04

2K 247 138
                                    

S/n on.

Os acontecimentos de ontem a noite desde a briga até a ligação com Elizabeth invadem minha cabeça com força, fazendo um sorriso involuntário aparecer no meu rosto.

Sou tirada de meus pensamentos quando escuto minha mãe me chamar.

— S/n! - escuto - desce logo que você vai se atrasar para ir á escola!

— Tá bom! Vou só pegar minha bolsa. - falo no mesmo tom de voz para que ela pudesse escutar.

Minha bolsa estava perto da grande janela do meu quarto, a mesma que dá de frente para casa de Elizabeth. Assim que me aproximo para pegar a mochila, vejo a mulher saindo de casa. Olho por alguns instantes e logo desço de encontro a minha mãe.

— S/n filha, hoje vou ficar de plantão no hospital - minha mãe comunica - vou deixar o cartão de crédito e só use SE for preciso - diz me olhando com os olhos semicerrados.

— Você fala como se eu já tivesse usado sem ser para emergência - digo e ela arqueia a sobrancelha - tá, só uma vez - ela cruza os braços - tá bom, foram quatro vezes. Mas não vou mais fazer isso - levanto os braços em rendição.

— Bom mesmo - ela dá um beijo na minha bochecha - você vai para a escola comigo ou vai pegar carona com a Flo e a Hailee? - pergunta.

— Vou com as meninas - respondo de prontidão.

— Não esquece de pegar sua chave em cima da bancada da cozinha - minha mãe fala mais como um lembrete.

— Relaxa, Kate Walsh.

— Ah, e vê se não- interrompo-a.

— "Se não traz nenhuma namoradinha para casa" - completo sua frase - eu sei mãe.

— Sabe? - pergunta em tom de sarcasmo.

— Tá, eu fiz isso bem mais que quatro vezes, mas isso foi antes. Não faço mais essas coisas.

— Que bom né S/n, que bom!

Minha mãe fala e escuto flo buzinar do lado de fora. Ainda bem, ela me salvou de uma conversa constrangedora com a minha mãe.

— Ó, tenho que ir! As meninas chegaram - dou um abraço e um beijo na bochecha da minha mãe - te amo! - digo saindo apressadamente.

— O que foi? Viu um fantasma? - Hailee pergunta assim que me vê entrar no carro igual um foguete.

— Graças a Deus, vocês me salvaram de uma conversa constrangedora com a minha mãe - digo olhando para as duas garotas que estavam no banco da frente.

— Então, graças a Deus não, graças a Florence - Florence diz convencida.

O caminho até a escola foi feito de conversas aleatórias. Falamos de quase tudo e todos.

——🕐——

— Ainda bem que hoje já é sexta, eu não aguentava mais - Hailee fala enquanto caminhamos para fora da escola.

— Querem dormir lá em casa? - convido-as - minha mãe está de plantão hoje.

— Não vai dar. Minha mãe e meu pai inventaram de passar o fim de semana na casa da Scarjo e da Brie - Florence da de ombros.

Jogando com o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora