Worlds War

conhecendo o amor de perto.

Cheguei na igreja com 4 anos. Conheci o Asta, ele era um garoto que gritava muito e não tinha amigos. Eu logo fiz amizade com todas as crianças e era bem cuidada pelas freiras, mas Asta continuava evitando as outras crianças...
Ele deve ter tido um passado muito doloroso. Um dia eu o salvei de uns cachorros e ele passou a me seguir como forma de “gratidão,” mas isso era o que ele falava. Ele só andava comigo porque era medroso e eu o protegia.
Uns dias depois eu adotei um cachorrinho escondida das freiras e das outras crianças, eu o nomeei Bob, quando Asta descobriu, ficou com muito medo é quase contava pra todos sobre o Bob...
Depois de um tempo chegou na igreja uma criança fofa e que logo fez amizade com o Asta e com os demais, porém ela passava mais tempo com o Asta. Eu passava muito tempo com eles dois, eles eram meus amigos de verdade, sabiam sobre o meu passado, e ainda assim não me julgavam. Esse foi meu primeiro contato com o amor. Meus amigos e meu cachorrinho. Um dia July abriu a porta do quarto acidentalmente e Bob fugiu, só o encontrei 2 dias depois morto em baixo de um carro no meio da estrada. Eu chorei muito quando vi aquilo. Outro dia quando eu estava colhendo frutas escondida fora da igreja, encontrei em um poço velho um garoto da minha idade, ele parecia estar chorando e não sabia que já haviam se passado 2 anos que ele estava no poço, o garoto já tinha perdido a noção do tempo.
Seu nome era Pietro Gran Blood de Akuma Sakutobi... Nome grande né?
O garoto estava à dois anos sem água ou comida, e estava com apenas alguns ferimentos. Com certeza ele não é humano. Porém fingi que não havia percebido.
Percebi que ele estava assustado, perdido, e possivelmente tenha visto coisas terríveis. Nesse momento me lembrei das palavras de minha mãe...
Quando eu tinha 3 anos, descobri que minha mãe tinha uma doença grave e não tinha nenhuma chance dela sobreviver. Eu estava chorando e soluçando. Foi então que minha mãe me disse as mesmas palavras que eu disse ao garoto.
- Por quê você está chorando? – Eu estendo a mão pra o ajudar a sair - Nunca pare de sorrir, quando você se sentir triste e com medo, é nessas horas que você deve sorrir mais que  qualquer outro...
Com o passar do tempo fomos nos aproximando, ele se chamava Pietro. Ele era meio introvertido, e só ficava mais a vontade quando está a sós comigo.
Eu acho que foi nessa época que eu comecei a me apaixonar por ele.
July apesar de ser pequena era muito esperta, e logo notou que eu gostava dele.
Um dia ela me chamou em particular no quarto dela, e trancou a porta, ninguém podia nos ouvir...
- Você tem que se confessar!
Como ela é direta!!!
Encarei July, senti meu rosto ficar quente.
- C-como a-assim eu... Me confessar...? Não sei do que você está falando...
- Você tá corada.
Eu me sentia encurralada.
- Tá, mas... O que eu faço? Eu não sei se ele sente o mesmo?
- Já pensou em perguntar indiretamente pra ele?
- Como assim?
- Pergunta algo do tipo: “O que você acha de mim?”
- O quê??? Ele vai descobrir na hora!!! Não posso fazer isso!!!
- Garotos são lerdos, ainda mais o Pietro... duvido que ele entenda. Mas você que sabe...
3 dias se passaram e numa partida de esconde –  esconde, enquanto ele segurava minha mão, eu tomei coragem e perguntei...
- O quê você acha de mim?
Ele se assustou e bateu a cabeça na mesa na qual estávamos embaixo para nós escondermos. Mas mesmo assim, ele não soltou a minha mão.
- Ai ai... Eu acho que... Eu te amo...
Por essa eu não esperava! Eu tava preparada pra uma resposta mais como: “uma grande amiga” ou “Por quê a pergunta?” mas nunca imaginei uma resposta como essa!!!
Saltei assustada... não, a palavra certa seria: surpresa. E bati a cabeça.
-A...
Antes que meu grito saísse, ele me falou com um beijo...
Eu fiquei totalmente envergonhada e surpresa. Então depois que perdemos o jogo, apenas passei a ignora-lo. Eu ficava sem jeito quando ele estava por perto.
Se passaram alguns dias... Semanas talvez.
Então numa noite calma e serena...