O clima estava chuvoso, tudo estava propenso para que os planos de Ava dessem errado.
Agora que não era mais uma garotinha indefesa, Ava decidiu trilhar seu próprio caminho, desafiando o clima chuvoso que pairava sobre Hogwarts. Determinada, ela abriu o mapa dos Marotos, desenhado com encantamentos que só eles conheciam, e começou a procurar a passagem secreta que a levaria a Hogsmeade.
Os corredores de Hogwarts estavam silenciosos, abafados pelo som da chuva contra as janelas. Ava caminhava furtivamente, como se cada passo fosse uma escolha consciente de liberdade. O mapa guiava-a pelos intricados corredores do castelo, indicando a localização da passagem que ela buscava.
Finalmente, após desvios e escadas, Ava encontrou a entrada da passagem.
A chuva caía incessantemente, mas a determinação de Ava não se abalou. Ela adentrou a passagem, deixando para trás a segurança dos corredores de Hogwarts.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Emergindo em Hogsmeade, sob a sombra de guarda-chuvas coloridos, Ava percebeu a grandiosidade de sua decisão. Agora, diante da vila bruxa, ela procuraria seu pai, buscando respostas sobre o casamento arranjado que pairava como uma sombra sobre seu futuro.
As ruas molhadas refletiam as luzes dos estabelecimentos, criando um cenário melancólico. Ava caminhava com propósito, cada passo marcando a determinação de desvendar os mistérios de sua própria história.
Ava percorreu as ruas úmidas de Hogsmeade, o som constante da chuva ecoando suas preocupações internas. Os poucos transeuntes que cruzavam seu caminho lançavam olhares curiosos para a garota que ousava desafiar o clima e a tradição.
Guiada pela determinação, ela chegou à porta da casa de seu pai , já que não era conhecida como um lar. Sem ao menos anunciar sua chegada, Ava adentrou o local, onde a lareira crepitava.
Buscando seu pai entre os corredores vazios e sem vida, Ava percebeu uma figura conhecida no escritório que sempre estava com a porta trancada, mas dessa vez era diferente. Seu pai, Christopher, estava sentado em sua mesa, analisando uma pilha de papéis.
Ava aproximou-se, o olhar sério denunciando a gravidade de sua missão. Seu pai ergueu os olhos, surpreso ao vê-la ali.
— Ava, o que está fazendo aqui? — questionou Christopher, tentando ocultar a inquietação em sua voz.
— Precisamos conversar. Sobre esse casamento e as alianças que você está envolvido.
O bruxo a encarou por um momento antes de assentir, indicando a cadeira vaga à sua frente. Ava sentou-se o encarando com uma intensidade capaz de penetrar na alma.
Christopher observou Ava com uma expressão imperturbável, como se estivesse diante de mais um desafio a ser superado. Seu olhar cortante sondou a filha, enquanto ele decidia como manejar a situação.
— Você não deveria estar aqui. — A voz de Christopher era fria, desprovida de qualquer afeto paternal.
Ava, contudo, não recuou. Sua coragem parecia alimentada pela chuva que ainda ecoava no ambiente. Ela começou a expor seus sentimentos, as dúvidas que a atormentavam desde que os planos para seu casamento foram revelados.
— Não vou aceitar ser usada como peão em seus jogos sombrios, pai. — Ava falava com firmeza, sua determinação um desafio silencioso à indiferença dele.
Christopher suspirou, como se estivesse lidando com uma inconveniência. A resposta que se seguiu era um reflexo do homem que havia se tornado.
— Ava, não entende que tudo isso é para proteger nossa linhagem? Estamos inseridos em um mundo onde fraquezas são exploradas. Isso é uma necessidade.
Ava arqueou as sobrancelhas, desafiadora.
— Proteger nossa linhagem? A que custo, pai? À custa da minha felicidade? Da minha liberdade?
O homem permaneceu impassível diante dos questionamentos, como se as emoções não tivessem lugar em sua vida. Era como conversar com uma sombra fria, uma presença que deveria ser figura paterna, mas que se mostrava completamente desprovida de compaixão.
— Você precisa entender o peso de nossas responsabilidades, Ava. — Christopher ergueu-se, indicando que a conversa havia chegado ao fim.
Mas Ava não estava disposta a ceder tão facilmente. Ela saiu da cadeira, enfrentando-o com olhos decididos.
— Não vou ser um fantoche em seus jogos, pai. Se quer proteger a linhagem, faça-o sozinho. Eu escolho meu próprio caminho.— Ava soltou um longo suspiro.— E se acha que dessa vez suas chantagens vai ter algum efeito, está completamente enganado. Você pode ser o diabo, mas eu posso ser pior.
Dizendo isso, Ava voltou-se para a porta, deixando a casa do pai e adentrando novamente a noite chuvosa de Hogsmeade. Christopher, sozinho em sua frieza, permaneceu na sala escura, imerso em pensamentos que revelavam a complexidade de suas escolhas.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Postando capítulo novo em comemoração ao meu aniversário!!