twenty-one - realidade cruel o resgate

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Mary Jenner

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Mary Jenner

Upper East side, Manhattan, New York
11 de outubro de 2023

O vento frio batia em meu rosto, meu corpo estava quente pelo casaco grande que ia até chão branco, junto com uma calça legging e uma camiseta de manga longa da mesma cor. Fecho a varanda entrando dentro do quarto, me sento na cama olhando para dois buquês de rosas brancas ao pé da cama.

Estava segurando o choro a muito tempo, meus olhos marejavam, porém não sai nenhuma lágrima. Minha boca estava cortada de tanto que eu a mordia, minhas unhas estavam roídas, meu corpo não se mexia, parecia que eu estava em choque.

Meu coração disparava, meus olhos estavam vermelhos, um maço de cigarro estava no chão da varanda, apagado. Escuto a voz do meu irmão do outro lado da sala me chamando, meu corpo não se mexe enquanto seus chamados aumentam.

- Mary? - me chama calmante se agachando a minha frente.

- Não consigo - a única que sai de minha boca enquanto uma lágrima solitária desce pelo meu rosto.

- Temos que tentar, mas se não conseguir ficaremos aqui - sua testa encosta na minha limpando a lágrima em meu rosto. Assinto com a cabeça, me levantando com a sua ajuda.

Saímos do quarto indo até a garagem entrando em seu carro. O silêncio predominava o lugar até o cemitério, meu rosto estava focado apenas para frente, sem perceber o carro estaciona. Ficamos alguns minutos apenas parados olhando para a estrada, o céu estava nublado com o frio e a provável chuva que poderia vir.

- Vocês mataram ele não é? - pergunto depois de um tempo.

- Sim - responde sem mais nem menos.

- Por que não me chamou?

- Achei que não quisesse ver.

- Ele tentou me estrupar Brenndo, e lógico que eu queria mata-lo - saio do carro com o buquê na mão indo até às lápides.

Sinto o meu irmão atrás de mim, me agacho até as lápides colocando o buquê em cima. Um ar gelado bate em meu rosto, deixando minhas tranças ao vento. Brenndo chega ao meu lado colocando seu buquê em cima da lápides também, respiro fundo tentando não ter uma crise de choro novamente.

A decisão e falha assim que lágrimas começam a descer de meus olhos, uma angustia forte me invade fazendo o resto do meu corpo ir ao chão. Brenndo me abraça me deixando grudada a ele, sinto suas lágrimas caindo em meus ombros, molhando meu casaco enquanto as minhas molhavam o chão.

Sabe quando você tem um sentimento tão forte que você se vê sem saída? E assim que eu me sinto a quatro anos.

Um sentimento que invadia meu peito sem hora para ir embora, meu corpo não se comandava mais sozinho, meu choro ia sem ter momento para parar. Ninguém entendia o que eu sentia, nem meu irmão, porém não poderia ser explicado, era um sentimento forte que nunca sairia de mim.

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