Capítulo Quatorze

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Capítulo 14


As mãos de Draco tremeram. O que estava acontecendo com ele? O que ela estava fazendo com ele? Ela era como o maldito sol, lançando luz sobre ele sem remorso, sem trégua. Ele poderia tentar esquecer que ela estava lá, mas como o sol, ela brilhava tão intensamente que ele não podia deixar de vê-la, senti-la, ansiar por ela.

Ele precisava de uma bebida. Não, ele precisava dela novamente. Quando ela estava em seus braços, ele era capaz de segurá-la, agarrar-se a algo e parar de girar no vazio frio do espaço. Ela o puxou como a gravidade e ele simplesmente não conseguia ficar longe. Uma amostra de Granger era melhor do que um barril inteiro de firewhisky.

Porra, ele a queria tanto. Se ele pudesse tê-la agora, ele a pressionaria contra a superfície mais próxima e se enterraria nela, perdendo-se em seu calor, seu fogo, seu brilho. Ele transaria com ela, repetidamente, até que todo o resto queimasse, tudo menos ela.

Mas ele estava aqui, olhando para o Armário Sumidouro novamente e ela estava comemorando com todos os seus amiguinhos da Grifinória e fingindo que não tinha se fodido até o orgasmo nos dedos dele apenas algumas horas atrás. Doce Salazar, pensando em seus pequenos gemidos, o estava matando. Ele sentiu-se contorcer nas calças e suspirou, passando a mão pelo rosto.

Pelo menos ele a tinha de volta. Ela o deixaria entrar novamente e ele não iria estragar tudo desta vez e arriscar que ela fugisse novamente. A sangue-ruim era dele. Não, ele não deveria chamá-la assim, nem mesmo em sua própria cabeça, poderia escapar por acidente enquanto ele estava se enfiando dentro dela...

O que ele estava fazendo?! Deixar uma sangue-ruim imunda como essa entrar em sua cabeça e fazê-lo pensar... pensar que ela valia alguma coisa. Não, Granger só servia para uma foda forte e uma boa chupada e pronto. Então por que ele se desculpou? Ele já a tinha onde queria, de volta ao seu controle quando olhou em seus grandes olhos de corça e de repente sentiu uma pontada de culpa percorrer seu corpo.

Ela não confiava nele e não deveria confiar nele porque ele era um Comensal da Morte planejando matar Alvo Dumbledore e usando-a para se divertir enquanto isso. Ela seria burra se confiasse nele e Granger era a pessoa mais inteligente que ele conhecia.

Porra! Não! Ela não era inteligente e não era uma pessoa. Ela era uma sangue-ruim.

Seu estômago revirou quando ele forçou o pensamento em sua própria garganta. Ele desceu as escadas, atravessou o castelo e provavelmente acabaria sentado em sua cama, olhando para o dossel e repassando seu encontro anterior repetidamente em sua mente. Talvez deixando de fora a parte em que ele desabou e pediu desculpas. Ou... talvez não, porque ela piscou seus grandes olhos e parecia quase animada com a perspectiva de gritar por ele. O estômago de Draco revirou algumas vezes, a sensação de mal-estar desaparecendo à medida que a excitação o invadia.

Merda, quando foi a última vez que ele comeu uma refeição de verdade? Ele havia dormido durante o café da manhã e voltou do campo de quadribol com Crabbe e Goyle em corpos de algumas garotas aleatórias e planejava ter um almoço rápido antes de ir trabalhar no Armário Sumidouro quando viu Granger sozinha e mudou de ideia, perseguindo-a. E ontem... porra, ele nem conseguia se lembrar do dia anterior.

Quanto ele estava bebendo esses dias? Blaise mencionou isso algumas vezes, mas ignorou. Talvez ele devesse ouvir seu... amigo e diminuir um pouco. Talvez agora que Granger estivesse por perto ele não precisasse beber tanto. Ele poderia usá-la em seu lugar. Esse era um pensamento interessante... Granger. À sua disposição. Hum.

E então ele a ouviu. Rindo alto com a Weaselette e a Loony Lovegood. Ela parecia radiante, sorrindo daquele jeito; seus olhos cor de canela brilhando e seus cachos caramelo balançando com seus passos rápidos e... Oh merda. Ela estava indo em sua direção.

Na Natureza da Luz do Dia - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora