Charlotte concentrava-se em ser recatada na maior parte do tempo,um pouco confusa,ao conhecer Henry em um clube,o destino parece querer os dois juntos e logo Charlotte percebe estar apaixonada pelo Príncipe Herdeiro.
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O outono havia chegado e com ele, também vinha à volta às aulas, ou seja, se desde a partida de Lauren, Ray e Logan já vinha sendo difícil ter uma roda de amigos preenchida, agora seria impossível… Afinal, Charlie voltaria para a faculdade que vinha exigindo cada vez mais dele; Bridget também estava começando naquele ano e Piper no dia seguinte estaria entrando num avião com destino a Espanha. Todo aquele clima frio já a deixava melancólica, ela que sempre gostara do calor e do sol da primavera e verão, estava aceitando com dificuldade o fato de que agora o tempo ficaria sempre nublado e as folhas das árvores iriam cair em breve. Juntando com a partida de Piper e a volta as aulas – sem ela – de Bridget e Charlie, ficava tudo muito pior.
Tudo estaria um verdadeiro caos, ela provavelmente estaria se embebedando naquele momento, se não soubesse que em alguns minutos o interfone tocaria e Henry viria busca-la. Fazia duas semanas que eles estavam naquela onda… Procurando toda e qualquer forma de passarem o máximo de tempo possível juntos; se esquivando de amigos e perguntas curiosas; rindo de coisas sem nexo e perdendo tempo no telefone. Pareciam dois idiotas, mas, afinal, é isso que o romance torna as pessoas… O romance deixa as pessoas de uma forma inquestionavelmente idiota.
O barulho do interfone havia a impedido de prosseguir sua linha de raciocínio.
- Senhorita, o senhor Henry está aqui para vê-la… – Escutou o porteiro dizer.
- Mande-o subir.
Ela achava meramente desnecessário, no entanto, Henry sempre fazia questão de subir para pegá-la na porta de casa. Charlotte vivia dizendo que uma hora ou outra, seus vizinhos achariam muito estranho um cara chamado Henry, alto como uma porta e sempre usando um boné ridículo, aparecendo quase todos os dias no seu prédio pedindo para vê-la. Henry nem mesmo se dignava a responder, geralmente ele ignorava-a e dizia que havia gostado de seu cabelo trançado ou que queria vê-la de vestido de novo. Na verdade, ela estava usando vestido naquele dia.
- Você não toma juízo. Quando meu porteiro revelar ao mundo inteiro que você tem aparecido aqui para me visitar, você vai parar com essa bobagem de me buscar na porta de casa. – Ela disse assim que a campainha tocara e Henry estava, como sempre, acompanhado de Carl. – Olá Carl, como você está?
- Eu vou bem senhorita Charlotte e você? – Carl sorriu simpático como surpreendentemente havia se mostrado ser. Ela sempre tivera uma visão destorcida de guarda costas como sujeitos maus, severos e de cara fechada.
- Estou ótima. – Charlotte respondeu e então se virou para Henry que estava com as sobrancelhas arqueadas. – O que foi?
- Eu chego aqui, com flores e ganho um esporro. O Carl chega aqui, com essa cara deslavada e ganha um olá e um como está? – Henry replicara dramático e falsamente. – Tem algo que vocês dois queiram me contar?
