Capítulo 11 - Liberdade

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Tudo havia sido resolvido. Graças a Eva, Aurora salvou seu relacionamento, apimentando-o ainda mais. Caio assumiu o tesão em vê-la com outro homem e não apenas outra mulher. Aurora dormiu e sonhou com fantasias eróticas, sendo visitada por Euclides e Penélope e transando com os dois. Sonhou em como seria excitante ver os dois amantes juntos, acompanhada de Caio. As possibilidades eram tão excitantes que sonhou até com uma dupla penetração com seus dois homens. Nem mesmo sua relutância para o sexo anal parecia um impeditivo.

Claro que Eva fez parte desse sonho e em algum momento, até mesmo Ricardo a comia. Com dias sexualmente tão intensos e com tanta pressão, parecia que seu subconsciente havia descarregado toda a pressão em uma série de sonhos eróticos, em uma orgia onírica. Não tinha outro jeito de acordar que não fosse excitada.

Nua, como sempre dormia, acordou da melhor forma possível. Tinha um corpo gostoso a abraçando por trás. Mesmo depois de tanto sexo não conseguia enjoar de Caio. Não apenas pelo volume corpulento a envolver, mas pela ereção matinal do namorado. Acordar úmida e sentindo o pau duro pressionando contra a sua bunda era deliciosamente inquietante. Mesmo antes de abrir os olhos, rebolava discretamente, esperando uma reação dele. Pensou que estivesse ainda dormindo, mas um pau duro daquele jeito não podia desperdiçar.

Tentou se encaixar nele, queria-o dentro de si. Apensar da delícia que é se esfregar naquele membro, sua boceta molhada queria ser preenchida. Apanhou aquela rola grosa e tentou direcionar a boceta, mas com o seu namorado imóvel ficou mais difícil. Foi quando abriu os olhos e percebeu a mão branca segurando seu seio, e não a negra de Caio.

Levantou-se no susto. Era Ricardo deitado de conchinha com ela na cama. Aurora não sabia por que Caio não estava ali e o motivo do androide, que deveria estar desligado, ocupava o seu lugar. O autômato sentou-se na cama, olhando para ela, em silêncio, com o membro rígido. Aurora o ignorou, vestiu as primeiras peças de roupa encontradas no armário, uma blusinha e uma calcinha, e desceu as escadas chamando pelo nome do namorado. Não havia ninguém na sala e o carro dele não estava mais ali. Confusa, se deu conta de ainda não ter encontrado Eva. A androide não estava na frente da casa e nem na piscina. Vasculhou todos os cômodos até encontrá-la na oficina.

Eva digitava algo em seu computador e parou ao perceber a chegada de sua criadora. Se vestia de maneira formal, com uma saia lápis cinza e um blazer da mesma cor com uma blusa branca transpassada, valorizando os seios no decote. Aurora não usava aquelas roupas desde ter começado a trabalhar em casa, e estranhava o novo gosto da androide.

— O que está acontecendo, Eva? Cadê o Caio e o que está fazendo aqui?

— Caio foi embora, então mandei o Ricardo substituí-lo na sua cama para que não ficasse sozinha.

Não seria a primeira vez do namorado sumindo, mas havia mais coisas estranhas acontecendo.

— Estou acostumada com os sumiços do Caio, não precisa cuidar tanto de mim.

— Você chamava pelo nome dele enquanto dormia. Como o Ricardo te deseja tanto, pensei em unir o útil ao agradável.

— Ele não me deseja, Eva. Tem um bug que provoca nele uma obsessão no meu corpo. Ele pode até me machucar.

— Ricardo não faria isso. Ainda mais depois que mexeu na programação dele.

— Apenas o corrigi. Mesmo assim, não o fiz direito. Ele não pode ficar ligado. Pelo menos até eu consertá-lo.

Eva muda seu olhar, com uma expressão mais séria.

— Vai me consertar também?

Aurora caminha até a androide e a abraça, apetando o corpo sintético contra ao seu. Dá lhe um longo beijo.

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