10. Sol

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N.A: Chegamos ao fim!!! calma que ainda tem epílogo, mas queria agradecer todo mundo que esteve aqui prestigiando essa história que é tão especial pra mim. OBRIGADA por tudo, tudo, tudo! Ouçam a música do capítulo, ela é muito especial! Beeeeeeijos, até um dia! 💙


Eu sou teu céu

Toda do avesso

Você meu Sol

Onde me aqueço

Gota que é mar

Transborda o peito

Leite no céu

Gota opaca

Branca no preto da noite

Via Láctea

(Via Láctea - Céu, Liniker)


1 MÊS DEPOIS

Terça-feira, 18:47


Kelvin apertou o número 7 no elevador e suspirou cansado, se olhou brevemente no espelho e viu as olheiras abaixo dos seus olhos. Ele não havia dormido muito bem, pois Ramiro estava extremamente gripado e passou a noite toda tossindo e com febre. Kelvin saiu mais cedo do trabalho, passou em algum mercado e agora ia se aventurar em fazer uma sopa. Ele não era exatamente a pessoa mais habilidosa na cozinha, mas se virava.

Quando ele abriu, devagar, a porta do apartamento 73, ele se deparou com Ramiro enrolado em um cobertor, dormindo, a TV ligada com volume baixo e Britney dormindo ao lado dele, também enrolada no cobertor. Kelvin sorriu e tentou fazer o mínimo de barulho colocando as sacolas em cima da mesa.

Sentiu seu coração tão em paz ao ver aquela cena que se achou na obrigação de ficar parado observando de longe, pensou que nunca se sentiu tão feliz e completo na vida. O que parecia uma grande loucura, pensando que aquele deitado ali era o síndico insuportável que ele brigou desde o primeiro dia. Nunca imaginou que mudar de apartamento fosse fazer tudo mudar também, nunca pensou que brigar com o síndico do prédio fosse fazer ele conhecer alguém tão incrível.

Britney acordou, percebendo a presença de Kelvin e desceu do sofá imediatamente, fazendo Ramiro despertar também e abrir os olhos lentamente. A cachorra começou a pular nas pernas de Kelvin e ele a pegou no colo, fazendo carinho em sua cabeça. Ramiro sorriu em direção aos dois, ainda completamente sonolento.

– Oi – disse rouco, descendo o cobertor até sua cintura e se arrepiando logo depois pelo frio que sentiu

– Oi, amor – Kelvin respondeu se aproximando e dando um selinho rápido, sentindo os lábios do outro quentes – Você tá com febre?

– Não sei... Eu dormi e tava sem febre

Kelvin largou Britney em cima do sofá, que começou a tentar lamber o rosto de Ramiro, que ria e tentava impedir.

– Você comeu direito hoje?

– Mais ou menos – respondeu, ainda em uma batalha com Britney, que mordia sua mão - Brit, pelo amor de Deus...

– Pega esse termômetro. Eu vou fazer uma sopa

Kelvin já estava indo em direção ao corredor, mas Ramiro o chamou de volta

Apartamento 73 - KELMIROOnde histórias criam vida. Descubra agora