Âmbar entra no baile da escola, observando ao redor com seu longo vestido azul royal aberto nas costas. Avista suas amigas reunidas em uma mesa e junta-se a elas.
— Cacete, vocês estão esplêndidas. — Âmbar elogia, aproximando-se.
— Gata, você nem se fala. Esse vestido é lindo. — Maddy diz sorrindo.
Cumprimentando as outras garotas, Âmbar se senta entre Maddy e Jules.
Após alguns minutos em silêncio, observando as pessoas dançarem, Cassie quebra o silêncio.
— E se esses forem os melhores momentos da vida? Minha mãe sempre fala que o ensino médio foi a parte mais fenomenal da vida dela, e eu não consigo me imaginar com 40 anos relembrando tudo isso como "uau". — Cassie diz, provocando reflexões.
— É, mas é porque o auge de muita gente é o ensino médio. — Maddy explica
— Esse definitivamente não é meu auge. — Âmbar comenta.
— O meu definitivamente também não. — Kat diz.
— Eu nem sei quem eu sou ainda. — Lexie acrescenta.
— Acho que atingi apenas 25% do meu auge. — Diz Cassie.
— Eu já cheguei a 100%, mas tenho certeza que posso ir além de 150%. —Jules diz, bebendo Gatorade.
— Eu nunca pensei que chegaria tão longe. — Rue compartilha, e Cassie pergunta o porquê.
— Sei lá, sempre senti uma ansiedade forte de que algo fosse acontecer. — Rue responde.
— No último verão, por três semanas, pensei que tivesse morrido. — Maddy revela, surpreendendo Rue.
— Mas ela está sóbria há três meses. — Jules acrescenta.
— Você também, Âmbar? — Maddy pergunta.
— Desde que Fezco decidiu simplesmente não me vender mais drogas, sim. — Âmbar responde, tomando um gole do Gatorade. — Porra, tem vodka nisso aqui.
— Quando isso aconteceu, Âmbar? — Kat pergunta surpresa com a revelação.
— Sei lá, mais de um mês. — Âmbar responde.
— Acredita que ele fez a mesma coisa comigo? — Rue compartilha fazendo Ambar dar uma leve risada.
— Volto já. — Jules diz, deixando a mesa.
Instantes depois, Nate chega ao baile com uma loira, e a cena que se desenrola deixa todas surpresas.
O garoto vai a pista de dança tocando na bunda de sua acompanhante, que estava a mostra com parte do vestido levantado.
— Cacete, isso foi muito nojento. — Âmbar comenta.
— Para começar, eca, e para terminar, eca! — Maddy expressa seu nojo.
O casal havia brigado dias antes do baile, e Nate, ao invés de pedir desculpas, trouxe outra garota ao baile, na tentativa de ferir o orgulho de Maddy.
— Maddy, não! — Cassie alerta, mas Maddy, desafiadora, se levanta e busca um parceiro de dança para causar ciúmes a Nate.
— Aposto que Maddy e Nate vão se casar. Provavelmente se divorciarão umas três vezes de um jeito estranho e terão uma vida feliz. — Kat analisa a situação.
— É. — Âmbar, Lexie, Cassie e Rue concordam sequencialmente.
Rue se levanta, e em minutos volta com Jules, puxando Âmbar para dançar com elas. Enquanto dançavam, Âmbar percebe Nate encarando-as de maneira estranha, o que a deixa confusa. Ao olhar para frente, vê Rue também o encarando.
As três dançam ao som de uma música aleatória que tocava na pista de dança, mas o clima fica estranho quando encaram Nate simultaneamente. Rue toma a iniciativa de mostrar o dedo do meio para ele, e Jules, contagiada, faz o mesmo.
Âmbar, fica confusa com a atitude, sente que estão escondendo algo dela. Algo definitivamente não estava certo.
— eu vou tomar um ar lá fora. — diz Âmbar para as garotas que concordam e continuam dançando.
Âmbar decide tomar um ar lá fora, deixando as garotas dançando. Ela fica próxima à parede, em alguns segundos vê Nate saindo para perto do estacionamento e Rue logo atrás dele, curiosa a garota se aproxima sem ser percebida.
— Por que eu acho que foi você que denunciou a parada do Fez? — Rue pergunta.
— Olha às vezes quando você faz coisas ilegais, coisas ruins acontecem. — Nate responde.
"Esse filho da puta", pensa Âmbar, mas continua em silêncio, escutando.
— Você nunca fez nada ilegal, Nate? — Rue pergunta.
— Tá falando da sua amiga Jules? — Nate questiona.
Âmbar observa a cena confusa, mas seu coração para quando Rue responde.
— Tô falando do seu pai. — Rue debocha.
— Só queria ter certeza de que você ia pensar melhor, eu sei que você ao longo dos anos foi queimando os neurônios e eu não queria que fizesse uma coisa que fosse se arrepender. — Nate diz.
— Vai fazer o que? Acabar com a minha vida? Eu juro que eu faço isso muito melhor do que você.
— O que você quer Rue? — Nate pergunta apoiando seu corpo na grade.
— quero que deixe o Fezco em paz, quero que deixe a Jules em paz, se você se meter com eles de novo eu destruo a sua vida, eu vou destruir a vida do seu pai com essa merda que vocês fazem, porque particularmente eu não tenho problema pra entrar numa delegacia e contar que o papai do Nate Jacobs gosta de trepar com criança. — Rue diz
Um silêncio angustiante se instala no ambiente, rompido apenas quando Nate toma a palavra.
— Você tá muito bonita hoje, você tem certeza que a Jules te contou tudo? — indaga Nate — Sabe o que eu gosto nela? Que ela tem sonhos muito verdadeiros e eu acredito que vai realizar todos eles. Se você olhar pra todo mundo lá dentro, a maioria deles vai viver uma vidinha medíocre que não vale nem apena mencionar, mas a Jules não, e você?
— sinceramente? Eu quero que se foda. — Rue responde.
Âmbar, após testemunhar a conversa entre os dois, parte rapidamente em direção à entrada oposta da escola, conectando os pontos sobre o comportamento estranho de Cal no parque de diversões. Enquanto reflete, compreende a razão por trás da atitude peculiar de Jules e a distância entre Rue e Jules em relação a garota. Já sentada nas escadas em frente a entrada, um zumbido invade seus ouvidos, uma desconexão toma conta de seu corpo, antecipando um iminente ataque de pânico.
A falta de ar a envolve, fazendo seu coração acelerar, esforçando-se para manter a calma mas os pensamentos desencadeiam o pânico crescente, Âmbar, imersa em um crescente pânico, agora temia pela própria vida, acreditando de que iria morrer.
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DREAM STATE, Fezco
FanfictionEm meio a crescentes conflitos familiares, Ambar Jacobs se vê afundando cada vez mais nas drogas. Enfrentando adversidades, encontra consolo e proximidade inesperados em Fezco, que, por acaso, é o fornecedor de drogas local.