O problema enigmático

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Antes do intervalo acabar, Charlotte havia me chamado para conversar, eu e ela estamos agora no banheiro feminino.
Eu e uma garota... Sozinhos... Num banheiro feminino!!! Isso é estranho e pode dar margem a muitos tipos variados de mal entendido. O que eu faço?
- Vamos direto ao ponto, chamei você aqui para fazer uma pergunta, que determinará se você já está pronto para essa história...
Do que essa garota está falando?
- Poderia ser mais específica?
- O que você sente por mim?
Mas o quê?!!! Não tão específica!!!
- Co... Como assim? Que tipo de pergunta é essa?!
- Quer o saber se você sente algo por mim!
Essa garota é maluca? Nós mal nos conhecemos... Mas é estranho, sinto algo diferente perto dela... Um sentimento estranho que nunca tive, apesar desse sentimento soar como um dejavu... Sinto que já o senti antes...
- Eu não sei te responder. Mas eu tenho uma pergunta pra você, nós já nos conhecemos?
Ela me olhou com um olhar de tristeza e com olhos quase lacrimejando.

- Me... Me desculpa, eu te fiz chorar! Me desculpa mesmo, será que falei algo errado?
- Eu sabia... Não devia tentar apressar as coisas! Esquece que tivemos essa conversa...
- Isso vai ser bem complicado de esquecer... – Dei uma risadinha desconfortável.
Ela se virou de frente para a porta do banheiro e de costas para mim – Adeus!!!
Ela saiu e fechou a porta, eu fiquei paralisado tentando entender o que tinha acabado de acontecer...
Por que ela faria uma pergunta estranha como aquela do nada? E que história é essa que ela mencionou? E por que tem tantas brechas nas minhas memórias, eu não sou capaz de me lembrar de nada sobre o meu passado? Só consigo me lembrar de uma garota de 6 anos aproximadamente, acho que eu também tinha essa idade na época, mas não consigo ver seu rosto em minhas lembranças, lembro que ela sempre me dizia com aquela voz doce e gentil, segurando a minha pequena e frágil mão...
“- Nunca pare de sorrir, quando você se sentir triste e com medo, é nessas horas que você deve sorrir mais que  qualquer outro...”
Enquanto eu viajava nos meus pensamentos eu ouvi a porta abrir. Entraram duas garotas da classe B, uma classe depois da minha.
Eu havia esquecido que este era o banheiro feminino.
Elas gritaram e...
- Seu tarado!!!
- Vamos chamar alguém pra nós ajudar!!! Tem um tarado aqui!!!
Então começaram a me dar socos e chutes, eu estava apanhando tanto que nem percebi quem eram as garotas que estavam me espancando.
- Calma! Foi um mal entendido... Eu juro!
Eu me transformei em um rato pequeno e fugi imediatamente
Quando eu consegui chegar no campo... Já estava acontecendo a batalha...
Chittara X Carlla
Chittara é um ser híbrido com ataques rápidos e precisos, sua flexibilidade também possibilita que ela ataque e defenda com mais agilidade. Porém sua adversária é uma meio demônio, que tem uma magia surreal, o que dá a ela muita vantagem, porém ela não parece ser muito habilidosa em combate corpo a corpo, e não sabemos se a Chittara tem alguma magia que não nos foi revelada ainda. Por isso será uma batalha bem emocionante...
Chittara estava parada esperando um movimento que fosse de sua adversária, pois um único passo errado poderia garantir sua vitória, suas habilidades de combate são muito boas, mas se ela se mover errado também, poderia ser seu fim, já que a magia de Carlla pode atingi-la em cheio. Então ambas permaneciam em posição de defesa.
- Se não vai atacar, eu vou!
Carlla deu um passo a frente e usou uma magia demoníaca amedrontadora, ela apontou para a cabeça de Chittara com o seu dedo indicador. Chittara caiu é começou a se contorcer de dor.
Mas Chittara levanta e salta frente ao sol, só era possível ver sua silhueta. Ela arranha as costas de Carlla e quebra seu dedo.
- Magia animal! Transformação...
Nascem asas nela e dentes super afiados.
Ela morde o pescoço da oponente, mas ao invés de sangrar o pescoço de Carlla, começa a sair um gás roxo de seu pescoço
Essa é a habilidade demoníaca conhecida como sangue da morte, é uma magia que pode transformar seu sangue em gás venenoso, esse gás também serve para fortificar e regenerar os demônios. É um golpe de ataque e defesa perfeito.
- Dorme logo sua cadela vira-lata, essa dose que você inalou só vai adormecê-la.
Chittara continua de pé. Ela agora está mais forte, seus olhos começam a brilhar num néon roxo... Ela ativa sua magia secreta.
Essa magia é a defesa mais perigosa existente, tanto para o inimigo quanto para o usuário. Ela está num estado de transe, onde está e não está consciente ao mesmo tempo. Ela fica mais veloz e forte. Mas por esse motivo ela é incapaz de sentir dor, medo ou pena. Assim ela pode acabar matando seu inimigo sem pensar nas consequências, e se ferir mortalmente por não ser capaz de pensar nesse estado.
- Alguém pare a luta!!! Ela vai morrer!!! – Gritei desesperado.
Não sei por que, mas não quero ver ninguém morrer.
- Não irei parar até que a luta acabe.
- Como pode dizer isso? Você é nosso professor seu velho babaca!
Ele apenas me ignorou.
Chittara vai para cima de Carlla que permanece imóvel. Sempre Que Chittara se aproximava dela, ela simplesmente erguia uma barreira ao seu redor
Ela parecia saber o que estava fazendo, ela apresentava uma aparência calma apesar da situação.
O que ela estaria planejando?
Carlla move seu pé direito um pouco para a esquerda e cria com magia demoníaca uma katana.
- Corte sombrio! – Ela faz um corte no ar na direção de Chittara. Chittara desvia do corte mortal que receberia se virando para a esquerda e seguindo em frente. Carlla baixa a barreira e dá um soco no rosto de Chittara.
Chittara acorda
- O que houve?
- Você perdeu o controle. Mas não se preocupe... Eu desisto da luta!
Todos ficaram extremamente surpresos com a desistência repentina de Carlla.
- O quê? Você não pode!
- Se eu lutar a sério você morre, e eu não consigo controlar minha força.
- Eu não quero ganhar dessa forma!
Carlla e Chittara voltam para sentar
O professor se prepara para anunciar.
- Chittara venceu! E a próxima batalha será...

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