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A vida de Lyubov nunca foi fácil, mas ela sempre soube que precisava seguir em frente. Assim, ela saiu da sua cidade natal para tentar recomeçar em um lugar novo, longe dos laços familiares que a prendiam. Com pouco dinheiro no bolso, ela alugou...
Depois do confronto com Svetlana e os seguranças, eu estava nervosa. Sabia que tinha que ser cuidadosa. Terminei de limpar o corredor, que era o último lugar que faltava. Voltei para casa e tomei um banho quentinho, tirando toda a tensão e estresse.
Enquanto me secava, percebi que meu gato Meia-Noite não parava de miar, pedindo carinho. Fui para a sala procurá-lo e também pegar meu celular, que estava em cima da mesa, quando ele começou a tocar.
- Vamos a um barzinho, Lyubov - sugeriu Ekaterina, com uma risada contagiante.
- Um barzinho? - perguntei, surpresa. - Você acha que é uma boa ideia, Ekaterina? Com tudo o que está acontecendo?
- Ekaterina riu, sua risada tão enérgica. - É exatamente por isso que devemos ir. Precisamos relaxar, Lyubov. Svetlana é assim mesmo, não leve para o pessoal.
- Hesitei por um momento, mas então concordei. Tudo bem, vamos nessa.
Me vesti rapidamente, colocando um blazer preto com uma saia, uma blusinha justa, meias e botas pretas.
Enquanto me arrumava, vi os olhinhos do Mei Noite espiando de baixo do cobertor, pronto para me atacar com seus carinhos felinos. Fiquei feliz por tê-lo ali antes de sair e coloquei sua ração antes de sair. ___
Ao entrar no bar, me deparei com um bêbado que estava falando de uma forma ininteligível, me chamando para dançar.
- Venha, não tenha... medo... - ele soluçava enquanto tentava cantarolar uma música.
Affs, eu mereço. Esse bêbado me lembrou alguém, e esse alguém é o meu padrasto que eu nunca mais quero ver na minha frente. Só de lembrar, sinto um ódio profundo. Saio dos meus pensamentos quando o bêbado agarra minha cintura.
Nesse momento, senti uma mistura de nojo e raiva. Empurrei o desgraçado agressivamente para se afastar de mim e disse firmemente:
- Me solta, seu filho da puta nojento! Você não tem o direito de me tocar! Seu bêbado de merda, você não tem ideia do quanto me lembra aquele desgraçado do meu padrasto! Eu não vou deixar você me tratar como ele me tratava! Vai se foder, seu lixo humano!
Ele parecia confuso por um momento, mas logo se distraiu com outra pessoa no bar. Suspirei aliviada e me afastei.
Algumas pessoas que estavam em uma mesa bebendo me olharam assustadas e depois voltaram a conversar.
Procurei Ekaterina pela multidão e a vi vindo em minha direção.
- O que aconteceu aqui? Escutei você gritando de longe.
- Um velho bêbado tentou me agarrar, mas já resolvi isso.
Ekaterina ameaçou querer bater nele, mas eu disse que não precisava. Vamos nos divertir hoje, e só isso que quero.
Então, fomos em direção à mesa onde Ekaterina estava sentada antes com alguns amigos. Claro que os amigos incluíam os seguranças da empresa, e eu não sabia se eles iriam me receber muito bem no grupo. Eu não queria ser humilhada, já que estava com a cota cheia de humilhações.
No grupo de amigos estavam Mikhail e sua namorada, que eu nunca tinha visto antes, e Tatiana, que eu já havia encontrado algumas vezes.
Ekaterina me apresentou para seus amigos e eu sorri educadamente para todos.
- E aí, galera? - Disse eu, tentando parecer animada. - O que estão bebendo?
- Vodka, é claro! - Disse Mikhail, me oferecendo um copo. - Você precisa experimentar, é a melhor vodka da Rússia!
- Ah, eu não sei não... - Eu disse, fazendo uma careta. - Eu sou mais de cerveja.
- Cerveja?! - Disse Tatiana, parecendo chocada. - Você não é russa de verdade, né?
- Claro que sou! - Eu disse, rindo. - Mas eu prefiro cerveja mesmo.
- Ah, tudo bem então. - Disse Ekaterina, sorrindo. - Mas então, qual outro tipo de bebida você gosta além de cerveja?
Enquanto Ekaterina conversava comigo, Mikhail cutucou Tatiana e perguntou sobre sua namorada.
- Cadê sua namorada, Tatiana? - Perguntou ele, com um sorriso malicioso.
- Que namorada? Eu não tenho namorada. - Respondeu Tatiana, um pouco irritada.
- A Svetlana, ué. - Disse Mikhail, rindo. - Vocês estão sempre juntas.
- Ela não é minha namorada, palhaço. - Disse Tatiana, cruzando os braços. - Ela é só minha amiga próxima.
- Sei, amiga próxima. - Disse Mikhail, rindo ainda mais.
Eu sorri, observando a conversa dos dois. Era engraçado ver como eles se provocavam o tempo todo. A namorada dele só ria e bebia sua bebida. Ela não falava muito, só observava.
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Roupa que Lyubov está usando
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Para relembrarem o rosto.
Tatiana
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