Estranho,
Te amar,
Mesmo após
Tantos anos.
Castanho
Com bordas esverdeadas,
Belos olhos de avelã,
Os quais
Nunca esquecerei,
Embora
Tanto tentei.
Bocas carnudas
Que ainda tocam
Meus lábios
Em meus melhores sonhos.
Sonhos
Que se tornaram
Meus únicos momentos
De felicidade,
E tristeza
Conforme
Se decompõem
Em seu jucundo
Caixão.
Queria
Ter ao menos
Dito:
“Eu te amo”
Pela última vez.
Queria ter dito
O quanto estava linda.
O quão especial era.
Daria toda fortuna
Para voltar naquele dia.
Ainda que não pudesse
Mudar o destino,
Teria dito
O quanto te amava,
Te beijaria
E me despediria
Com um falso sorriso,
Logo,
Me sucumbiria
Às lágrimas
Por saber
Que não mais a veria.
Não posso mudar
Nosso destino,
E ainda que
Não me escute,
Nunca deixarei
De olhar para o céu
E dizer
O quanto a amo.
Palavras não ditas
Que digo
Todos dias.
CAIO R.G. DE OLIVEIRA
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Outro lado do Pecado - Ocaso
Poesía"O Outro Lado do Pecado - Ocaso", de Caio R. G. de Oliveira, é uma coletânea de poemas que mergulha nas profundezas da alma humana, explorando com delicadeza e profundidade temas universais como amor, medo, solidão e a eterna luta interna. Cada poem...