Acampamento de teste

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Cada um dos alunos da classe ganhou uma pontua que secreta com base nas análises das lutas. Ela seria somada a outros testes idiotas e depois seria somada e apresentada aos alunos. Eu acho isso um saco.
Houve bastante repercussão e estávamos entusiasmados com tudo isso. As pessoas que estavam na enfermaria já haviam se recuperado. Apesar de tudo isso, ainda tinham pessoas que saíram chateadas. Mas isso não é muito importante, já que nada disso me afeta. Asis restaurou a perna de Dante, mas ainda parecia odiar o lobo. E sinceramente não quero ficar muito perto dele, ele fede a cachorro molhado.
Nos poucos dias que passaram, tudo estava estranhamente igual. Pelo menos pra mim. Eu continuava sem amizades e achando tudo isso um saco. Além de quê a minha única companhia era um anão irritante e tagarela.
O professor nos avisou sobre um acampamento de teste com intuito de fazer bom uso de nossas habilidades e nos ajudar a ter uma boa interação com os demais, fora os testes disfarçados de gincana que terão.
Estávamos todos com o uniforme escolar de acampamento, era uma camiseta regata verde escuro sem estampa com o símbolo da escola centralizado na parte traseira da camiseta, e uma bermuda branca, que inclusive eu achei uma péssima idéia já que nós mesmos lavamos a roupa e roupa branca no meio do mato vai dar merda.
Os dormitórios de lá eram cabanas para 3 pessoas, e eram separados por números, tipo celas de cadeia, só que na cadeia não tem tantos insetos e pessoas irritantes... Sinceramente eu acho isso um saco.
Eu acabei ficando no dormitório 4, eu fiquei com o Jonathan de novo, eu realmente não suporto gente baixinha com muita energia, eles me dão nos nervos. Mas para aliviar a minha ira, a Charlotte também está no grupo...
Todos os alunos se reuniram e passaram o dia fazendo suas fogueiras e enfeitando os lugares, outros estavam treinando e brigando entre si.
A noite então caiu. Montamos a nossa cabana e preparamos as camas lá dentro, tinha espaço suficiente pra 3 pessoas, mas nós tínhamos que ficar sentados. Não tem espaço suficiente pra ficarmos de pé, e eu... bem... Minha cabeça ficava contra o teto já que ela cabe aproximadamente pessoas com 1.80 de altura, e eu tenho 1.86. Eu odeio ser alto. Entramos na cabana com um pouco de tensão, a Charlotte estava um pouco envergonhada depois de eu ter dito que a amava na frente de todo mundo, e por isso ela evitava fazer contato visual comigo. Todos nós estávamos sentados, o anão estava jogando um jogo estranho num minigame portátil, a Charlotte estava lendo um livro, e eu estava... Bem... É meio embaraçoso mas eu estava olhando fixamente pra ela porque não conseguia parar de admirar a beleza dela!!! Pronto, falei. O anão de jardim se virou pra mim.
- Ei cara, vocês trouxeram comida?
- Eles não vão trazer comida pra nós não? – Perguntei confuso.
- Nós temos que preparar nossa própria comida. Afinal é um acampamento, o que você esperava?
- Eu odeio acampamentos a partir de agora, que saco.
Charlotte fechou seu livro, olhou para o anão de jardim. – Será que você pode ir caçar alguma coisa pra a gente, eu também esqueci de trazer algo e eu estou um pouco cansada depois que lutei contra um dragão hoje de manhã.
- Você o quê?! – Eu e o Jonathan gritamos em uníssono.
- O que tem de mais nisso?
- Você matou um dragão! Eles são super fortes. E por que você matou um dragão? – Perguntei.
- Só queria testar minha força.
- O que exatamente você é? Tá virando o Itachi mulher?
- Bem, vocês não me deixam escolha. Vou mostrar pra vocês minhas habilidades de caça e vou preparar uma ótima refeição pra todos nós!
- Obrigada Jonathan.
Ele se levantou e foi embora todo sorridente.
- Você trouxe comida não é mesmo? – Perguntei – Você não esqueceria algo tão importante assim!
- É, eu de fato trouxe.
- Então por quê mandou ele ir?
- Porque eu queria discutir algo com você, sozinhos. - Na hora em que ela disse isso começou a chover. – você claramente ainda não se lembra não é. Então por que...?
- Do que você está falando?
- Por quê disse que me ama? – Ela estava toda vermelha e incrívelmente fofa.
Eu fiquei sem saber o que dizer, porque ela estava falando isso pra mim agora? Ela estava tão fofa, o clima frio me deixou mais tenso, eu podia sentir que eu também estava corando, e ao som da chuva batendo sob a lona a cima de nossas cabeças, eu apenas falei o que eu sentia.
- Eu não me lembro de nada do meu passado, mas por algum motivo, eu sei, sinto de todo o meu coração murcho, pequeno e podre, que eu de fato te amo.
Ela ficou mais vermelha ainda, pensei que ela iria explodir, mas sua expressão ficou mais aliviada e ela deu um pequeno sorriso de canto.
- Eu quero que se lembre do nosso passado!
- Então me faça lembrar.
Eu me aproximei dela, ela fechou os olhos, nossos lábios estavam tão próximos. Eu podia sentir a sua respiração, o seu calor. Nós nos beijamos. E foi naquela hora eu tive mais certeza do que nunca, eu posso não me lembrar do meu passado, mas o meu coração vampiro, que eu achei ser seco e não guardar sentimentos, acabava de acelerar. Eu realmente a amo, eu sei que no passado ela me libertou de toda a minha dor, meu sofrimento e melancolia. Eu quero me lembrar... Me lembrar ao seu lado, do que nós vivemos.
- Charlotte, eu realmente, do fundo da minha alma miserável, eu te amo!
- Eu... Eu também te...
Antes que ela pudesse concluir a frase o anão entrou na cabana e acabou com o clima!
- Nossa! Que chuva, só pude pegar dois coelhos, vou acender a fogueira de novo quando a chuva passar! – Ele disse totalmente encharcado. Ele nos viu abraçados. – Será que que eu interrompi algo?
- Eu te odeio seu anão de merda!!!

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