Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estou acordada há 1 hora. Talvez a noite inteira, se eu dormi meia hora foi muito. Não consigo parar de pensar no Nicholas, na proposta e no contrato.
Por um lado, essa proposta é uma boa, não vou mais precisar trabalhar na boate todo final de semana. Mas, por outro lado, é uma merda, vou ter que ficar com ele toda hora e todo minuto. E ainda, vou ter que fingir para as pessoas.
Pego o contrato em cima da minha mesa de cabeceira e o encaro. Nicholas já assinou, agora só falta eu.
Me levanto e caminho até minha escrivaninha, pego uma caneta e olho novamente para o espaço em branco da folha. Eu hesito em não assinar meu nome, hesito em rasgar essa folha e jogar fora, mas talvez, essa seja a única oportunidade que eu tenho de não trabalhar toda madrugada naquele lugar. Então, sem pensar mais, levo a caneta no papel e escrevo meu nome.
Não sei se essa foi a melhor decisão que já tomei em toda a minha vida, mas acho, que foi a mais fácil.
Saio do meu quarto e vou até o quarto do Nicholas, bato à porta e Nicholas a abre. Ele está só de toalha, provavelmente acabou de sair do banho. E ele consegue ser bonito de qualquer jeito, pena que é um babaca.
- Posso ajudar, Morgan? -ele pergunta, apoiando a mão na moldura da porta
Estico minha mão, deixando amostra o contrato. Ele o pega e analisa, vendo minha assinatura.
- Entre. -ele dá espaço- Precisamos resolver algumas coisas.
Eu passo por ele e me sento em sua cama. Nicholas fecha a porta e caminha até o closet.
Eu já tinha vindo aqui antes, mas só para tomar banho, não tinha reparado em nada. Porém, não é um quarto com muita decoração. É um quarto comum.
- O que quer resolver? -pergunto, assim que ele sai do closet. Apoio minhas mãos no colchão e observo ele se aproximar.
- Preciso saber mais sobre você, Morgan. -ele diz, puxando uma cadeira e se sentando a minha frente
- Você já sabe o que precisa. Eu estudo medicina, namorei uma vez na vida e morava com meu pai.
- E sua mãe?
Quando ele pergunta isso, minha barriga dá reviravoltas. Nunca ninguém tinha me feito essa pergunta antes e não sabia que falar sobre a minha mãe ia ser tão difícil assim.
- Não me sinto à vontade de falar sobre ela... -digo, pressionando meus lábios- Me conte sobre você, Leister. Com o que trabalha? E seus pais?
