Ah! O amor à primeira vista! O amor de aparências, o amor q Veronica sentiu ao ver um lindo jogador musculoso de cabelos ruivos. Mas também, é o amor que Veronica sentiu após tanto beber e olhar em seus lindos olhos... ela estava apaixonada. Mas ser...
— Calada, menina. Não vai acontecer nada... – reconheceria esse aperto de qualquer lugar, mesmo sem olha-lo já sabia que se tratava de Sr. Honey
— Senhor Honey? O-O que está fazendo? – E não era um sonho. Aquela era apenas a realidade. Da qual nunca se acorda. E não teria ninguém para me salvar aquela hora, numa noite escura e gelada, haveria alguma alma viva nesse lugar?
— Quietinha... – me vira para ele me segurando pelos ombros – Isso é só um aviso... um aviso, mocinha: tem gente que acha que viu coisas. Mas, vai ver, não viu nada, só quer causar confusão. E essa confusão pode prejudicar pessoas. Não é isso que você quer, é? – faz uma pausa olhando em meus olhos – Claro que não quer... Senão, o causador da confusão pode ficar muito mais prejudicado ainda, sabe? Pode até deixar de ver qualquer coisa... para sempre! Juízo... estou só avisando... Juízo! Senão... – nessa hora um carro entrou na rua, cantando pneu numa velocidade absurda. Os faróis estavam em nossa direção e aproveitei a distração e dei um chute bem forte nas partes do Senhor Honey que se afastou gemendo de dor.
Corri. Corri como nunca e finalmente estava sozinha novamente e só queria voltar para casa.
***
Andei calmamente até minha casa. Eu não estava apavorada. Mas o ataque de Honey tinha significado muito mais que uma ameaça de morte. Significava que eu era mesmo uma testemunha importante. Alguém que podia desmascarar o assassino do diretor. Alguém que sabia demais. Alguém que tinha de morrer.
Minha mãe não estava em casa. Era a noite de jogar buraco com as amigas. Ultimamente, ela se enfeitava tanto para aquelas noites que, se eu não estivesse com tantos problemas em minha volta, pensaria que naquele jogo havia só um parceiro.
— Jughead também corre perigo. – lembro – Precisa ser avisado. Pego meu celular, perdi a conta de quantas vezes tentei falar com ele. Tentei ligar na livraria mas sem sucesso também. – E agora? Adianta ligar para a polícia? Com quem eu falo? Vão dizer que estou louca... – Olho para a janela fechada. Por um momento, pensou perceber o vulto enorme de Honey do outro lado dos batentes, pronto a estraçalhar a murros a veneziana.
— Pode vir, senhor Honey . Eu não vou ter juízo. – Nem pensei em tentar localizar minha mãe. Muito menos meu pai. Quem, então? Quem acreditaria nela? Quem daria importância? – A professora McCoy! É isso!
A professora de sociologia era a mais jovem da escola. Uma das poucas a quem os alunos chamavam de você. Certamente não por ser jovem, mas por ser a mais amiga dos alunos. A mais jovem, a mais amiga e uma das mais brilhantes do corpo docente. McCoy acabara de defender brilhantemente uma tese de doutoramento em psicologia, na faculdade. Alguma coisa sobre educação por indução subliminar. A professora até já tinha conversado com a minha turma sobre suas idéias e (naturalmente!) eu discutira sobre, pois não podia aceitar isso de educar alguém por indução subliminar. Um método de enfiar idéias à força na cabeça dos alunos, sem compreensão nem aceitação. Uma traição pura ao direito de pensar e de escolher livremente. Mas McCoy era maravilhosa. Era um charme. E apoiava as discordâncias com entusiasmo. Mesmo que fossem contra ela mesma.
Não foi fácil descobrir o telefone dela mas, com um pouco de jeito, a secretária da escola cedeu e informou o número para mim.
— Alô? – pergunta do outro lado.
— Senhorita McCoy? Sou eu, Verônica. Sua aluna. Lembra?
— Verônica? Claro que sim. A minha contestadora predileta e a minha companheira na descoberta de cadáveres. – diz divertida – Oi, querida. Queria falar comigo?
— Eu preciso falar com alguém, Senhorita McCoy. E tem de ser você.
— Bom, se é sobre a prova da semana que vem...
— Não é sobre a prova – fico receosa – É sobre o assassinato do diretor Weatherbee...
— Assassinato? Você disse assassinato?
— É isso mesmo. Desde o primeiro momento eu não acreditei que aquilo fosse suicídio. Só que eu não ia falar nada. Mas o Honey...
— O Honey? O que tem o Honey?
— Ele me atacou, Sierra. Há alguns minutos. Me ameaçou...
— O Honey? Mas por quê?
— Eu acho que sei de uma coisa, Sierra. Eu acho que sou uma testemunha.
— Todos nós somos, Verônica. Eu, você, o Honey e o Jughead. Nós entramos juntos na diretoria, lembra?
— Não é só isso. Eu acho que testemunhei outra coisa...
— Fique calma, minha querida. Assim, por telefone, não dá para conversar. Onde você está?
— Estou em casa. Estou sozinha. Minha mãe saiu.
— Onde você mora? Pego o carro e chego aí num instante...
***
O barulho da campainha soou e desci para abrir a porta. Ainda não sabia o que pensar da minha decisão. Eu havia feito o certo de contar para Sierra McCoy que eu testemunhei algo além do cadáver de Waldo Weatherbee?
Abro a porta e a professora me abraça apressadamente assim que me vê.
— Trouxe a polícia comigo, Verônica. Podemos entrar? – diz com as mãos em meus ombros reconfortantemente. Eu hesitei, não esperava que aquela mulher viesse aqui. Atrás da professora, entrou o mesmo investigador nervoso que cuidara do interrogatório no colégio. Como era mesmo o nome dele?
— C-Claro! Podem sim! – abri mais espaço para entrarem e apontei o sofá da sala para os dois.
— Algumas perguntas eu deixei de fazer daquela vez, na diretoria, senhorita Lodge – começou o investigador, sem perder tempo. – E eu sei que também houve muitas respostas que você deixou de dar. Você é menor de idade, e eu não posso chamá-la oficialmente para depor, se você não quiser. Mas, agora, que tal colocarmos essas perguntas e essas respostas em dia?
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Oioi... Voltei!
Desculpa o sumiço, correria de 3° ano e tals... estava meio cansativo, acabei me afastando da escrita por falta de tempo e criatividade. Vou voltar a postar, mas os capítulos devem demorar a sair, já "terminei" ela, deve dar uns 30 capítulos mais ou menos (provavelmente um pouco menos), então decidi não abandonar ela e finalizar.