11. supportive sister

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Âmbar repousava ao lado da maca de Nate, com a cabeça apoiada no local, segurando a mão do irmão enquanto descansava.

Mesmo exausta, Âmbar debatia consigo mesma sem encontrar consolo para o sono que teimava em não vir. Sentia um peso de culpa, questionando por que Fezco havia feito isso? Seria aquilo sua culpa? Sua mente era uma tormenta incessante.

Desde a festa na escola, Âmbar raramente via Nate ou qualquer outro membro da família. A maior parte de seus dias era passada com Fezco, as irmãs Howard ou qualquer amigo que a afastasse do ambiente familiar.

Apesar disso, Âmbar não hesitava em mostrar apoio ao ver o irmão naquele estado, afinal, apesar de ser um merda, Nate ainda era seu irmão mais velho.

Âmbar percebe Nate apertando sua mão, fazendo-a erguer a cabeça. Ao olhar para o irmão, sua atenção é momentaneamente desviada pelo som da porta se abrindo. O pai dos dois adentra o quarto.

— Você já sabe quem fez isso Âmbar? A quanto tempo chegaram no hospital? — Cal pergunta se aproximando da maca e olhando Nate naquele estado.

— Chegamos a algumas horas.. não sei quem pode ter feito isso pai. — Ambar responde cansada. — Olha eu vou ao banheiro. — a Jacob mais nova diz tentando sair do local.

— Não demore. — Cal diz agora pegando na mão de Nate.

Âmbar sente-se desconfortável com a situação, o que a faz franzir o cenho. Deseja ardentemente que Nate não esteja consciente, pois a atmosfera é intensamente desconfortável.

Decidindo se afastar do quarto, ela fecha a porta e parte em busca do banheiro do hospital. Navegando pelos corredores, finalmente encontra uma placa indicativa.

Dentro do banheiro, Âmbar entra em uma cabine e tranca a porta. Abrindo sua bolsa, retira uma pílula de oxycodone e, colocando-a ao lado do celular, esmaga o medicamento em pó. Formando uma linha, ela a insere nas narinas, fechando os olhos e olhando para cima, aguardando que o efeito alivie a tensão rapidamente.

(...)

O trajeto de volta para casa foi marcado por um silêncio atormentador, com Nate ocupando o assento ao lado do motorista, Âmbar ocupando o assento traseiro do carro, e Cal a frente dirigindo. Em vários momentos, ele observava seus filhos, captando a tensão que pairava no veículo.

— Tá difícil acreditar que nenhum de vocês dois sabe quem fez isso com você, Nate. — Cal diz quebrando o silêncio.

— Pai, esquece isso. — diz Nate.

— Não eu não vou esquecer. — Cal responde.

— É mas deveria. — Nate diz, logo em seguida olhando para Cal, que o olha também.

Âmbar observava a situação ansiosa.

(...)

— Eu ajudo Nate a subir, vai dormir pai, já está amanhecendo. — Âmbar diz assim que chegam em casa.

— Certo, obrigado Âmbar. — Cal aceita, saindo do carro.

Ambos vêem o pai entrar na casa, Âmbar desce do carro e vai até o lado de Nate abrindo a porta, a garota coloca o braço do irmão ao redor de seu ombro e o ajuda a levantar do carro.

— Cacete Nate você é muito pesado. — Âmbar diz com dificuldade em ajudar o irmão a se locomover.

— São meus músculos. — Nate brinca. A mais nova olha para Nate vendo ele dar uma leve risada.

— É bizarro você estar rindo em uma situação dessas, você sabe não é? — Âmbar diz estranhando a forma que o irmão estava agindo, mas rindo também.

DREAM STATE, FezcoOnde histórias criam vida. Descubra agora