Fantasma do Paraíso

153 32 14
                                    

Zeus guiou Lúcifer até o salão principal do Olimpo depois de chamá-lo aqui sem explicar o motivo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Zeus guiou Lúcifer até o salão principal do Olimpo depois de chamá-lo aqui sem explicar o motivo. No canto lateral, uma nuvem de fumaça estava posicionada e, ocasionalmente, era possível ver algo atravessando a névoa: uma nebulosa.

Zeus apontou para a nebulosa, indicando que Lúcifer se aproximasse: "Surgiu assim, sem explicação."

Lúcifer olhou fixamente para a nebulosa e viu fios negros dançando lentamente. Eram de um negro profundo que só poderia ser encontrado no vasto universo. Reconhecimento brilhou no olhar do arcanjo, que questionou em voz alta:

"Quando chegou?"

"Três dias e três noites. É o presente do universo, mas está em absoluto silêncio desde então."

Aquilo não fazia sentido.

No dia anterior, os anjos se reuniram no salão principal a pedido do anjo Raquiel, que desejava mudar sua função no céu. Lúcifer mostrou seu apoio, mas não se juntou à reunião. Decidiu que se ocuparia de um trabalho ao qual vinha se dedicando há pouco tempo. Ele também cuidaria do salão do fogo para que todos os anjos pudessem ir à reunião.

O céu não tinha um inimigo declarado, entretanto, o Criador sempre deixou claro que os anjos deveriam estar preparados para a batalha, o que levou Lúcifer a treiná-los todos os dias. Provavelmente, o Criador sabia que futuramente eles teriam um inimigo formidável. Isso levou Lúcifer a pensar que, se por acaso algum de seus irmãos não pudesse mais lutar pelo céu, eles ainda poderiam ajudar seu pai.

Todavia, não existiam projetos de anjos não vivos para trabalhar, o que fez Lúcifer voltar sua atenção para as armas de seus irmãos e assim o projeto Natrix nasceu. Ele consistia em: as armas dos anjos voltariam juntas para lutar mesmo quando os anjos não pudessem.

Lúcifer estava considerando com atenção as possíveis falhas em sua criação para que pudesse corrigi-las quando um movimento leve lhe roubou a atenção. Era um som, um toque leve no chão, como as pegadas de um felino, mas tão baixas que ele mal podia ouvi-las. No entanto, Lúcifer podia ouvir as passadas dos animais nos campos e nenhum anjo desse círculo estava fora do julgamento, exceto ele próprio.

Ele elevou seu olhar, atento. Sua sala de trabalho era um pequeno espaço em frente ao salão do fogo. Desde que a porta da sala que ele usava estivesse aberta, ele poderia vigiar o salão enquanto trabalhava. Um momento se passou até que novamente o som suave fosse sentido. A lâmina translúcida Ji Min brilhou em resposta aos instintos do Arcanjo.

Ao perceber que aquele som não era produzido por nenhum anjo, Lúcifer lançou Ji Min. A espada voou em linha reta, seguindo o som, cortando o vento, e colidiu com a parede. Isso fez Lúcifer ficar de pé. Se houvesse alguém ali, seria impossível desviar de Ji Min, pois ninguém nunca foi capaz de desviar de um golpe de Ji Min.

Ji Min voltou para seu dono, e Lúcifer aguardou silenciosamente. Desta vez, o som foi mais alto. A espada voou novamente, diretamente para dentro do salão do fogo, e o dono do som desviou da lâmina com um salto gracioso, que a fez entrar violentamente na parede. Ele parou com leveza em frente ao prato prateado, o que permitiu a Lúcifer vê-lo.

Sete maravilhas - Jimin centric Onde histórias criam vida. Descubra agora