— Vamos, acorde está ficando tarde é seu primeiro dia no último ano e se seu tio te pegar ainda dormindo sobrará para mim e para você! — Minha tia, Amélia me acorda aos berros como se isso dependesse da sua vida, queria muito que isso tivesse sido metaforicamente mas não é.— Amélia, se acalme já estou de pé! — digo me levantando meio desnorteada indo ao meu banheiro e fazendo minhas necessidades e coloco uma regata preta com uma calça jeans e um All Star branco de cano alto, desço as escadas apressada.
— Anda pro carro, eu já estou indo. — ordena meu tio, o velho pançudo com cara de um bulldog inglês sentado no sofá com uma xícara em uma mão e um jornal na outra
— Ryan, eu ainda não comi! — E era como se entrasse em um ouvido e saísse em outro ele simplesmente ignora.
— Eu não me importo, ande logo ou vai a pé para a escola.— meu sangue ferve toda vez que esse cara dirigi a palavra a mim mas sempre tenho que me acalmar, aliás, vivo a suas custas, ele me cria.
Bufando vou para o exterior da casa e entro no carro, às vezes paro para pensar, se minha mãe não tivesse morrido e meu pai me abandonado para viver entulhado na maconha talvez eu tivesse uma vida mais feliz e uma mente menos ferrada.
Um tempo depois ele entra no carro com seu terno, fazendo-o parecer alguém importante, mal sabem que ele é um preguiçoso de merda! Depois de me deixar na escola ele praticamente me expulsa do carro, adentrando no prédio sou recebida com um forte abraço.
— Cabelo de cenoura, eu estava morrendo de saudade, eu vou matar seu tio por fazer você ficar em cárcere! — Nora, minha melhor amiga me abraça até eu implorar para que ela pare.
— Qual é, nem foi tanto tempo assim — resmungo arrumando minha roupa.
— Foram três longos meses aturando Nora, sem você para me ajudar. — foi a vez do Joseph falar e me abraçar fazendo com que a asiática desse um leve soco em seu braço.
— Eu sei que vocês não vivem sem a minha presença. — jogo meus cabelos para trás com uma cara de deboche fazendo nós três caímos na gargalhada e era apenas isso que me fazia feliz, passar um tempo com meus melhores amigos, meus aliados, meu irmãos, eles são meu lar não a grande casa do Ryan sem amor ou qualquer tipo de boa emoção.
A manhã foi se passando como um raio e finalmente deu o horário do intervalo, eu estava morta de fome, Amélia havia enfiado na minha cabeça que eu estava gorda e que ninguém iria gostar de mim se eu não fosse magra e então foi isso. Um, dois, três, quatro, cinco dias me alimentando apenas de água quando eu decidi comer aquele filho da puta me atrapalhou.
Pego um sanduíche que estava na minha bandeja e enfio na boca, a fome me consome, como tudo que estava ali em fração de minutos e logo olho para meus amigos que estavam me observando.
— Você ficou de novo sem comer? — A morena questiona já sabendo a resposta e Joseph pega o livro em sua mão e me dá uma leve livrada e eu resmungo.
—Joe! Não precisam se preocupar n-não foi como na última vez, foi apenas ontem o dia foi corrido eu apenas esqueci. — Me reviro a vez que fiquei uma semana sem me alimentar e do nada meu tom de voz de repente ficou mais baixo que o normal.
— Hope, ninguém se esquece de comer, uma hora a fome bate e você é péssima mentindo para nós. — Joe sempre tem razão, eu só péssima mentido, ainda mais quando Nora me encara com olhar de morte.
— Tá bom, eu prometo de dedinho para vocês que irei comer pelo menos três vezes ao dia.— mentira, uma completa mentira.
—Agora vamos quero ver o seu treino minha líder de torcida favorita.Os três mosqueteiros, era como nossa professora do jardim de infância nos chamava e assim que nós somos, os três mosqueteiros estão agora indo em direção ao ginásio, Nora foi até as outras animadoras e Joe e eu ficamos conversando sobre a suas peguetes de verão, quando uma bola vem em minha direção e bate em meu rosto, o impacto faz minha cabeça ir para trás e logo sinto minha face arder.
— Laurent, por que não tirou sua cabeça do caminho? — uma homem alto com a voz familiar, sendo bem específica Ben, para em minha frente com uma feição séria mas todos sabemos que por dentro ele está rindo horrores.
— Não consegue parar de ser babaca uma vez na vida, Benjamin? — me exalto um pouco e ele pôs a mão no peito como se tivesse sido atingido por um tiro.
— Calma anjo, não seja tão rude comigo, eu tenho um coração sensível. — faz uma cara de bebê chorão, o mesmo ódio que eu sentia por Ryan eu sentia por Ben ou até mais. Eu juro que eu ia para cima dele quando Joe segurou meu braço e sussurrou para eu parar.
— Apenas volte para seu treino estupido, bem, igual a você não? — Me viro para ir embora, eu podia estar de costas mas eu podia vê o sorriso cínico de sempre em seu rosto.
— Volte sempre água de salsinha! — ele gritou para todos ouvirem e bem conseguiu, eu podia ouvir cochichos e risadinhas por todo o lado.
Eu o odiava, eu o odiava desde que ele pintou minha cara com tinta durante o acampamento da escola na quinta série, mas é claro que eu não deixei barato, eu o tranquei em seu quarto com uma pequena cobra em minha defesa ela era inofensiva. Bom, foi assim que acabamos com os acampamentos da escola, mas agora eu estou pronta para acabar com a vida de Benjamin D'Angelo o italiano metido.
Notas da autora:
Oi gente, essa é minha primeira fanfic então me desculpem se tiver muitos erros. Comentem e curtam, isso ajuda a saber se estão gostando, um beijo amores até.😘
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Inefável
Hayran KurguAlmas perdidas, palavras que claramente definem Hope e Ben, solitário e amargurados com suas vidas medíocres. Benjamin D'Angelo capitão do time de futebol de Harmonwood, bom, por enquanto, já que sua notas em químicas estão no chão, fazendo com que...