𝘊𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 7

107 8 54
                                    

Inglaterra, Londres - um ano atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Inglaterra, Londres - um ano atrás

Blake Davenport

  Fui acordado aos beijos juntamente com os sons de Magnum latindo na porta. O perfume feminino da noite anterior se impreguinava pelos ares da suíte. Minha cabeça doía e meus músculos se apertavam por debaixo da pele. O porre que havia tomado foi dos fortes.

— Bom dia bonitão. — Quem é ela mesmo? Meus olhos mal se abriam e o mínimo que enxergava era embaçado.

— Bom dia. — Não lembrava seu nome, muito menos em como veio parar na minha cama. Me desvencilhiei dos lençóis brancos e ao passar os dedos pelos olhos, minha visão foi voltando à nitidez aos poucos.
   
  A loira se aconchegou ao meu lado, passando as mãos quentes pelo meu abdômen e descendo até meu pau, os peitos roçando em meu ombro. Minha pele se arrepiou com o ato repentido, mas eu ja havia dado o que ela queria e não estava com o mínimo interesse possível de repetir a dose. Sendo assim, levantei em um pulo, me distanciando dela e pegando suas roupas do chão.

— Vista a roupa e peça um uber pra você ir embora. — disse, entrando no banheiro completamente nu. A moça me olhou com uma expressão de choque, pegou as roupas no chão e saiu do apartamento batendo a porta com uma despedida amorosa, "Filho da puta".

  O sol mal tinha começado a nascer. O chão do banheiro estava frio e me fez pular um pouco quando pisei. O chuveiro estava ótimo, a água morna caía sobre mim e me relaxava. O vapor envolvia tudo e eu me sentia limpo e renovado. Coloquei a toalha ao redor da cintura e saí do banheiro ainda sentindo o calor da água na pele, colocando uma roupa esportiva logo em seguida. O cheiro do café recém-passado da máquina estava no ar, misturado com o perfume do sabonete.

  Sentei-me à mesa e tomei um gole de café. O sabor amargo e quente encheu minha boca, dando um empurrão extra para o dia. Aquele momento simples de tomar café me trazia uma sensação de calma e me preparava para o que viesse. Mas a minha mente me sabotava, não me deixava em paz e insistia em voltar ao mesmo pensamento de sempre.

  Não conseguia tirar Samantha da cabeça. Lembrei-me da última vez que nos vimos, discutindo no corredor por causa dos malditos arquivos. Eu não tinha paciência para ela naquela época, e ela também não tinha maturidade para mim.

  E a cachorra acabara de se mudar para o prédio e desde o início, parecia determinada a me irritar. Aqueles olhos faiscantes e aquele sorriso de desafio sempre me incomodavam profundamente. Parecia que estávamos sempre competindo, sempre à beira de uma discussão. Mas tudo com motivos, claro.

  O que caralhos ela estava fazendo na minha academia? Essa pergunta martelava minha mente. Achei estranho quando descobri que ela queria participar das aulas de defesa pessoal. Ela quer se defender de quem, afinal?, pensei comigo mesmo. Por um momento, considerei permitir sua entrada, mas ela estragaria tudo.

𝐌𝐑. 𝐌𝐀𝐒𝐊𝐄𝐃 | 𝙻𝚘𝚗𝚍𝚘𝚗Onde histórias criam vida. Descubra agora