Hoje era o dia que Brady iria jogar, eu estava ansiosa para vê-lo jogando, eu tinha colocado uma calça wide leg preta, uma blusa branca com um pequeno laço branco na frente e meu All Star que uso até para tomar banho.
  Não era uma roupa tão apropriada para assistir um jogo de vôlei, mas pelo menos era confortável.
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   Chegando lá vejo Brady, sentado com um casal mais velho, e suponho que sejam os pais dele. Não penso duas vezes em dar um oi para eles.
– Oi, você não devia estar com seu time? – Digo e ele me olha sorrindo, o casal também estava sorrindo para mim.
– Eu sou o Connor, irmão gêmeo dele. – Ele corrigiu gentilmente. – Você deve ser a nova atriz que vai participar do filme não é?
– Sou sim.
– Quase ia me esquecendo, Mary quero que conheça nossos pais. – Ele aponta para o casal e eles me dão oi.
– Desculpa a pergunta mas... Como você sabe meu nome?
– Brady me falou sobre você. Ele até falou pra guardar um lugar pra você. – Então ele falou sobre mim...
– Obrigada por guardar lugar pra mim.
– De nada, é um prazer conhecer você.
– Igualmente.
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  Eu e Connor fizemos amizade muito rápido, ele até foi pegar água pra mim não perder o lugar. O jogo já havia começado e os jogadores estavam se posicionando, mas eu ainda não tinha visto Brady, até que ele chegou correndo enquanto arrumava uma faixa na perna ele era o número 72, ele já é bonito, mas com a roupa do time ficou mais ainda, o jogo começa e Connor volta correndo para ver o irmão.
  Ele dava a vida pela bola, cada vez que ele defendia a bola eu e Connor praticamente pulávamos na cadeira, um garoto do time oposto faz ponto e Connor xinga. Eu xingava até a quinta geração do garoto.
– Filho da mãe, ele fez ponto! – Connor falou irritado.
– Calma Connor o jogo ainda não acabou. – A mãe dele falou tentando acalma-lo.
  Em resposta ele só afirmou com a cabeça e continuou com uma cara irritada.
"Brady Noon, número 72 está dando a vida pela bola, senhoras e senhores ele acabou de fazer um ponto!" O comentarista disse animado quando Brady consegue fazer ponto, acho eu ele torce para o time dele.
   "Lembrando apenas que o time que vencer, um jogador tem o direito de escolher alguém da plateia para tentar fazer um ponto de um a um com algum jogador do time vencedor."
  Fiquei surpresa quando percebi que eu estava animada com aquilo, mesmo mesmo não sabendo jogar vôlei acho que seria uma experiência legal.
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    Agora era a decisão final, quem fizesse ponto primeiro era o time vencedor, Brady e um garoto aleatório do time adversário davam a vida pela bola, eu queria dar um soco em alguém porque ambos dos times estavam empatados.
  "SENHORAS E SENHORES O TIME DE BRADY NOON VENCEU, O TIME É CAMPEÃO!" Todos gritavam loucamente, Connor me abraçou tão forte que eu jurava que ele tinha quebrado uma costela minha, vi Brady correndo em direção a cabine do comentarista, ele parecia o flash de tão rápido que ele correu parecia que eu tinha visto um vulto.
  Logo depois ele volta igual um doido correndo pro árbitro, e falando alguma coisa para ele, depois ele corre até os meninos do time e diz alguma coisa pra eles. Rapidamente eles começaram a tirar a rede do meio da quadra e tiraram também as barras que sustentavam a rede.
 
  Ele corre até a plateia, sendo mais específica, ele corre até mim.
– Vamos, eu escolhi você.
– Eu vou passar vergonha, o que é bem provável de acontecer.
– Não vai nada, e outra, quem vai passar vergonha sou eu, porque você não vai jogar vôlei e sim basquete. – As pessoas gritavam de euforia por nós dois na quadra.
– Você pediu pra nós jogarmos basquete ao invés de vôlei, não é?
– Sim, eu queria saber como funciona. – Ele diz simples.
– É cansativo, muito cansativo. Se a pessoa que estiver jogando for sedentária ela sofre no jogo. – Pego a bola que alguém joga para mim.
– Tem alguma dica pra mim não morrer acertado por uma bola de basquete?
– Tenho, quando for receber a bola, primeiro de tudo faça contato visual comigo. E segundo sempre receba a bola com os dedos apontando pra cima e não para frente, isso pode causar uma lesão grave. – Ele me olha e os outros jogadores saem da quadra.
"Senhoras e senhores, vai começar a partida de basquete entre Brady e Mary"
  Como eu estava com a posse de bola ele não podia tirar a bola de mim, mas como ele não sabia direito como era o basquete. Eu fingi que perdi o controle da bola, para dar tempo dele pegar.

  Ele corre com a bola até a cesta dele, e tenta fazer cesta, só não consegue porque eu o corto fazendo a bola cair atrás dele.
– Acho que você vai perder hoje. – Ele diz pingando a bola no chão.
– Acho que não.– Pego a bola dele e corro até minha cesta e faço um ponto.
"Ela é a campeã!" O comentarista gritou e todos começaram a gritar também, Brady só me olhava rindo.
   Quando percebi eu já estava sendo carregada pelos colegas de Brady.
"Mary, Mary, Mary, Mary!" Eles gritavam.
   Eu não tava entendendo mais nada eu só queria sair dali de cima.
– Chega! Deixa a coitada sair daí.– Brady disse e todos me deixaram no chão.
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– Obrigada por hoje. Foi divertido.
– Não precisa agradecer. Fico feliz que tenha gostado. Nos vemos na segunda.
– Até segunda.



Just friends? -Brady NoonOnde histórias criam vida. Descubra agora