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Capítulo 13

  – Não! – disse Harry se jogando indignado contra o colchão de seu quarto – eu fico horrível de calças Draco, eu preciso de uma saia!

– Harry, querido, uma coisa é você, ser desprovido de senso, engravidar o filho ÚNICO de toda a família Malfoy, mas, como você é um ser que nos trará honra, será perdoado, agora outra é envergonhar a família por usar saia num ambiente que NÃO É PRA USAR SAIA! E outra, você vive usando calça – diz Draco impaciente.

– Mas eu estou fazendo birra, me deixa!

– Eu não vou mais discutir, vai nos atrasar se demorar mais e fique sabendo que meu avô não tolera atrasos.

Harry desiste de sua chatice habitual e acaba vestindo o terno. Draco o olha admirado, como um rapaz desse poderia ser tão bonito!? Os cabelos ruivos de Potter foram fixados com gel para trás de uma forma que valorizava seu rosto, seus cílios estavam levemente molhados, sua barba rala estava começando a aparecer e seus lábios rosados o davam um ar mais fofo. Malfoy desviou o olhar.

– Vamos? – Chamou Harry, pegando a túnica.

– Certo – Draco levantou e a dupla foi para a comunal da Grifinória.

Draco também não estava nada mal. O terno lhe caía muito bem, lhe deixando com um ar mais maduro, sua túnica fazia-o parecer menos magro e ele usava um gloss (isso era segredo) de morango pra dar uma cor rosada aos lábios.

Os olhares na sala se voltaram para a dupla. Tanto homens quanto mulheres estavam babando, aquele era realmente Harry Potter? O herói esquisitão que usa saias? E saindo com Draco Malfoy do quarto, ambos extremamente arrumados?

Harry suavemente se despediu de seus amigos e seguiu Draco para fora da sala. Eles foram caminhando até o escritório do diretor em silêncio. Ao chegarem, Dumbledore abriu a porta e os recebeu até bem, logo em seguida lhes proporcionou uma chave de portal que daria acesso a Mansão Malfoy. Era uma corda.

– Segurem com as duas mãos... Isso, a palavra chave é "Doninha" – Diz Dumbledore e Draco faz uma careta – Tenham uma boa noite, rapazes.

– Boa noite professor – Draco desejou e segurou com mais força a chave de portal – Pronto, Harry?

– Claro, quando quiser.

– Doninha.

Um puxão forte os fez começar a rodar e Harry se sentiu tonto, logo, ambos soltaram a corda, atingindo o chão com certa força.

Depois de levantarem, Draco e Harry encararam as grandes portas da Mansão com certo medo. Malfoy virou Potter e começou a arrumar sua gravata, que estava torta pela viagem, enquanto o mesmo tentava arrumar mais seus cabelos, deixando ainda sua cicatriz exposta. Nenhum dos dois notou quando Narcisa Malfoy abriu as portas.

– Ham Ham – ela chamou com uma tosse e um sorriso ladino – boa noite.

– Oh! Mãe! – Draco dá um pulinho e cora, mas logo se recompõe e se aproxima da mãe, beijando a mão da mesma – como vai?

– Vou bem meu filho, mas como vai o... – ela disse incerta, não sabia se Harry estava ciente de que seria pai. Ah, se Narcisa Malfoy soubesse que Harry já era pai...

– Ele sabe, não se preocupe – Draco disse – ela vai bem.

– E o que te faz crer que é menina? – Harry pergunta, se intrometendo pela primeira vez e se aproximando de Narcisa – Boa noite Sra. Malfoy, eu sou Harry Potter, estou encantado em conhecê-la – se curvou e beijou a mão da mulher, que sorriu com o gesto galã de seu provável futuro genro.

A Fúria Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora