Magia, Paraíso

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Os gritos de Zeus tremiam todo o Olimpo, seguindo a ira de Poseidon e o silêncio de Hades

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Os gritos de Zeus tremiam todo o Olimpo, seguindo a ira de Poseidon e o silêncio de Hades. O Olimpo se resumia a um castelo grandioso sustentado no ar por uma nuvem gigante. Os residentes se intitulavam deuses e desejavam usar os elementos da natureza para consagrar seu poder. Seus filhos e irmãos, cujo poder era menor, mantinham distância da discussão enquanto observavam com vivo interesse. Indiferença na face de alguns, diversão na face de outros.

Os três maiores discutiam com fervor sobre a paternidade de uma criança que ainda não nascera.

As nuvens ao redor do Olimpo estavam carregadas de raios: raios dentro da nuvem, da nuvem para o ar e de nuvem para nuvem. O cenário previa calamidade, mas tinha beleza.

E foi deste cenário que um jovem homem desceu: longos cabelos brancos presos por uma fita bordada com penas, vestes longas azuis e douradas, olhos azuis orgulho marcial. O poder devastador que exalava da espada reluzente revelava que aquele era o príncipe portador da luz.

A chegada do arcanjo estremeceu a cidade do Olimpo. Com graça e elegância, sua chegada forçou os outros seres a fecharem seus olhos, pois o brilho de sua auréola e o branco de suas asas eram deveras intensos.

Cujo poder só estava abaixo do próprio Deus.

Quando o sapato imaculado de Lúcifer pisou no chão do Olimpo, a discussão violenta foi abruptamente interrompida. Lúcifer parou diante da porta, os cachos de seus cabelos moviam-se com brisa própria. Um sorriso censurável dilatou seu rosto enquanto a luz do sol surgia em meio aos raios. Se ele estivesse por perto, todo o resto, até mesmo a paisagem, era só pano de fundo.

A chegada do arcanjo deixou todos os deuses em silêncio, exceto Apolo, que exclamou: "Tão belo que chega a ser bárbaro, seu brilho tomará minha visão."

Os deuses olharam o recém-chegado com curiosidade, embora fosse a primeira vez de Lúcifer no Olimpo, todos o conheciam.

"Lúcifer, estrela da manhã, general do céu e devoto ao Senhor, me apresento", disse ele com sua voz hipnótica.

Zeus acenou com os braços e deu um passo à frente, assumindo diante de um desconhecido seu lugar de senhor do Olimpo: "Se não é o digníssimo Lúcifer, estrela da manhã. O que devo à sua visita? Nunca esteve no Olimpo antes."

Lúcifer aceitou a cadeira que lhe foi oferecida, cruzando com elegância as pernas enquanto olhava o salão extravagante. Embora seu rosto mostrasse amabilidade, seu olhar era intenso, vivaz e versado, e ao mesmo tempo inexpressivo.

"Eu não venho para uma visita. O céu não gosta de se imiscuir em assuntos olímpicos, mas receio que desta vez seja indispensável. Acredito que tenha conhecimento dos planos sobre o paraíso que o mundo virá a ser. É o desejo de meu pai e não posso medir esforços para realizá-lo. Eu venho em nome do céu pedir que os deuses resolvam suas diferenças rapidamente, de modo que o paraíso volte à sua tranquilidade habitual."

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