___Sem Mais Lágrimas ___

Mr. Crowley

                

Pegamos o voo às 22 horas da noite. Sou interrompida por uma fã da The South. Ela pede um autógrafo, e me lembra do dia em que eu pulei na plateia. Péssima lembrança.

Quando sentamos nos assentos do avião percebo que Randy está inquieto.

- Tem medo de avião? - pergunto a ele

- Sim eu tenho- diz ele

- Exercício de respiração - digo sorrindo.

Seguro sua mão durante toda a viagem afim de que ele se acalme.

Quando descemos do avião pegamos um táxi, e vamos até um hotel. Chegamos na recepção para pedir os quartos.

Arrumo as minhas coisas e as coisas de Damon no meu quarto. Encontro Randy no corredor. O quarto dele fica de frente para o meu.

- Vamos fazer o que?- pergunto a ele

- Temos o dia inteiro em Nova York- diz ele. - Museus, shows, lanchonetes metrôs.

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No museu vemos as estátuas e obras de arte, quando eu vinha para Nova York com meu pai ele costumava me levar as exposições de pintura nas ruas de Nova York. Esse lugar é chique
demais.

- Que tal irmos almoçar- diz Randy
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Na lanchonete decido perguntar a Randy sobre a vida dele. É estranho viajar com alguém que eu mal conheço.

- Você nasceu aonde? - pergunto a ele

- Na Califórnia - diz ele

- Eu adoro a Califórnia - digo. Apesar da minha última visita ao estado ter sido péssima.

- Como começou a tocar guitarra? - pergunto

- Eu já entendi. Vamos fazer o seguinte uma pergunta sua e uma minha-  diz Randy

- Ok- digo

- Minha mãe era professora de música, ela tinha uma escola de música. Comecei a tocar ainda criança.- diz ele

- Minha vez.- diz Randy - Como começou a tocar bateria? - pergunta ele

A pouco tempo atrás eu temeria caso alguém me perguntasse isso. Mas estou tentando transformar as memórias que tenho do meu pai em algo bom.

- Meu pai me ensinou a tocar quando eu era criança. Ele era baterista, o melhor. - digo

- Minha vez - digo. Isso está ficando divertido- pra que lugar quer ir depois daqui?

-  Tem uma ópera daqui uma hora- diz ele

- Você gosta de ópera- digo

- Por incrivel que pareça sim- diz ele
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Randy me leva até a ópera. Eu nunca tinha ido a nenhuma ópera. E nunca imaginei que Randy Rhoads iria me levar a uma.
Randy fala para mim sobre teoria musical, que ele provavelmente aprendeu assim que aprendeu a ler.

Depois da ópera vamos ao show de uma banda de universidade aleatória.
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- Você estava tocando uma guitarra imaginaria- digo rindo nos corredores do hotel.

- Todo musicista tem instrumentos imaginários- diz ele rindo.

Paro na frente da porta do meu quarto.

- Preciso colocar comida para o Damon e ir dormir- digo a ele

- Eu também preciso ir dormir- diz ele apontado para o quarto.

Foi um dia divertido e fazia muito tempo que não me divertia assim.

Fazia muito tempo que não me sentia confortável perto de alguém.