❌️𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐑𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞❌️
Samantha Adams, desgastada pela opulência que envolve sua posição como filha de um magnata, e abalada após uma decepção amorosa, decide se reinventar no pulsante coração da cidade de Londres.
Seu novo lar, no entanto, tr...
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Inglaterra, Londres - um ano atrás
Samantha Adams
No dia seguinte, depois do almoço, papai havia dado uma breve passada pelo prédio para verificar se estava tudo bem e se havia me adaptado. Fiquei totalmente tentada a lhe questionar sobre o queridissimo síndico do meu novo apartamento, que por coincidência do destino era, ninguém mais e ninguém menos que, Blake Davenport. Mas não o fiz.
Meu pai, como sempre, iria dar uma breve desculpa ou mudar totalmente o rumo da conversa. Minha vontade era de gritar e pedir para que ele me tirasse dali o mais rápido possível. Mas ao invés disso, preferi manter a calma e lidar com todo o drama que estava por vir de forma matura. Foi a pior decisão que tomei.
Minha mente estava perturbada, alerta e paranoica. Naquele momento eu sentia raiva de tudo e de todos. Como ele teve coragem de não me contar? Meu pai comprou esse apartamento sabendo de Blake? O que ele espera que aconteça? Ele não sabia. Meu pai não fazia ideia do que havia acontecido à cinco anos atrás então eu não podia culpá-lo.
Achei que sua visita seria de livre e espontânea vontade e que talvez ele realmente queria saber como eu estava, mas vindo de meu pai, sempre tinha uma intenção por trás.
— O evento é hoje. — de costas para ele, eu lavava as louças do café enquanto ele se aconchegava em meu lado, cruzando os braços por cima dos tecidos finos do paletó. Não consegui evitar revirar os olhos.
— Tô sabendo. — respondi seca. — Veio aqui só para me relembrar dessa festinha inútil? — eu evitava olhar em seu rosto.
Continuei focada em meu serviço na pia da cozinha, mas pela visão periférica, eu notava meu pai me examinando com seu olhar preocupado de sempre.
— Não só para isso. — ele se afastou. — Trouxe um presente pra você. — ao retornar, guiei meu olhar até o homem, e o vi segurando uma caixa branca enorme e com um sorriso maior ainda em seu rosto. Enxuguei minhas mãos em um pano e fui ao seu encontro.
— O que é isso?
— Por que não abre? — respondeu.
Me aproximei da caixa e a examinei com cuidado. Christian Dior¹. As letras prateadas da marca se destacavam ao centro do grande objeto, sendo lacrada por uma bela fita branca perolada em seu redor. Desfiz o laço cuidadosamente e abri seu tampo. Envolto por um papel seda personalizado, continha ali um vestido.
— Pra você usar esta noite. — sorriu.
— Obrigada pai. É lindo. — minhas mãos passeavam pelos tecidos finos cheios de pedrarias brilhosas, já me imaginava vestida naquela roupa tão magnífica.
