Ava encarava o seu reflexo no espelho, pensando na carta que receberá a uma hora atrás, era de seu "noivo", Lucio Malfoy, pertencente da família mais podre e injusta, onde o sangue e a aparência importava mais do que o amor.
Por um momento, quando conheceu o garoto, Ava se identificou com a situação de Lucio, mas logo mudou de ideia quando a primeira palavra saiu de sua boca, ele era tão podre quanto sua família e seu mal caráter não vinha de uma péssima criação, até porque Ava e Sirius vieram do mesmo tipo de família e nunca agiram de tal maneira.
Ava afastou os pensamentos sombrios e saiu do quarto em direção aos jardins de Hogwarts. Precisava de ar fresco para clarear a mente. O dia estava ameno, mas sua cabeça estava repleta de tormentos.
Caminhando pelos jardins, Ava se deparou com uma cena tranquila: James sentado à beira de uma fonte, olhando para o horizonte. Ao notar a presença dela, ele sorriu gentilmente.
— Ava, tudo bem? Parece que algo está te incomodando.
Ela hesitou por um momento antes de se juntar a ele, compartilhando o peso de suas preocupações.
— Recebi uma carta de Lucio Malfoy. Parece que meu destino foi selado sem o meu consentimento.
James franziu a testa, demonstrando compreensão e empatia.
— Se quiser conversar sobre isso, estou aqui.
Ava agradeceu o amigo silenciosamente.
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A decisão estava tomada. Ava enfrentaria Lucio Malfoy e buscaria respostas sobre o noivado imposto. Ela não permitiria que seu destino fosse traçado por acordos familiares, especialmente com alguém tão incompatível como Lucio.
Caminhando pelos corredores de Hogwarts, Ava encontrou Lucio próximo à sala comunal da Sonserina. Seu olhar determinado refletia a coragem que ela reunira para confrontar o destino imposto.
— Lucio — chamou Ava, firme, interrompendo o caminho do rapaz.
Ele se virou, surpreso por vê-la ali com tamanha resolução. Ava não perdeu tempo e foi direto ao ponto.
— Precisamos conversar sobre esse noivado. Eu não aceitarei uma vida imposta por acordos familiares.
Lucio, exibindo um sorriso arrogante, respondeu:
— Ava, minha querida, você deveria se sentir honrada por ser escolhida para se unir aos Malfoy. Essa aliança fortalecerá ambas as famílias.
Ava não se deixou impressionar pela postura vaidosa de Lucio. Firme, ela retrucou:
— Não me importa a importância de nossas famílias. Eu exijo saber se há algum resquício de escolha ou vontade própria nesse acordo.
Lucio riu, subestimando a determinação de Ava.
— Escolha? Vontade própria? Ava, você precisa entender que nesse mundo, muitas vezes, essas coisas são luxos que não podemos nos dar.
