Capítulo 10

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Thiago Pov

— Liz! vem na minha casinha, tenho um presente pra você! — cantarolei.

— Não, o último baú que eu fui abrir para pegar meu "presente" explodiu tudo!

— Dessa vez é sério, eu estou trabalhando nesse presente a tarde toda.

— Thiago, se você estiver mentindo eu fico um dia todinho sem te beijar. Pensa bem nos seus atos.

Já fazia duas semanas que nós estávamos tendo nossa amizade com benefícios, e agora ela frequentemente usava beijos para me ameaçar.

Eu criei um monstro!

— Que agressividade minha querida, não precisa de medidas tão drásticas. Pode vir, é um presente sério agora.

— Acho bom mesmo. — Ela falou meio desconfiada, mas finalmente indo até mim. — Ah! Que isso?

— É uma ovelha que muda de cor, ela chama Jeb. — Falei orgulhoso do meu feito.

— Como você fez isso? — Perguntou admirando a ovelha.

— Eu vi na internet, é só colocar esse nome ai que ela fica assim. – Soltei a ovelha e dropei para ela a corda. — custei pescar o negócio para mudar o nome dela.

— Ela é nossa filha agora. — Falou pegando a Jeb.

— Eu não sou pai de uma ovelha.

— É sim. — Falou puxando a ovelha com ela. — Vou fazer um quarto para ela na minha casa, faz um na sua também.

— Eu coloco uma cama pra ela na sala quando for minha vez de cuidar.

— Nem todo pai, mas sempre um pai. — revirou os olhos e eu ri.

Continuamos jogando por mais um tempo até nosso interfone tocar, era o nosso delivery que havia chegado.

Fechamos o jogo e enquanto a Liz colocava um filme eu desci para o hall para buscar a comida com o entregador.

Voltei e me sentei no chão ao lado dela. Colocamos a comida japonesa do nosso restaurante favorito na mesinha que fica entre o sofá e a televisão, e então começamos a degustar aquela comida deliciosa enquanto assistimos TV.

— Essa semana passou voando. — Comentei. — Tivemos tempo para nada.

— Não é? E para piorar não estou conseguindo dormir direito. — Falou bocejando logo em seguida.

— Também não, parece que eu acordo mais cansado do que antes de dormir. — Encostei a cabeça em seu ombro.

Ela levou a mão até meu rosto e começou uma caricia leve, fechei meus olhos e fiquei aproveitando seu toque que eu tanto amo e que me fazia relaxar.

— Vamos dormir? Está tarde.

— Vamos. — concordei me levantando e já sentindo falta do seu toque.

Eu não estava dormindo muito bem ultimamente, e desconfiava que talvez fosse culpa da Liz.

Na última semana todas as vezes que deitei na cama fiquei pensando em como seria bom se dormíssemos juntos.

Mas eu não tenho coragem de sugerir isso, já que é a primeira vez da Liz em todas essas coisas
de "casal", tenho medo que ela se sinta pressionada ou desconfortável.

Eu sou pra casar mesmo, não estou conseguindo dormir longe do toque da minha querida.

E talvez um pouco grudento e carente. Mas quem liga?

Jogamos as embalagens da nossa comida fora e fomos escovar os dentes, depois apagamos todas as luzes e fomos para o corredor dos quartos.

Paramos de frente as nossas portas, e eu já sentia que ia ser outra noite de sono mal dormida.

Amigos Com Benefícios | LizagoOnde histórias criam vida. Descubra agora