In The Hands Of Love

Run Away...?

       O ruivo correu rapidamente em direção ao próprio quarto enquanto o moreno discutia de forma intensa com os dois homens, ignorando o fato de que um deles ser seu pai. Apuh trancou a porta do quarto e se sentou na cama agora com as pernas encolhidas sendo abraçadas por seus braços, além de apreensivo e extremamente triste, o ruivo etava preocupado, pois estaria destinado a se casar com alguém que havia lhe tratado mal logo no primeiro diálogo.

       Logo, o moreno recebeu uma ordem de seu pai, a qual deveria se desculpar com Apuh, porém quanto mais o moreno se recusava a fazer tal ato, o tom de voz do homem aumentava que após alguns poucos minutos chegava a tal ponto de que até as casas vizinhas poderiam escutá-los discutir, suspirando pesado devido à derrota, o moreno começa a subir até o quarto do garoto e bate educadamente à sua porta por estar ciente de que certamente os pais observariam seus movimentos e se atentariam a qualquer erro.

       Apesar de receoso, o ruivo certamente sabia que Juliano estava sendo "obrigado" a fazer aquilo. Apuh abriu lentamente a porta, e o moreno permitiu-se a entrar e sentar-se sobre a cama:

-Ei!! Eu por acaso, eu deixei você sentar na minha cama!?- dizia o ruivo se sobressaindo um leve tom raivoso.

-Tá, tanto faz! Eu só queria me desculpar pelo modo que agi mais cedo- Apuh o encarava atentamente.

-Eles te obrigaram a fazer isso, não é? aposto que sim- de repente o moreno se levanta e pôs-se à frente do ruivo...

-Escuta aqui seu mimado de merd@, eu estou sendo sincero e você está reclamando, eu não deveria mesmo ter vindo...- o ruivo soltou uma risada leve e baixa, porém que o moreno pode escutar.

-Eu sabia que eles te forçariam a isso, alguém como você não se permitiria se humilhar assim por alguém como eu -, porém algo aconteceu, Apuh pode sentir uma leve ardência no rosto, e ao que pode perceber havia sido atingido no rosto pelo moreno e seu rosto anteriormente intacto agora possuía uma grande marca avermelhada

-Saia...- o moreno o olhou sério e sínico- SAÍA AGORA DA MINHA CASA!!!- de repente os olhos do ruivo antes pretos se tingiram de um tom avermelhado mais escuro que seus próprios cabelos, em seguida o mesmo abriu a porta e empurrou o moreno para fora, provocando um estrondo alto no andar de cima da estrutura.

       Logo, o ruivo tranca a porta enquanto, o moreno desce e para a família que se despedissem e voltassem para casa, apesar de tudo a mãe do moreno se despediu da outra e puxou consigo o marido que não chegaria ao fim de suas conversas com o pai do ruivo tão cedo, os membros da família forem até o carro que deu partida e voltou para a casa de Juliano.

       O pai o ruivo alegando estar exausto subiu para um banho rápido e após ter posto roupas confortáveis se jogou sobre a cama que rangeu levemente devido ao peso, enquanto a mãe de Apuh subiu ao quarto do mesmo, mas antes que pudesse bater se permitiu encostar o ouvido na porta e pode ouvir soluços e murmúrios tristes do outro lado da porta, a mulher imaginou que tal anunciação não faria bem ao mesmo, o outro garoto não parecia alguém gentil ou sequer amigável, sem esperar muito a mulher bate a porta que é logo aberta por Apuh, que agora se encontrava com o cabelo bagunçado, olheiras bem demarcadas, olhos vermelhos e uma marca avermelhada no rosto que antes recebera, a mulher rapidamente começou a abraçar o filho fortemente para tentar confortá-lo:

-Shh, vai ficar tudo bem querido!- a morena tentava trazer palavras de consolação e após alguns minutos, os dois entraram no quarto e se sentaram na cama do mesmo, iniciando uma conversa calma e por vezes até divertida, fazendo o ruivo soltar leves risadas, mas então Apuh se deita sobre o colo da mãe e se permite chorar até que finalmente adormece. A morena coloca o filho debaixo das cobertas e tenta deixá-lo o mais confortável possível.

No Dia Seguinte...

       Apuh acordou exausto pensando que tudo poderia haver sido um sonho, porém seus olhos continuavam inchados de tanto chorar então, o mesmo se levanta para um banho rápido, e coloca seu moletom preto e uma calça também moletom cinza, escova seus dentes em seguida desce para a cozinha encontrando sua mãe na mesa com uma xícara extra, que supôs ser para si, a cumprimenta e se senta em seguida:

-Dormiu melhor, Filho?- o ruivo apenas assentiu, sem olhar.- eu estive pensando muito e... esse casamento não será bom para você, mas seu pai não irá desistir então...- o garoto agora a olhava atentamente- o que acha de fugir? para um lugar longe onde não conseguiram te achar? ai você não seria exposto a nada disso...- o ruivo a olhou surpreso, mas concordou imediatamente.

-Imaginei que fosse aceitar, então já está tudo preparado, você irá para Tokyo hoje à noite e morara em um apartamento neste endereço- a mãe logo entregou um bilhete com um local para o filho- eu espero que você consiga uma vida melhor lá, mas tente aproveitar o dia hoje e esteja com as malas prontas...

Continua.....