao hospital, e vieram até mim. Ficamos conversando sobre algumas coisas, quando a Tais parou de falar e ficou encarando alguém que havia chegado. Fui verificar e vi que era a Steph, mas o que ela veio fazer aqui? Ela não tinha nada para fazer aqui, ou teria?

- O que você faz aqui? - Tais levantou-se, e foi até ela.

- Eu só... - ela a interrompeu com um tapa na cara.

- A culpa é sua, se o Lucas está nessa situação a culpa é toda sua. - o Alê puxou a Tais para o seus braços e ela desabou no choro.

- Calma, tudo vai ficar bem. - ele dizia pra ela.

- Gui, me desculpa, eu não deveria... - eu a interrompi.

- Não precisa se desculpar por nada.

- Tudo isso poderia ter sido evitado, se eu não tivesse... - agora a Tais a interrompe.

- Concordo com você, enfim, já pode ir embora.

E assim ela fez, foi embora de cabeça baixa, enxugando algumas lágrimas. Tais estava mais calma depois que foi a Steph embora, e depois ela e o Alê foram ver o Lucas.

Estava sentado com a cabeça apoiada em minhas mãos, quando sinto que alguém senta-se ao meu lado. Era o pai do Lucas, o Alex.

- Eu poderia ter o amado mais. - disse ele. - Mas, eu não fiz isso. Eu poderia ter o apoiado, mas eu também não fiz isso. Com tudo isso que aconteceu eu parei pra pensar, e vi que ele te ama muito, e como eu sei disso? Ora, ele enfrentou o próprio pai.

- Ele só queria seu apoio. - disse secando as lágrimas.

- Sim, apenas isso. E veja só o que eu causei não fazendo isso. Eu posso perdê-lo, e, eu não quero que isso aconteça... - ele suspirou. - Quero muito que ele saiba que eu o amo. Que eu estou arrependido de tudo, e por fim... Que eu o apoio.

- Ainda há a tempo. - falei tocando em seu ombro.

- Eu não sei. - disse ele.

- Não espere o pior acontecer, diga para ele tudo o que sente. Não se feche, ele precisa saber de tudo isso. E você sabe que ele estará ouvindoq.

Alex me encarou por alguns minutos e depois desabou num choro, eu não consegui me segurar e enxugava algumas lágrimas que escorriam sob meus olhos, o que era inútil. Alex vendo o modo que eu estava, me encarou e por questões de segundos ele me abraçou.

- Quero que sejam felizes. - ele sussurou em meu ouvido, com a voz embagada.

- Diga isso pra ele. - falei. - Ele precisa ouvir isso de você.

Após ouvir aquilo, Alex se levantou e me olhou. Quando estava se dirigindo até o quarto do Lucas, ele virou-se novamente e sorriu.

Tais e Alê estavam voltando e eles vieram se despedir de mim, pois eu iria ficar novamente ali. A Sarah precisava descansar, então me ofereci pra ficar lá essa noite para que ela pudesse descansar.

E fiquei ali na sala de espera, olhando algumas mensagens que o pessoal da escola publicavam no perfil do Lucas.

Descobertas da Vida (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora