O fantasma

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- Acorda, acorda...
Eu conheço essa voz irritante... Mas não consigo me lembr...
- ACORDA!!!
- Aaaaaaaaaaah!
Era o Jonathan.
- Seu anão de merda! Como ousa me acordar? – Olhei no relógio de parede que ficava acima da porta do quarto. Não havia passado nem uma hora sequer desse que peguei no sono – Ainda é meia noite!!!
- Não consigo dormir...
- E o que eu tenho a ver com isso?
- Sinto que estão nos observando...
- Na verdade eu estou observando o Pietro, afinal... Ele será meu adversário, quero que esteja em boas condições para a luta amanhã! – Johnny saltou assustado.
- De onde veio essa voz? Quem está aqui? – Johnny estava tremendo de medo.
Um garoto surgiu na nossa frente. Ele usava uma camisa branca e uma bermuda jeans preta. Seu cabelo era cinza claro, quase branco, e sua pele era pálida e quase transparente. Era até mesmo possível ver o que havia atrás dele. Seus olhos eram verdes. Ele parecia ser um garoto bem sério... Ele não era nem um pouco bonito, mas também não era tão feio assim. Esse garoto era Asta, o fantasma.
Eu estava sério e calmo, diferente de Jonathan, que estava morrendo de medo.
- Não fale besteiras, meu adversário vai ser o velhote... Você não se meta!
- Amanhã eu pedirei para o professor para enfrenta-lo amanhã em seu lugar. Você parece ser interessante, e se lutasse contra o professor Oto... com certeza morreria.
- E-ei vocês... P-parem de... De... De bri-bri-g...
- Cala a boca seu medroso! – Gritamos ao Jonathan em uníssono
- Ce-certo...
Eu virei para o fantasma.
- Certo, seja como for... Eu não pretendo perder!
- Digo o mesmo. – Ele caminhou até a parede e atravessou seu braço nela – Até... – Ele atravessou o resto do corpo sumiu.
- Que medo!!! Me ajuda amigo!!!
- Para de ser medroso! – Dei um sorriso de leve.
- Por que esse sorriso?
- Só estou feliz por ter um amigo. Mesmo que medroso como você... – Sussurrei
- O que disse? Não consegui ouvir!
- Nada... Esquece. Agora me deixa dormir seu anão de jardim!
- Desculpa, boa noite! – Ele se deitou e virou-se de costas para mim.
Pela primeira vez eu fui chamado de amigo... Apesar de isso me soar nostálgico.
- Boa noite tampinha.

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