Capítulo 12

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Natasha's POV

Eu definitivamente estava no paraíso, era até estranho a forma que tudo estava dando certo na minha vida. Até suspeito, eu diria. Nunca na minha vida tudo deu certo em sequência, sempre havia um desastre no meio. Morte de irmãos, alguma ocorrência que algo dava errado, mas nos últimos dias o universo tem me olhado com um carinho gigante. Isso era estranho, mas eu não estava reclamando!

— Tá no mundo da lua? - A voz da minha cirurgiã favorita me tirou dos meus pensamentos.

Ela dirigia em direção a casa dos seus pais, aceitei sua carona, era melhor do que sair em dois carros como fizemos do hospital até minha casa, depois eu pegaria um Uber de volta, caso fosse necessário.

— Só pensando mesmo. - Respondi, simples. Wanda me olhou rapidamente, voltando seu olhar para o trânsito, não demoraria muito até chegarmos em nosso destino.

— Coisas boas, eu espero!? - Seu tom era questionador e curioso, mas seus olhos não saíam da estrada, até por segurança.

— Sim e não, na verdade. - Suspirei, Wanda vincou as sobrancelhas, mostrando seu interesse no que eu falava.

— Como assim?

— Tava pensando que as coisas estão dando certo na minha vida nos últimos dias...- A cirurgiã trouxe o olhar até mim ao ouvir minhas palavras.

— Isso não é bom?

— Isso é ótimo, mas geralmente, na minha vida, antecede algum desastre enorme. Na minha vida inteira, nunca tive tantas coisas dando certo ao mesmo tempo.

Só notei que estávamos estacionadas em frente a casa dos Maximoff porque Wanda não desviava os olhos de mim. Não queria trazer esse assunto, mas foi ela quem perguntou, certo?

— E o que exatamente está dando certo?

— A gente, principalmente. O trabalho, desde a menina daquele chamado, não tivemos mais nenhuma perda. Meu chefe vai ser pai e eu serei madrinha em alguns meses.

— E por que o destino não pode só ter decidido ser bonzinho com nós?

— O destino nunca foi tão bom comigo, e meu maior medo é que ele decida ser cruel comigo machucando você, Louis ou Rose.

Era estranho que estivéssemos tendo essa conversa logo agora, provavelmente no dia que melhor estávamos, mas ser sincera era sempre a melhor opção e eu tinha essa insegurança, não era novidade para a mulher em minha frente que eu tinha meus momentos de vulnerabilidade, ela já havia presenciado alguns deles.

— Dizem que o destino é um velho sentado em um banco, esperando e assistindo as vidas se cruzarem. Talvez, agora que nossas vidas se cruzaram, a gente tenha nossa paz.

— Então acredita que nós somos uma obra do destino? - Perguntei, não escondendo o enorme sorriso que apareceu em meus lábios. Ela acreditava em destino. E acreditava em nós.

— Natasha, nós temos que ser destinadas porque é impossível explicar como meus sentimentos por você nasceram, você só me perturbava! - Ela argumentou e eu não aguentei, caindo na gargalhada. — Primeiro dia que nos conhecemos e você já deu em cima de mim com uma cantada barata!

Busquei esse dia no memória e acabei rindo ainda mais quando me lembrei. Ela tinha ido no batalhão, levar o doce que Irina havia feito para agradecer por termos salvado Rose. "Eu nunca recusaria um docinho feito pela sua mãe", foi realmente péssima.

— A cantada do doce..- Ela riu junto de mim, assentindo. — E você se recusou a me passar seu número!

— Você praticamente me chamou de sobremesa! - Se defendeu, cruzando os braços. — E por ironia do destino, me comeu antes do jantar...

FIREFIGHTER - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora