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Ontem eu passei o dia todo pensando em como vou chegar na Noah Morgan. Hoje é o dia que o bar abre, e preciso ir até lá para falar com ela.
— Oi, amor —Sofia diz, dando beijo na minha bochecha
— Oi..
— Podemos ir almoçar naquele restaurante da Barra? —ela pergunta, acariciando meu abdômen
— Não vai dar, eu tenho um compromisso.
— Porra, Nicholas. Você sempre tem algum compromisso, nunca conseguimos sair e aproveitar a sós. —ela se afasta, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha
— Sofia, é o meu trabalho.
— Sempre o seu trabalho vem na frente, né?
— Nós nem temos nada. —sai em um tom totalmente rígido, fazendo com que Sofia dê dois passos para trás, na defensiva— Desculpa... mas eu preciso que você entenda.
— Eu já entendi, Nicholas. Seja feliz com o seu trabalho. —ela se vira, indo em direção à porta
— Espera, Sofia. Onde você vai?
— Já que não temos nada, eu vou procurar alguém que queira ter alguma coisa comigo. —ela sai da casa e bate a porta
Sofia sempre quis ter um relacionamento sério comigo, mas eu nunca quis. Talvez agora eu esteja arrependido. Sofia é uma mulher incrível, tem valores, sempre me apoiou— por mais que eu não seja a pessoa mais certa do mundo— e ela é decidida quando quer alguma coisa. E nos damos bem. Mas, agora, eu não posso me distrair com isso.
Agora são 16h. O bar já está aberto, mas não sei ao certo que horas a Noah chega.
— Onde vai, Leister? —Lion pergunta, assim que eu saio de casa
Puta merda!
Eu não quero que ninguém me acompanhe, quero fazer isso sozinho.
— Não vai até a Morgan, né? —ele cruza os braços, erguendo uma sobrancelha
— Não, Lion. Eu vou ao banco.
— Quer que eu vá com você?
— Não precisa. Eu não demoro.
Ele concorda e entra dentro de casa.
***
Estou estacionado em frente ao bar há um dez minutos.
Eu não queria forçar ela a fazer isso, mas infelizmente eu não tenho escolha. E também não tô afim de deixá-la sem pai.
Vejo Noah andando dentro do bar pela janela, e, saio do carro. Atravesso a rua e abro a porta do bar.
Noah, que está atrás do balcão, se vira assim que ouve a porta se abrir. O corpo dela parece estremecer quando me vê. Caminho até o balcão, e me sento em um dos bancos, de frente para ela.
