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Capítulo 3

Com o passar do tempo, Harry aprendeu a controlar a invisibilidade e a velocidade. Ele se sentia bastante incomodado com a maioria dos barulhos e seus ouvidos sangravam às vezes, por isso era bem comum agora vê-lo usando tampões. Também aprendeu a controlar os feromônios e descobriu que sua visão estava ampliada, o problema eram os cabelos.

Todos notavam a diferença. Ele tinha cabelos pretos no começo do ano letivo e agora estava com cabelos ruivos? Não era muito normal.

Algo Harry notou sobre seu grupo de amigos, que agora também incluía Fleur, era que ele era uma literal vela ambulante. Eles haviam combinado naquele sabado de ir a Hogsmead, supostamente todos juntos, mas foi um Quatro-é-Par com o Potter junto e sua cara bastante emburrada. Neville e Fleur não se desgrudavam, mas pelo que dizem não tem nada, enquanto Ginny e Luna são tão melosas que dão enjôo em Harry.

No momento, todos estavam no três vassouras bebendo Cerveja Amanteigada, quando Fleur soltou uma pérola que fez Harry rir bastante.

– Neville, você é gay? – Ela perguntou bastante serena e Neville se engasgou com a bebida.

– Não?

– É que você não se encanta com o charme veela nem se atrai pelos feromônios. Até o Harry antes de sua herança ser ativada se encantava. – Ela comenta, levando em consideração da bissexualidade do Harry. Era notório agora que Fleur havia melhorado muito seu inglês.

– Eu também não sei como isso funciona, não tenho herança de criatura. – Ele dá de ombros.

– Interessante.

Depois disso todos começaram uma conversa sobre a segunda tarefa, que seria na semana seguinte. Harry especulava que alguém ia ser posto dentro do Lago Negro para que os outros procurassem enquanto Fleur imaginava que seria um objeto. De repente, a conversa foi interrompida por Rony e Hermione.

– Olá, Harry, eu voltei pra escola. Sentiu minha falta, não é? – Rony disse com um sorriso estranho e a face de Harry se endureceu.

– Você acha que eu sentiria falta de alguém que tentou fazer coisas tão terríveis comigo?!

– Eu sou seu melhor amigo companheiro, foi um acidente.

– Acidente?! É melhor você sair daqui antes que eu arranque sua cabeça fora! – Harry levantou agressivamente. Rony ia responder, mas se assustou com os olhos que de repente brilharam em vermelho. Ele apenas olhou Harry de cima a baixo e puxou Hermione para fora.

– Seu covarde, devia acabar com ele! – Ela dizia.

– Cale a boca, depois lhe explico.

Harry se sentou e o clima ficou pesado, ele olhou para o entorno e decidiu que queria caminhar um pouco.

– Eu vou sair, volto já.

– Espera, onde você- – Ginny não completou a frase antes de Harry desaparecer – Odeio quando ele faz isso.

Na semana seguinte, um dia antes da segunda tarefa, Neville desapareceu. Fleur disse que seus pais também estavam procurando desesperadamente pela irmã da mesma pela escola, mas ninguém a encontrava.

E no dia seguinte, foi explicado que tinham pego algo de valor e teriam que pular no lago para buscar. Fleur automaticamente entendeu que teria que buscar a irmã e notou que a intuição de Harry não falhou.

O professor Moody se aproximou de Harry e discretamente pôs algo em sua mão.

– Quando apitarem, coma isso. – Ele disse, sorrindo e logo em seguida saindo.

Quando o apito soou e rapidamente Harry engoliu a planta e pulou na água logo em seguida. Brânquias se instalaram em seu pescoço e seus pés se tornaram barbatanas.

Ele começou a nadar, procurando por Neville, acabou por encontrá-lo amarrado.

Depois de solta-lo, Harry viu Gabrielle,  irmã de Fleur, presa ali. Ele notou os outros dois campeões chegando, mas nada da Delacourt, então ele soltou a loira.

Um sereiano se aproximou e agarrou a barbatana de Harry. Ele estava começando a ficar sem tempo. O ser avisou que ele só poderia levar um, então Harry fez algo que apenas ele sabia fazer.

Ele desapareceu.

Em choque, o Sereiano soltou a perna de Harry, que saiu nadando e só voltou a aparecer quando já estava na superfície, com Neville e Gabrielle.

Ao chegarem na costa, Fleur encheu os rostos de Neville e Harry com beijos de agradecimento, Potter admitia que ficou um pouco zonzo por causa dos feromônios, mesmo que surtissem pouquíssimo efeito, mas Neville não se afetou.

Então foram anunciados os pontos. Harry estava na frente, Cedric em segundo, Viktor em terceiro e Fleur por último. Eles sinceramente não se importavam mais, afinal, o que importava agora era sobreviver.

Mais dias se passaram e, enquanto andavam no campo de quadribol com Ludo Bagman, Harry e Fleur descobriram que a próxima prova era o labirinto.

Enquanto isso, na mansão Riddle, Voldemort tentava entender o que estava acontecendo.

Ele estava repleto de desejos alimentares estranhos, enjôos frequentes e estava começando a achar que havia ganhado peso. Barty dizia que ele lembrava a sua tia, Walburga, quando estava grávida de Regulus.

Seu humor também estava engraçado. O tempo inteiro ele mandava Barty deixá-lo (Crouch não tinha escolha, só podia deixar) deitar em seu ombro e de repente, começava a xinga-lo como se fosse a maior peste do mundo. Ele se sentia extremamente carente quando estava só, evitando como a morte tocar em rabicho.

Aquele era um dos dias que ele queria um abraço. Barty estava de Moody, então teria que abraçar um travesseiro enquanto assitia (julguem) uma telenovela latino-americana, "Malhação", e tomava sorvete.

Ele não admitiria que gostava de deitar no ombro de Barty.

A Fúria Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora