eleven - i did something bad

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Mary Jenner

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Mary Jenner

Upper East side, Manhattan, New York

02 de outubro de 2023

- Foi... tão real - digo deitada no colo do meu irmão enquanto ele fazia cafuné no meu cabelo.

Fazia dois dias desde que fui internada. Ninguém desgrudou de mim nem por um segundo, principalmente meu irmão e o Henry. Brenndo preferiu que eu ficasse mais na casa dele já que eu vivia na mansão, e também porque ele queria me vigiar com medo que eu passasse mau de novo.

Henry vinha pelo menos passar algumas horas aqui, até a sua mãe pedir para ele voltar para casa. Bryan havia ficado comigo o dia inteiro no hospital, eu não tinha conseguido explicar direito para ele tudo sobre a "alucinação" como meu irmão diz, mas pra mim foi tão... real, como se eu estivesse com eles.

- Maninha talvez tenha sido o efeito do remédio - me levanto num impulso vendo que meu irmão não iria acreditar em mim.

- Claro que você não iria acreditar em mim - digo me levantando para ir ao banheiro.

- E lógico que eu acredito ma - diz meu irmão encostando no batente da porta - Eu só acho que isso pode ser... estranho sabe, parece que você morreu e voltou. O que eu não acho impossível.

- E se eu dizer que essa foi a impressão que eu tive? - pergunto o encarando seria - Eu encostei neles, eu senti o cheiro deles... queria voltar lá.

Meu irmão entra no banheiro e me abraça assim que termino de escovar os dentes.

- Eu sei o quanto dói a morte deles, e sei que você era muito apegada a eles, mas você tem que superar - me separo do abraço dele e o encaro com os olhos cheios de água e saio do quarto. Já estou do lado de fora da casa quando escuto meu irmão me chamando mais eu ignoro e vou até meu carro e me tranco lá dentro indo até o estúdio.

Hoje seria meu show, ele havia sido adiado por causa do meu desmaio. Chego no estúdio e ele estava vazio. O Henry deve ter pedido para os dançarinos treinarem em casa.

Pego a minha bolsa indo até o banheiro me trocar colocando um collant e um tutu junto com a minha sapatilha. Eu dançava de tudo mas a minha paixão sempre foi balé. O jeito que o corpo se movimenta junto com a dança sempre me deixa calma.

Paro a dança assim que uma ideia vem a minha cabeça. Pego um caderno que ficava num armário no vestiário e uma caneta e começo a escrever, uma ideia de música tinha surgido na minha cabeça. Enquanto escrevia meus olhos enchiam de água. Tudo que eu havia passado eu transformava em música.

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