Aleksandra.
Eu estou fazendo isso.
Estou finalmente indo embora desse lugar.
Apesar da maneira mais estranha, não consigo segurar o alívio de que não vou mais ter que ver casa pessoa que vive nesse orfanato, conviver e tolerar.
Eu não sei para onde estou indo, não sei que perguntas fazer, o pensar, mas uma coisa é certa, é meu bilhete de loteria para pelo menos sair desse fim de mundo.
Eu não confio no padre Damon, de maneira nenhuma, mas eu sinto que ele não mentiu para mim, e tenho a sensação de que ele ainda não sabe quem escreveu aquela carta absurda falando abobrinha, ao meu ver.
Ou seja, ele tem que descobrir, assim como eu, então até lá, estamos no mesmo barco.
Pego uma mochila cinza desgastada pelo tempo e coloco as únicas coisas que eu possuo:duas blusas e um sobretudo.
Abandono as faixas para os meus peitos, porque sinceramente, eu as odiava.
Me sentindo melhor, pego a mochila e caminho até o pequeno armário que já foi meu ninho de refúgio.
Abro a porta e pego meu coelho caolho, ele um dia foi rosa, mas agora é apenas uma cor marrom triste, mas apesar disso e de seu olho bolita faltando, eu o coloco na mochila.
Me afastando do armário dou uma última olhada
no único lugar que me senti segura e tive meus poucos e únicos momentos felizes com Rosalie.Uma onde de emoção ameaça me fazer chorar, mas eu engulo.
Dou uma última olhada no armário e apago a sua luz, fechando a porta.
Desço as escadas até o hall, onde o padre Damon está me esperando junto com as irmãs, as meninas e claro, a madre.
Ajeito as alças da mochila nos meus ombros e mal poupo um olhar em qualquer uma delas quando me dirijo para a porta.
Vejo um carro muito bonito, grande e longo na cor preta, parado na frente da entrada principal.
Olho para o padre Damon que apenas sinaliza para eu avançar.Eu travo.
Olho para trás e vejo a inveja estampado no rosto de Jenna e suas malvadinhas e uma sensação de triunfo me toma, mas é melhorada quando vejo a cara amarga da madre.
Se contorcendo no lugar como se estivesse com dor.
Dou um sorriso brilhante para todos e saio para a rua, desço os degraus e percebo que parou de chover, está agora um clima agradável, apesar de já se quase tarde.
O padre Damon acena para a madre e as irmãos e abre a porta do carro para mim.
Eu me movo para entrar, mas parou novamente para olha para trás, sentindo cada olhar malicioso em mim.
-Vão se foder vadias!-Eu grito e entro dentro
do carro.O padre Damon da uma risadinha e fecha a porta, eu sabia que ele não me repreenderia, ele é tudo, menos um padre, eu aposto tudo que tenho nisso.
Olho finalmente para o exterior do carro
grande quando começamos a andar para fora dos portões, abro o vidro e deixo a brisa entrar, livre.Eu sempre amei a sensação de sair desses portões, por isso amava tanto e prezava pelos passeios à igreja do padre Damon.
-Acho que já deve parar de me referir a você como padre, certo?-Eu vagueio, me virando para o homem que está no banco oposto de mim.
-Você está certa, querida Aleksandra.-Um pensamento imediato me veio a mente.
-O que há com esse querida, hum?Não sou nada sua ou próxima o suficiente para esse termo.-Eu cruzo os braços e Damon sorri.
-De onde eu venho, é como nos dirigimos a pessoas que temos um carinho, apego ou instinto de proteção.
-E o último seria seu instinto?
-Meu dever, ao que parece.-Entendi, ele está preso a mim pela obrigação, que ótimo.
Se tudo der errado, como vou fugir quando tenho alguém de olho em mim?
Eu tenho que preparar um plano urgentemente.
-Posso ouvir o som de seus pensamentos daqui, Aleksandra.-Eu viro o meu olhar novamente para ele.
-Seu nome realmente é Damon?-A primeira coisa que me veio a mente para disfarçar o verdadeiro rumo dos meus pensamentos.
-Sim.
-Que tipo de carro é esse?-Uma dúvida que eu realmente queria saber, eu gosto do cheiro disso.
-Uma limousine.-Eu franzo a testa e Damon mantém sua mesma postura, calmo e indiferente.
-Você é rico?Eu imagino que um carro desses não deve ser barato, apesar de eu não ter muita noção de dinheiro.
-Minha família é, e eu imagino que você nunca teve dinheiro em suas mãos, estou certo?-Eu aceno.
-Onde está sua família?
-Na Itália.-Uou.
-Na Europa?Você gosta de lá?Eu nunca ouvi muito sobre, mas ouvi uma senhora no culto que eles tem uma das melhores culinárias.-Damon sorriu, e acenou.
-É verdade, eu fiquei muitas vezes lá, e talvez um dia você tenha a oportunidade de conhecer.-Eu bufo.
-Com que dinheiro?Sou orfã e tenho a consciência de que eu nunca teria condições de sair desse país, você sabe.
-Aleksandra, você deveria pensar mais
positivo, nunca se sabe as aventuras e oportunidades que podem encontrar no seu caminho.-Eu passo!-Damon apenas me olha antes de pegar um livro dentro de uma bolsa que não o vi carregando antes.
Caímos em um silêncio confortável.Vejo a paisagem passar cantarolando na minha cabeça, a paz se misturando com a brisa e a sensação de liberdade.
Até que algo atrapalha meus pensamentos.
-Onde é essa tal escola na qual vou ter que ficar?-Damon levanta seu olhar do livro e parece pensar no que dizer.
-Romênia.
Puta.Merda.
-Na Europa, é sério que estamos indo para Europa?-Eu quase grito de animação e Damon apenas concorda sorrindo.
Bem, talvez na Europa seja mais fácil escapar, se essa tal escola for como um internato 2.0, eu com certeza tenho que ter um plano B.
Europa, okay, eu posso lidar com isso.
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Demon's Elite:Blood Moon
VampireAlex Birdwhistle não se lembra de como ou quando chegou no Ofanato Divine Devotion, sua única lembrança é dos monstros que a perseguem durante a noite e as boas meninas durante o dia. Para ela, viver no Orfanto exclusivo para meninas é uma verdadeir...