Memória

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Nova York - 2011
Sede Terraria da Shield 📍

Memórias são enigmáticas, surgem em sonhos, nos momentos mais inoportunos e até mesmo em déjà vu. Ao me encontrar no dormitório da sede da Shield, todas as lembranças vieram de uma vez, avassaladoras. Cada dia eu revivia meu passado, desde a sala vermelha até os treinamentos na Shield e o momento em que fui entregue ao matadouro.

O som persistente de batidas na porta me despertou de mau humor, mas pronta para o que viesse. Rápido, levantei e me envolvi em um roupão, sentindo a dor de cabeça como se tivesse acabado de sair de uma montanha-russa, o que não era completamente mentira.

- Nick Fury quer falar com você. - Anunciou Maria Hill ao abrir a porta com urgência - É importante.

- Chego em 5 minutos - Respondi, fechando a porta, minha respiração acelerada sabendo que alguma coisa estava por vir

Após um banho rápido, vesti o traje, calcei as botas e coloquei a arma no coldre com uma agilidade que mal parecia real.

Percorrendo os corredores, o som ritmado de coturnos ressoava, agentes cumprimentavam, mas minha natureza reservada me fazia apenas seguir em frente com o olhar fixo na porta do diretor.

Ao entrar, Fury, imerso em papéis, parecia preocupado

- Tenho uma missão para você - Anunciou, se levantando - Você conhece o Capitão América?

- Claro. Quem não conhece? - Respondi, me mantendo alerta, sem demonstrar nervosismo.

- Ele foi encontrado. Vivo. - Revelou, fazendo minha boca se entreabrir de surpresa - Está hospitalizado. Precisamos abordá-lo com cuidado quando acordar. Quero que seja a primeira pessoa a contatá-lo. Você é gentil, algo que ele aprecia. Mas, se necessário, sei que você seria implacável. Pode fazer isso?

Meu olhar se abriu diante da revelação. Seria eu a primeira a receber Steve. Era emocionante, embora precisasse esconder minha excitação.

- Claro, senhor. Quais são as instruções?



Eu aguardava do lado de fora do "quarto" do senhor Rogers, vestida como nos anos 40, com um ponto eletrônico para comunicação constante com os outros agentes

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Eu aguardava do lado de fora do "quarto" do senhor Rogers, vestida como nos anos 40, com um ponto eletrônico para comunicação constante com os outros agentes. O sinal vermelho acima da porta indicou que ele havia acordado, e, mesmo nervosa, abri a porta lentamente.

Steve tinha olhos azuis e cabelo loiro, parecia um anjo.

Claro, já tinha o visto antes por fotos e filmagens antigas. Até a sua estátua no museu. Mas aquilo era completamente diferente.

- Bom dia... ou deveria dizer boa tarde?

Saudei com um sorriso amigável, tentando escolher as palavras cuidadosamente.

- Onde eu estou?

- Não precisa se preocupar, não é um manicômio, nem um centro de castração. O senhor está a salvo por enquanto. - Ele franze as sobrancelhas em confusão - Quer dizer, não que o senhor precisasse ser castrado ou algo assim, é só que... Desculpa, eu falo muito quando fico nervosa.

"It's our secret."Onde histórias criam vida. Descubra agora