𝘊𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 9

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Inglaterra, Londres - um ano atrás

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Inglaterra, Londres - um ano atrás

Senhor Mascarado

  Eu não aparecia mais.

  Sua ideia de trocar todas as portas e
fechaduras do apartamento não tinham
dado certo. Não deixava mais a varanda
aberta, não enviava mais bilhetes e ela
achava que sua paz tinha voltado. Ah,
como eu ria ao pensar nisso. Paz?
Ninguém sabe o que é paz enquanto
estou à espreita. Ela deveria ter
aprendido que o controle que achava ter era apenas uma ilusão frágil. Tudo planejado.

  As últimas semanas haviam sido
longas, e o tempo não tinha piedade
alguma em passar depressa. A espera
era insuportável, mas necessária. Cada
passo deveria ser perfeito, sem margem
para erros. Minhas vítimas exigiam
precisão, e eu não as decepcionaria. Meus planos estavam correndo
bem, e minhas vítimas sendo vingadas
na hora certa, então de nada importava.

  Estava aguardando ansiosamente por
aquela noite. Ansiedade e excitação se
misturavam. Era quase
insuportável saber que o momento
estava tão próximo. Havia deixado tudo
pronto. Algumas madrugadas atrás,
pesquisei a fundo sobre a vida dele,
Christian Maxwell, o deputado adorado.

  Além de estar envolvido com lavagem
de dinheiro, corrupção e fraude, o
querido político ainda tinha uma
coleção de fitas pornográficas e violentas de suas vítimas menores de idade.

  Eu fiz um favor. Sim, um favor à
sociedade, ainda que ela nunca
soubesse valorizar meu trabalho. Não
sou um herói, longe disso, mas sei
reconhecer quando o mundo precisa de
uma limpeza. Todos sabem.

  E a senadora? Ah, como eu ria ainda mais ao lembrar daquela miserável. Ela era uma peça central no quebra-cabeça, o fio que ligava tantas histórias sujas. Aquela vadia sabia de tudo. Era quem levava as presas até o predador.

  Por isso acabei com a festa, e ainda por cima, levei toda a informação a público. A justiça convencional era lenta, podre, manipulada. Eu, por outro lado, era implacável e direto. O público precisava conhecer a verdade. Mesmo que isso viesse do sangue.

  Eu matava por diversäo, mas o divertimento tinha motivos, é óbvio. Não matava inocentes. Só se fosse necessário, como havia feito uns anos atrás.

  Comecei naquela noite por Christian,
que estava sozinho em seu gabinete se masturbando enquanto revia as suas fitas. Ele não fazia ideia do que estava por vir. Talvez, em algum canto obscuro de sua mente corrupta, houvesse uma fagulha de medo, mas duvidava. Homens como ele raramente acreditam que suas ações terão consequências.

  Foi tão fácil entrar lá dentro que até ri da incompetência dos seguranças. Que
com certeza mereciam morrer por isso.
Observava o velho deputado no escuro,
em sua sala. Nojento. Minha raiva se intensificava a cada segundo. Como alguém podia afundar tão profundamente na crueldade e ainda assim viver sem punição? Era quase um insulto à existência. Senti vontade de vomitar. E senti raiva, muita raiva.

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⏰ Última atualização: Nov 22, 2024 ⏰

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𝐌𝐑. 𝐌𝐀𝐒𝐊𝐄𝐃 | 𝙻𝚘𝚗𝚍𝚘𝚗Onde histórias criam vida. Descubra agora