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— gostei da experiência de hoje. Agora vamos comeer, que eu tô morrendo de fome. —Digo a Laura e ela concorda.

Entramos lá e me arrependo, tá cheio de jogador suado e sem camisa, tô começando a ficar com vergonha aqui.

— eu sei que estão perdidas, vamos, vocês irão pegar o almoço de vocês aqui. —Gabriel fala e a Laura bate em mim de leve.

A olho repreedendo a mesma.

— que foi? —Pergunto.

— nada não. —Rir cínica.

Isso é pelo SIMPLES fato do Gabriel também estar sem camisa. Pelo amor de Deus.

— e depois sentem ali. Que eu vou está lá. Se quiserem é claro. —Diz.

— muito obrigada, Gabriel. —Sorrio para ele e ele retribui. Vou com a Laura colocar nosso almoço, quando terminamos de colocar, vamos para a mesa indicada pelo Gabriel.

Sento ao lado dele e ele apresenta seus amigos.

— Essa é o Fábio, esse é o Martin, esse o Saka e o Kai.

— prazer em conhecer vocês. —Digo.

— satisfação em conhecê-los! —Laura diz sorridente.

Nossa.

Eu e a Laura pegamos lasanha, e refrigerante, mas é consumido para as cozinheiras e os outros funcionários, pois os jogadores não podem beber!

— me dá um pouco de refrigerante? —Gabriel pergunta em sussurro no meu ouvido. Esse carai estava lendo meus pensamentos?

— você não pode beber. —Digo sussurrando de volta. Agora a conversa toda é sussurrando...

— vai lá, por favor.

— não, Gabriel. Meu pai me mata, e mata você junto se souber. Faz mal pra você, você é jogador. —Digo rindo.

— caralho, você é chata.

— não é sobre ser chata, é sobre ser justa, meu amor! —Debocho.

— é só um gole, só um pouquinho. —Ele insiste fazendo biquinho.

— o meu já tá acabando. Mas eu posso buscar pra você. —Digo após ter uma ideia.

— e esse cochichos aí, hein? —Fábio pergunta divertido.

— imagina se o técnico souber. —Kai diz rindo.

— eu acho mais fácil o técnico apoiar. —Laura fala e eu a encaro mortalmente.

Saio de lá e tenho certeza que acharam que eu fiquei com raiva. Mas vou só pegar o "refrigerante" do Gabriel.

— olá, voltei de novo. —Sorrio simpática para as cozinheiras. — eu queria um suco de acerola, tem?

— claro que tem, princesa.

— zero açúcar. —Digo e ela me olha com surpresa.

— ótimo! É pra já. —Ela fala sorrindo simpática.

Sei lá, já te amo, tia. Você tá participando do meu plano.

— pronto, meu amor. —Diz.

— obrigada!

Volta para a mesa e estendo o copo de suco para o Gabriel.

— Muito obrigada, Maitê linda. —Ele pega e olha. — isso é suco de acerola. —Diz.

— idaí? Você acha que iria pegar refrigerante pra você? —Pergunto rindo e ele revira os olhos.

Ele bebe e faz careta no mesmo instante. Vai até o bebedor enche outro copo de água e volta pra mesa.

— melhor beber com água mesmo. —Ele fala rindo e eu o acompanho.

— isso tudo é preguiça de colocar açúcar, preguiçoso? —Pergunto divertida olhando pra ele.

Ele olha pra mim também.

— não confio mais em ti, tá ligada, né?

— aham, tô.

Voltamos a comer e todos estão olhando para nós.

— que foi? —Pergunta Gabriel.

— nada não. —Falam todos em sarcasmo.

Terminamos de almoçar e agora nosso pai vai nos deixar em casa. Primeiro vamos passar na casa dele para pegar nossas coisas e depois vamos para minha casa.

— tchau, meninos. Amei conhecer vocês e espero vê-los mais vezes. —Digo.

— também amei! Temos que marcar uma resenha. —Laura propõe. Meu Deus... não inventa.

— claro, eu que amei conhecer vocês. —Martin diz.

— apesar da Maitê ter passado o tempo quase todo com o Martinelli e não com a gente... tudo bem, né? — Kai diz rindo e eu faço cara de tédio.

— eu namoro, gente. E não é com o Martinelli. —Explico.

— vixe, desculpa, pensei que tinham um lance aí. —Fábio fala.

— uai, eu também! —Saka diz fazendo eles rirem.

— mas tá bom, galera. Tchau.

— tchau! —Dizem todos juntos.

— bay bay, preguiçoso. —Falo para o Gabriel.

— bay bay, patricinha. —Fala.

— não me ofende assim. —Digo e olho para trás. Os amigos dele e a Laura estão olhando para nós e comentando entre si.

— qual sua opinião sobre o que eles acham? Vai interferir algo no seu namoro? —Pergunta.

— acho que não. Só se você parar de dedicar gol pra mim. —Digo rindo.

— foi uma vez. —Diz.

— ah... aham, tá, beleza! Mas agora realmente tenho que ir, tchau, Gabriel.

— tchau, gatona. —Fala rindo.

Chamo Laura e é claro que ela tinha que fazer um comentário, mas só que esse eu me surpreendi.

— os amigos do Gabi falaram que seu namorado vai perder pra ele. E não é por nada não... mas, sinceramente, pra irmã pra irmã... posso te falar uma coisa?

— pode ué. —Digo estranhando.

— eu concordo com eles. —Diz e eu me estresso.

— você tá achando que eu vou trair meu namorado? —Pergunto indignada.

— não... é só que... sei lá, você ainda vai entender!

Coisa certa. - Gabriel Martinelli. Onde histórias criam vida. Descubra agora