Doze

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Capítulo 12


Como aquela maldita vadia ousa fugir dele desse jeito? Quem diabos ela pensava que era? Dizendo merdas como 'Eu nunca poderia confiar em você'. Como se ela fosse muito melhor que ele. Quem diabos era ela?! Ela era uma pequena sangue-ruim imunda, nada mais, e ele era um maldito Malfoy!

Draco andava de um lado para outro na pequena passarela em frente ao Armário Sumidouro. Seus passos eram pesados ​​e seu peito subia e descia rapidamente a cada respiração que ele inspirava pelo nariz. Ele não sabia por que veio aqui esta noite, mas para onde mais ele iria? Ele não conseguia focar, não conseguia se concentrar. Não em nada que não fosse o brilho em seus grandes olhos castanhos quando ela declarou seu desdém por ele.

Ele a fez gemer seu nome como uma prostituta suja e ela teve a audácia de se afastar dele? Não, não era assim que funcionava. Ela não podia simplesmente ficar ali sentada e parecer tão lindamente inocente, não podia cravar as unhas na pele dele e tremer contra ele e depois agir como se ele não tivesse alma. Ele fechou os olhos, desejando que isso dissipasse o choque e a dor que ele tinha visto nos dela com suas palavras duras.

O seu se abriu e brilhou como mercúrio na sala escura. Ela merecia isso, era culpa dela ele ter dito essas coisas.

Por que ela hesitou quando ele tentou amarrar suas mãos? Ela não teve problemas com mais nada que ele fez com ela, pelo menos não de forma duradoura. Ela achava que ele iria machucá-la? Bem, ele tinha planejado fodê-la e fazê-la gritar e chorar, mas ela teria gostado. No fundo, ela teria adorado.

E ele teria adorado fazer isso com ela. Ele adorava ver sua adorável boquinha se abrir enquanto respirações agudas passavam por ela. Amava ver o aumento da cor em suas bochechas, adorava ver o profundo tom canela de seus olhos queimar nos dele enquanto ele dava a ela o que só ele podia. Ninguém mais a tocou. Ela era Pura. Puramente dele.

- Você é um comensal da morte?

Essas palavras voltaram para assombrá-lo também. Draco esfregou o antebraço esquerdo, tentando aliviar a queimação surda, mas não adiantou. Ele gostaria de ter outra garrafa de Ogden's, mas Nott não tinha conseguido mais nenhuma ultimamente e seus estoques estavam esgotados. Ele abriu sua última garrafa esta noite e ela acabou logo depois dela. Sua cabeça latejava sobriamente de raiva, de desejo. Sem ela.

Se ela descobrisse, ele seria um homem morto.

Ele pegou um globo velho com marcas que não se pareciam em nada com a Terra pela base e o jogou em um armário de vidro sujo, quebrando as portas e fazendo com que tudo o que estava dentro dele caísse no chão. Uma nuvem de poeira levantou-se e Draco repetiu sua ação repetidas vezes até que ele estava soltando ar e segurando apenas a base de bronze do que uma vez foi o globo.

Se ele não estivesse bêbado naquela noite, nunca a teria deixado desfazer-lhe a camisa, mas o Doce Salazar fez com que as suas mãozinhas macias fossem espantosas no seu peito. Seu toque leve no início, traçando as linhas de seus músculos até que ela deslizou a mão em seu cabelo, arrastando as unhas por sua cabeça e quase o fazendo dizer algo do qual certamente teria se arrependido pela manhã.

Ele pegou um frasco com o dobro do tamanho de sua cabeça e jogou-o o mais longe que pôde, ouvindo o barulho e o tilintar do vidro espalhando-se pelos objetos inúteis e esquecidos armazenados aqui ao longo dos séculos. Draco congelou com uma raiva gelada. Ela era tão macia, tão quente em seus braços. Ela tinha sido dele. Suas mãos se contraíram ao lado do corpo, vazias e frias. Ele tinha que colocar as mãos nela novamente.

Na Natureza da Luz do Dia - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora