8. reconciliation

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Âmbar, no meio das líderes de torcida, vibrava com entusiasmo enquanto torcia pelo time que adentrava o campo. As garotas, em perfeita sincronia, iniciam a coreografia combinada, elevando ainda mais o clima de animação.

O jogo desenrola-se favorável ao East Highland Blackhawks, e as líderes de torcida celebram com entusiasmo. Âmbar salta, agitando os pompons verdes no ar.

No entanto, o entusiasmo toma um rumo incerto à medida que o time enfrenta desavenças.

A perda de concentração resulta em jogadas perdidas, irritando o quarterback, Nate. Este poderia ser o último jogo de sua carreira, dependendo da pontuação que seria decidida nos últimos 10 segundos do jogo.

No último tempo, Nate surpreende ao fingir um arremesso, em seguida, corre em direção ao fim do campo, driblando todos os bloqueios. Sua corrida triunfante culmina em um ponto crucial, garantindo a vitória para o time.

A vitória é conquistada, desencadeando celebrações efusivas entre os jogadores, torcedores e, é claro, as líderes de torcida, incluindo Âmbar, que comemora animadamente com a reviravolta no jogo.

Após o jogo, Âmbar passou a noite na casa dos Howard, retornando para casa apenas mais tarde. Ao abrir a porta em silêncio, ela escuta Cal conversando com Nate no andar de cima da casa.

Subindo as escadas em silêncio, Âmbar é interrompida por um barulho alto vindo do quarto de Nate. Chegando lá, ela testemunha a cena angustiante de seu pai sobre o irmão, tentando conte-lo. Nate gritava, se debatia e o xingava, mas logo os gritos de raiva se transformam em choro.

Os vídeos que os irmãos viram quando crianças no escritório de seu pai surgem como sombras na mente de Âmbar.
Ela sabia que Nate estava imerso nesses mesmos pensamentos, por isso estava reagindo de tal maneira.

— Quer continuar brigando? Ah? Você não é o fodão, Nate? — diz Cal ainda sobre ele.

Âmbar, mesmo com medo, empurra Cal, que cai no chão. — Sai de cima dele, porra. — Âmbar grita, empurrando Cal. — SAI DAQUI — Ambar grita fechando a porta do quarto de Nate assim que ele sai.

Ao olhar para o chão, Âmbar vê o irmão batendo a própria cabeça contra o chão enquanto grita incessantemente. Incapaz de compreender como ajudar o irmão naquela situação, ela sai do quarto, fechando a porta novamente e descendo as escadas. Já no lado de fora da casa a garota se senta no chão, tampando os ouvidos enquanto chora, se sentindo impotente diante dos gritos de Nate e dos próprios soluços ecoando em sua mente.

A garota se via incapaz de compreender por que sua vida parecia impossível de se manter em momentos bons, e como essas fases positivas eram tão breves, sendo rapidamente eclipsadas por períodos difíceis.

(...)

Caminhando sem rumo pelas ruas, a garota sente seu celular vibrar, mas decide ignorar. Perambulando por um bairro comum classe média em East Highland, o silêncio da noite acalma seus pensamentos tumultuados. Ao olhar para o céu limpo, observa algumas estrelas e uma lua pela metade.

Os olhos ainda denotavam um leve inchaço e vermelhidão, reflexos das lágrimas derramadas por tanto tempo.

Após algum tempo, ela se encontra em um local familiar, reconhecendo as luzes brilhantes do letreiro da loja "Milk", pertencente a Fezco e Ash.

Ao adentrar, depara-se com Fezco no caixa. Suas sobrancelhas se erguem ligeiramente, surpreso com a presença dela.

— Âmbar, e aí garota. — Fezco cumprimenta, quebrando o silêncio.

— Oi Fez. — ela responde com um leve sorriso.

A garota sente uma mistura de emoções ao encarar Fezco, recordando momentos passados e percebendo a saudade que sentia dele.

Ela não tinha ideia do motivo de estar ali, mas ao ver a loja, não hesitou em entrar. A garota parece procurar palavras para se desculpar com Fezco pela forma impulsiva como agiu.

— Fezco, desculpa pela maneira que me comportei. Fui impulsiva, agi como uma criança, sem perceber que você só queria me ajudar. Sei que fui errada, e se quiser me odiar, eu vou entender. Sinto muito por toda a confusão. — A garota desabafa.

— Âmbar, relaxa, você sabe que eu nunca vou te odiar. Essas coisas acontecem quando 'tá se lidando com drogas, muita merda é dita. — ele responde tranquilamente.

Um sorriso se forma no rosto da garota que se aproxima, abraçando Fezco.

— Senti saudades, loirinha. — ele confessa, ainda a abraçado.

— Eu também, ruivinho. — Âmbar responde.

DREAM STATE, FezcoOnde histórias criam vida. Descubra agora