Capítulo 16

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Natasha's POV

Quase quatro semanas haviam se passado desde que eu pedi Wanda em namoro e ela aceitou, ou seja, quase um mês namorando a mulher que dominava meus pensamentos todos os dias. Era tão diferente estar com ela. O que ela me causava, o que a falta dela me machucava. E a falta dela eu sentia demais, pelos nossos trabalhos serem extremamente necessários, já ficamos algumas vezes sem nos vermos e era sempre uma tortura imensa, pelo menos pra mim. Seus plantões, os meus, alguma emergência do lado dela, algumas emergência do meu lado... Empregos complicados, mas não podíamos reclamar, ambos empregos eram nossos sonhos e além de realizá-los, vivemos deles, então nosso dever era abaixar a cabeça e fazer o que o dever manda. Sempre seria assim.

Enquanto eu não pudesse vê-la pessoalmente, eu a teria em meus pensamentos por todo o tempo que fosse preciso e necessário pra cessar um pouco da saudade turbulenta em meu peito.

Devido a época do ano, Wanda tem tido mais plantões que o normal, já que nessa época os suicidas estavam a solta, tentando a qualquer custo se matarem com algum acidente. E claro, eu também estava tendo mais plantões que o comum, já que antes dos idiotas chegarem em Wanda, eles passavam por mim. Nosso ponto de encontro mais frequente era o hospital, mas eu nem mesmo tinha tempo pra beija-la direito antes de ter uma nova ocorrência ou ela precisar entrar em cirurgia. Quem disse que era uma boa ideia unir uma bombeira e uma cirurgiã?

Logo cedo recebemos um chamado, mas não foi nada demais, algo rápido e logo estávamos de volta no batalhão. Assim que cheguei, meu celular notificou uma mensagem.

Minha Wan: Bom dia/Boa tarde!! Nenhum idiota ainda? Nada que te faça vir até o hospital me ver?

Eu: Bom dia, linda. Ainda não, mas provavelmente não vai demorar muito, sempre tem um idiota na rua. Tô de plantão até amanhã 😴

Minha Wan: eu sei, você falou!! Pelo menos nosso plantão ficou no mesmo dia, 31?

Eu: Sim, 31. Você tbm?

Minha Wan: Sim! Acho que você sai um pouco depois de mim, eu passo aí e te busco, se quiser.

Eu: Pode ser!

Minha Wan: Falo com você mais tarde, então. Beijos!

Eu: Beijos! Te amo, não se esqueça!

Minha Wan: você não me deixa esquecer! Te amo ♥️ ( sim, é o meu coração, antes que você fale algo )

Eu: poxa, nem falei nada.

Minha Wan: eu te conheço, Romanoff.

Larguei meu celular em cima da minha mesa e me joguei na cama, tentando pegar no sono antes de algum chamado surgir.

Eu amava o meu trabalho com tudo de mim, mas essa parte dos plantões eram extremamente cansativos, mesmo dormindo entre uma chamada e outra, era exaustivo estar sempre em alerta. Eu dormia, mas nunca descansava, sempre com a cabeça cheia mesmo inconsciente, o que é estranho.

Uma das coisas que tem me deixado um pouco receosa era a história do velho do vinte e sete ser meu genitor. Eu não ligava pra ele, mas ele conhecia Wanda e a última coisa que eu queria era ele indo atrás dela, por isso, sempre que eu ia no hospital, abusava das enfermeiras que tinham uma quedinha por mim apenas pra descobrir se ele voltou a aparecer e procurar por Wanda. Caso algum dia a resposta fosse positiva, eu iria atrás dele e faria questão de que ele soubesse quem eu era pra Wanda, porque eu não era nada pra ele, assim como ele não era e nunca foi nada além de meu genitor, mas Wanda era tudo pra mim e eu não deixaria que ele se aproximasse dela.

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