twenty-six - half my heart

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Bryan Wolf

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Bryan Wolf

Upper East side, Manhattan, New York
27 de outubro de 2023

O sol de manhã irradia no meu rosto fazendo meu olho fechar novamente, ao meu lado não sinto ninguém, já me assustando. Olho para cômoda vendo um bilhete com a sua letra em canetas coloridas. Meu Deus como eu amo essa mulher.

"Dessa vez eu não fugi, estou no balanço atrás da casa tomando chocolate quente.

Assinado da sua Mary"

Sai da cama sentindo um choque térmico assim que meus pés tocam o chão, coloco apenas uma cueca descendo rapidamente para o andar de baixo tentando acordar ninguém da casa. Os passarinhos faziam barulhos ao lado de fora, felizes pela manhã que se iniciava, me arrependo na hora que sinto um vento forte bater em meu corpo me dando calafrios.

Ao fundo da casa seu corpo era visto com uma xícara na mão vendo o nascer do sol, seu corpo estava escorado no balanço com uma camiseta azul, que logo reparo ser minha. Pego uma coberta na sala levando até onde ela estava, a mesma toma um pequeno susto assim que encosto em seu corpo com o cobertor quente.

- São que horas? - pergunta a mim com a voz manhosa por ter acordado a pouco tempo.

- 6:00 - a respondo olhando para o sol, que estava para sair animado por mais um dia. Sua cabeça deita em meu ombro bebendo mais um gole do seu chocolate quente ainda com sono.

- Não consegui dormir, agora tô parecendo um zumbi - ri deixando meu coração quente em vê-la ao meu lado.

- Você e tão linda - sussuro acariciando seu rosto, que agora estava vermelho por sua rosaria. A mesma pega um lado da coberta cumprindo meu corpo que agora estava frio.

- Acho que temos que conversar não é? - pergunta sabendo que não teria como fugir dessa conversa. Assinto.

- Que parte você quer começar?

- Por que disse que não me amava? - pergunta já sendo direta saindo do meu ombro e ficando em minha frente.

- A máfia. Apolo não era uma pessoa fácil de lidar - respondo simples a encarando com angústia, porém a única coisa que sai de sua boca e uma risada.

- Até hoje ele não e - outra risada sai de sua boca agora mais alta, fazendo outra sair de mim.

- Se não quiser me responder, tudo bem. Mas eu queria saber o que exatamente aconteceu na agência? - pergunta um pouco nervosa me encarando.

- Era literalmente uma prisão. O lugar era em salubre, nem sempre comiamos mais de uma refeição ao dia, e eramos feitos apenas de objetos para as revistas e passarelas - seu rosto agora era cheio de compaixão enquanto prestava atenção em mim - Eu só não enlouqueci lá dentro por causa de você, eu não podia falar com você, mas eu escrevia cartas com esperança que um dia eu conseguisse enviar sem eles sabem. Mas nunca consegui.

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