Remember...

176 15 16
                                    

   Após alguns minutos afundado em seus braços, o moreno nos separa brevemente colocando ambas as mãos em meu rosto, limpando o traço que as lágrimas deixaram em meu rosto com os polegares e, logo juntando nossos lábios em um beijo preenchido por amor e desejo sendo recíproco de ambos os lábios.

       nos separamos novamente e, apesar de toda aquele situação macabra pudemos por breves momentos nos confortar nos braços um do outro, entretanto tal situação não pudera se entender por muito tempo. De forma repentina, era perceptível que agora, o moreno persistia em me esconder atrás de si, cobrindo-me quase que completamente enquanto apontava a arma com voracidade para algo, que logo percebi ser Jazzghost, que agora possuía marcas distintas de ferimentos espalhados pelo rosto e, de forma repentina um barulho de estalar ecoou pelo lugar:

- Palmas para eles, o casalzinho mais medíocre da cidade, espere acho que vou vomitar- o moreno dizia de forma grosseira enquanto batia palmas freneticamente e, logo pondo a mão sobre o estômago, e com passos lentos o moreno se permitiu aproximar de nós, não desistindo de manter aquele típico sorriso cínico.

       Eu me agarrava o mais fortemente o possível ao terno do moreno à minha frente enquanto, novamente as lágrimas desenhavam traços em minhas bochechas.

-Ah, Apuh! Deixe de ser um bebezinho chorão, isso irrita sabia?- dizia Juliano de forma alta e rouca, mas isso não me impedia de chorar- vocês estão me cansando, acho que vai ser mais fácil se eu acabar com os dois, que tal? dessa forma, poderão morrer juntos!- o mesmo ria alto, de forma que o som ecoasse pelo local.

       Ambos os morenos se encontravam com as armas em mãos, e então foi aí que aquelas dolorosas palavras soaram em meus ouvidos:

-Apuh saia daqui...- o moreno proferiu enquanto eu o encarava confuso- siga o Eokor até o carro e peça para que ele o leve para casa

-O-o quê!?

-Fuja para longe Apuh, você não ode ficar aqui, vá embora!- o moreno exclamava.

-Não...- me permiti sibilar de maneira baixa- eu não vou deixar você aqui!

-Apuh, isto não é um conselho, é uma ordem- ele sussurrou- e a minha ultima...

-Não Lg!, eu não vou te deixar aqui sabendo que vai morrer- apertei mais os dedos ao redor do seu terno.

       Então, de forma brusca senti algo me puxar ara longe do moreno, me levando de forma lena até o lado de fora, enquanto eu me debatia desesperadamente para voltar até o interior da construção, e logo a figura alta que reconheci ser Eokor me colocou dentro do veículo e, apesar da raiva que me tomava no momento eu não briguei consigo ou o julguei pois sabia que ele apenas deveria seguir as ordens proferidas pelo moreno:

-Eu sei que uer ficar aqui, Apuh- o mesmo começou a falar após entrar no veículo, de forma suave- mas, eu tenho ordens extremamente explicitas para levá-lo para longe e, ficar aqui só te deixaria mais aflito do que está.

-Mas...- eu tentava dizer algo, mas minha voz parecia ter sido trancada em minha garganta.

-Por quê ficar depois de tudo que ele lhe fez?- ele perguntou, e então aquela pergunta começou a ecoar em meus pensamentos, então eu apenas fechei os olhos.

-Me deixe rebater sua pergunta, você já sentiu que podia depositar sua confiança em alguém, pois sabia que quando estivesse em seus braços, ela seria capaz de protege-lo de tudo?- o mesmo assentiu quase que, de maneira imperceptível- é mais ou menos assim que me sinto com relação à ele, sinto sensações boas quando estou com ele e apesar de todas essas histórias macabras que conheci hoje, eu sei que o amo, por isso detesto a ideia de deixá-lo lá, eu sei que vai parecer idiota mas sinto que é minha obrigação ficar com ele, mesmo que isso signifique morrer à seu lado.

In The Hands Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora