Capítulo 4

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Wanda's POV

Hoje era mais um dia movimentado na minha vida, muitas emergências, muitas cirurgias marcadas e muitas chamadas inesperadas. Estava no meu intervalo, almoçando, quando um menino chegou após um acidente de carro. Por sorte ele não teve nada tão grave, apenas alguns arranhões e uma fratura ou outra, nada de extremo, o que era considerado sorte, até.

— Dra.Maximoff? - Uma voz me chamou enquanto eu apagava minha cirurgia do quadro e eu me virei, pra ver de quem era a voz.

— Sim?

— A mulher da semana passada está atrás de você. - Me avisou. Ele não precisava dizer duas vezes, sabia que a mulher era Natasha. — Disse que precisa remover os pontos, mas prefere que você faça isso.

— Tudo bem, avise que já estou indo. - Pedi e ele assentiu, se retirando.

Respirei fundo e entreguei a pasta com o relatório da cirurgia para uma das enfermeiras que ficavam no balcão. Passei pelos corredores movimentados, cumprimentando um médico e outro, até chegar onde eu sabia que ela me esperava. Por incrível que pareça, ela não foi tão insistente na última semana, tirando a parte onde me forçou a passar meu número porque, segundo ela, precisava de atenção médica. Eu chamava isso de carência, então acabei dando um número falso pra ela, mas ela percebeu quando tentou me ligar e consequentemente, deu que não existia. Resultado final: passei meu número real pra ela.

Talvez esse tenha sido meu maior erro porque agora eu sempre acordava com uma mensagem dela "bom dia, doutora! estou em um projeto de luta contra o câncer de mama, poderia mandar foto dos seus seios para eu examinar?". Sempre alguma cantada barata que me fazia rir e responder zombando dela. Devo admitir que ela aumentava meu ego, principalmente depois de escutar das enfermeiras, que ela realmente já havia ficado com metade delas. Duvido que alguma tenha dado tanto trabalho pra ir pra cama com ela, talvez esse seja um dos motivos pra ela insistir tanto.

Eu não iria ceder, eu gostava de jogar e provocar, mas não iria ceder. Da última vez que me entreguei a alguém, não deu certo. Bom, tirando meus filhos que são a melhor parte de mim, o resto foi apenas...perca de tempo.

— Bom dia, Tenente. - Cumprimentei, me aproximando da maca que ela estava. Fechei as cortinas, já que ela teria que tirar a calça e era necessário privacidade pra isso.

— Bom dia, Dra.Maximoff. - Desejou de volta, com aquele sorrisinho presunçoso nos lábios. — Está linda hoje!

— Eu sei. - Ela arqueou as sobrancelhas quando soltei uma piscadinha. — Enfim, por que me chamou? Não acha que o enfermeiro é competente o suficiente pra tirar seus pontos?

— Acredito que ele seja, mas prefiro ficar sem calça apenas pra você. - Seu tom era malicioso, mas eu ri.

— Claro, apenas pra mim...- Zombei, pegando a tesoura em cima do balcão.

— Não precisa ficar com ciúmes, Maximoff. - Eu prendi o riso e franzi o cenho, negando com a cabeça.

— Você não é nada pra mim, por que eu teria ciúmes? - Questionei, vendo sua mão descer até o zíper de sua calça. Graças a Deus era rápido pra tirar os pontos, eu não ia precisar ficar tanto tempo perto dela apenas com a calcinha na parte de baixo.

— Porque você me quer. Só não sabe disso ainda. - Sua fala saiu convencida e eu sorri debochada.

— Oh eu te quero, te quero bem longe, isso sim! - Ela riu baixo, descendo lentamente a calça. Me forcei a desviar o olhar quando sua lingerie apareceu. Era vinho e o contraste com sua pele clarinha fez eu engolir seco.

— Bem longe tipo...na sua cama? - Ela sussurrou, inclinada em minha direção. Eu aproveitei pra morder meu lábio inferior, voltando a encarar ela.

— Eu adoraria. Imagina, Tenente. Você me jogando na cama e me fodendo...- Sussurrei no mesmo tom. Seus olhos brilharam e eu mantive a troca de olhar. — Imagina, porque isso é tudo que você vai poder fazer. Sonhar.

FIREFIGHTER - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora