286 11 2
                                    

Emellye Corsons

Aqui em casa é só eu e o meu irmão, Pedro, meu irmão é usuário de drogas desde seus 17 anos de idade. Hoje em dia ele está com os seu 27 anos. Ele sai de madrugada, e só volta um ou dois dias depois drogado, me bate e sobe para o quarto dele e só volta para brigar comigo ou para comer alguma coisa, mas logo volta para o quarto novamente ou sai para se drogar denovo.

Me levanto e me arrumo para ir pro colégio, pouco tempo depois já estou pronta. Vesti uma calça jeans azul e uma blusa cinza de manga comprida, para esconder os hematomas deixados pelo último surto do meu irmão.

Desço as escadas com a minha mochila nas costas, passo na cozinha e pego uma maçã na fruteira e vou pro colégio, já que estou quase atrasada.

Chego 5 minutos atrasada, mas pra minha sorte a professora ainda não tinha entrado na classe, então não tive problemas.

[●●●]

A aula passou até que rápida, e agora eu estou me arrumando para ir pro bar da Dona Maria, pois eu trabalho com ela meio-período. Minutos depois chego em frente ao bar da Dona Maria.

-Oi Dona Maria, já cheguei. -falo a mulher que está bem na minha frente. -Já estou indo me trocar, ok? -Ela assente e eu saio para me trocar.

Pouco tempo depois, eu estou na bancada.

De longe vejo o Chefin. Ele que manda no morro todo. Ele entra no bar e se senta em uma mesa que estava vazia, vou até eles para anotar os pedidos.

-Olá, boa tarde Chefin, o senhor vai querer o que hoje? -pergunto.

-Oi, o mesmo de sempre. -anoto no caderninho.
-Ok. -respondo. -E vocês vão querer o que? -pergunto pro RC e pro LR que estão sempre juntos com o Chefin.

-Eu vou querer só uma Coca-Cola mesmo. -diz o LR. -anoto o pedido dele também no caderninho.

-Ok. E você RC? -pergunro.

-Eu vou querer só um pastel e um suco de maracujá, somente. -anoto e logo saio pra levar os pedidos pra Dona Maria preparar.

Logo volto com os pedidos.

-Ahn, esse é o do senhor. -entrego o pedido do Chefin. -Esse é o seu. -entrego o pedido do LR. -E esse o seu. -entrego o pedido do RC. -Desejam mais alguma coisa? -pergunto

-Não só isso mesmo.

Saio e volto para o meu lugar.E, assim, o dia passou até que rápido.

Chego em casa e vou direto pro meu quarto, deixo meu celular em cima da cama e ou tonar um banho. Visto o meu pijama e me deito na cama, até que escuto a campainha tocar.

Desço as escadas o mais rápido que eu consigo.

-Só um segundo que eu já vou abrir. -grito.

Abro a porta e dou de cara com o Chefin, acabo levando um susto.

-Cadê o Pedro? -pergunta já entrando.

-Não sei, ele saiu de manhã e não voltou até agora. Mas o que ele fez? -pergunto preocupada.

-Então você é o que dele? -o Chefin me pergunta.

-Sou irmã dele.

-Seu irmão está me devendo 30 mil, e eu não vou sair daqui enquanto ele não me pagar. -ele se senta no sofá.

-Como assim? Ele não tem todo esse dinheiro. -me desespero.

E agora?

-Se vira gata, não tô nem aí como vocês vão me pagar, se vira. -ele diz começando a ficar estressado.

-Mas... -sou interrompida pela porta sendo aberta e o puto de meu irmão aparecendo na mesma. E pelo jeito ele está drogado.

-Olha quem chegou, estavamos falando de você mesmo. -O Chefin fala.

-Se você veio me cobrar, eu já falei que só vou ter o dinheiro na semana que vêm. -fala o meu irmão com dificuldade.

-É eu sei, você já está falando a mesma coisa faz um mês. Ah e eu não vou poder esperar pra semana que vêm. -o Chefin vai até o meu irmão. -Ou você me paga agora, ou... você morre. -ele saca uma arma na direção do meu irmão.

-Eu não tenho o dinheiro agora, eu já disse. -fala e dá um passo pra trás.

-Se vira fi.

-Leva ela então. -ele aponta pra mim.

Nego com a cabeça, sem saber como reagir nesse tipo de situação, fico paralisada, minha respiração começa ficar acelerada e minha vista começa ficar embaçada. Espeta, ele me vendeu mesmo? Para um traficante? Fico totalmente em choque.

-Vai, tá esperando o que fia? Anda, vai arrumar as suas coisas. E vamos logo porque eu não tenho todo tempo do mundo não. -fala me tirando do pesadelo.

Corro para o meu quarto e coloco as minhas coisas dentro de uma mala de viajem preta. Pouco tempo depois já estou descendo as escadas, não demorei muito, já que as minhas coisas não eram muitas.

Retiro minha mochila das costa e fico segurando ela na mão.

O Chefin vem até mim e pega a mochila e a minha mala e já vai saindo.

-Vamos madame, não posso demorar não.

-Só um segundo, preciso fazer uma última coisa. -pesso e ele assente.

Vou até o Pedro e dou um soco bem no meio do rosto dele, não demora muito pro sangue começar escorrer do nariz dele.

-Espero que a sua morte seja bem lenta, e que no leito da sua morte você lembre de mim. -desejo para ele.

Saio da minha antiga casa e entro em um carro preto, que estava estacionado em frente a entrada.

Minutos se passam até que o Chefin pergunta:

●●●●●

Vendida ao ChefinOnde histórias criam vida. Descubra agora